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14 Noviembre, 2024 Entrevista com uma ninfo - Parte 1

Ainda hoje não sei o que me deu… Até que comecei a sentir um desejo estranho...

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– Sento-me ou deito-me, senhor doutor?

– Como se sentir mais confortável. E não me chame senhor doutor. Quero que sinta que está num espaço seguro, amigável... Pode chamar-me pelo nome próprio, se quiser. Chame-me Jaime. Assim dispensamos as formalidades e eu chamo-lhe Rosa. Fica tudo mais familiar.

– Está bem, senhor dou... perdão, Jaime. Por onde devo começar?

– Por onde quiser. Talvez pelo que a trouxe aqui...

– Bem, eu era uma mulher bem casada, com uma vida normal, até àquele dia... O dia em que tudo mudou.

– Então, é melhor começarmos pelo princípio, para depois contextualizarmos esse dia. Fale-me de si, quem era a Rosa antes de casar, como conheceu o seu marido, como era a sua vida...

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– Acho que posso dizer que era uma pessoa alegre, uma mulher de bem com a vida. Gostava muito da festa, até que conheci o homem por quem me apaixonei de verdade pela primeira vez. Quer dizer, tive muitas paixonetas, namorados, casos, affairs... Sempre fui muito dada, perdi cedo a virgindade e fiz muito sexo. Mas quando o conheci soube que era o homem da minha vida. Fizemos amor logo no primeiro encontro e a partir daí entreguei-me só a ele. Casámos e tudo correu bem, porque ao contrário de muitos casais, o casamento não nos afastou, pelo contrário, sentíamos que nos apaixonávamos um pelo outro todos os dias. Não havia ninguém que olhasse para nós e não visse, e até invejasse, como éramos felizes...

– Ele trata-a bem, portanto.

– Oh, sim, desde o início. E na cama, nunca tinha conhecido ninguém como ele! Era como se já nascesse programado para me dar prazer. Sabia como pressionar todos os meus botões sem nunca ter que lhe explicar. Ninguém me fodia como ele...

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– Até “àquele dia”...

– Sim...

– Conte-me o que se passou.

– Ainda hoje não sei o que me deu... Nessa manhã ,acordámos cedo e fizemos amor, como de costume. Somos os dois muito matinais e quase sempre, é logo a começar o dia que satisfazemos os nossos desejos e as nossas necessidades. O meu marido saiu para o escritório e eu fiquei encarregue de receber e acompanhar os homens que nesse dia iriam pintar o hall da nossa casa. Por eles serem homens e eu uma mulher sozinha em casa, houve um bocadinho de flirt ao início, mas nada de anormal - nada que ultrapassasse os limites da brincadeira. Até que, não sei porquê, a certa altura, ao observar um deles em cima da escada, comecei a sentir um desejo estranho, muito intenso, e percebi que estava muito molhada em baixo...

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– Então, já a fase do flirt tinha passado, eles estavam simplesmente a trabalhar, e eu não estava necessitada. Tinha fodido de manhã e tenho sempre pelo menos um orgasmo. Portanto, não sei se foi da testosterona, ou por eles estarem todos suados, mas quando dei por mim tinha-lhe aberto a braguilha e comecei a fazer-lhe um broche!

– Interessante...

– Não sei se interessante é a palavra, senhor dou... perdão, Jaime. Estranho, talvez, porque não sei de onde veio o meu atrevimento.

– Continue, por favor, não pare agora.

– Lembro-me de sentir o seu pau muito quente e muito duro. Era bastante avantajado e preenchia-me a boca quase totalmente. Ao princípio, ele estava um pouco nervoso, mas rapidamente se deixou levar pelos movimentos da minha língua e pela avidez com que o sugava. Em menos de nada estava a gemer, o que chamou a atenção do outro.

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– Claro que, ao ver-nos naquela figura, ele também quis... Rapidamente tirou o caralho para fora e fez-me agarrá-lo. Era menos grosso que o do colega. Masturbei-o um bocado enquanto chupava o outro, até que ele também quis meter-mo na boca e acabei a mamar os dois ao mesmo tempo.

– Estou a ver...

– Não passou disso, não fodemos nem nada. Eles apenas me apalparam as mamas que, entretanto, eu tinha tirado para fora, e mal chegaram a acariciar-me a vagina, pois estavam muito excitados e esporraram-se logo a seguir na minha cara e na minha boca.

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– Depois daquilo, corri para a casa de banho muito envergonhada. Mas não era só pudor ou arrependimento que sentia. Tinha a cona em brasa! Despi-me e enfiei-me no duche, pensando que a água fria podia acalmar-me. Mas não conseguia deixar de pensar naquelas duas pilas grossas e tesas a baterem-me na garganta, a raspar-me os dentes, a encher-me a boca toda de caralho, como nunca tinha experimentado na vida. Sabe, apesar de todas as minhas experiências e loucuras, eu nunca tinha estado com dois homens ao mesmo tempo.

– Masturbou-se no duche?

– Não queria. Fiz tudo para o evitar... Porque não queria validar aquele desejo, percebe? Sentia-me terrivelmente mal por pensar que acabara de trair o meu marido... Tentei que o arrependimento me matasse o ardor. Mas não consegui. Nada me acalmava. Acabei por o fazer, até atingir não um, mas dois orgasmos consecutivos, muito fortes e estranhos. Um jacto de água estranha, que não era xixi, espirrou da minha racha quando me vim pela segunda vez. Nunca me tinha acontecido! Quase caí de cu na banheira. Mas o pior...

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– Sim?

– O pior é que nem isso abrandou o meu fogo! Pelo contrário, os dois orgasmos acenderam ainda mais a minha luxúria. Senti-me desesperada!

– Compreendo.

– Liguei várias vezes ao meu marido. Talvez ele pudesse vir a casa, talvez pudesse tirar o dia para fazermos amor, pois aí eu sentia-me muito precisada. O telefone chamava, mas ele não atendia. Até que numa das minhas tentativas, ele cortou a chamada. Minutos depois, recebi uma mensagem dele a dizer que estava numa reunião e q me ligava depois do almoço. Eu não podia esperar tanto... Naturalmente, a primeira alternativa que me ocorreu foi voltar aos dois pintores que tinha mamado e que ainda estavam lá em baixo. Eu tinha tratado dos seus caralhos, mas eles não tinham tratado da minha cona... Peço desculpa pelo palavreado, se o ofende tentarei usar outras palavras...

– Não se preocupe com isso, Rosa. Estamos num espaço de liberdade, use as palavras que quiser.

– Obrigada, Jaime, é que quando fico assim não me consigo evitar, falo como uma puta. Como eu dizia, sentia a cona a rebentar e aqueles eram os paus mais próximos de mim. Eu tinha-lhes feito o favor, de certeza não se escusariam a reciprocar.

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– Mas eu própria cortei a ideia. Não queria que a minha traição com aquelas duas pessoas fosse mais longe do que já tinha ido. Teria de resolver a questão doutra maneira... Considerei rapidamente as minhas opções. Não podia contar com o meu marido. Só me ocorreu, então, usar os meus dotes femininos. Não havia porque complicar! Quando uma mulher quer foder, não há nada mais fácil que encontrar quem o queira fazer. Decidi vestir algo com classe, meti-me no carro e conduzi até ao hotel mais selecto que conheço. Já que me ia oferecer a um estranho, o que em si me parecia bastante degradante, ao menos que contrabalançasse com um pouco de luxo. Dirigi-me ao bar do hotel e pedi um gin-tónico. Sentei-me ao balcão e olhei em volta, como o caçador que procura a sua presa, e rapidamente distingui dois machos elegíveis. Um vestia fato e gravata, o outro estava mais casual, mas ambos pareciam saudáveis e vigorosos. Olhei na sua direcção só o tempo suficiente para lhes chamar a atenção. Depois foi só esperar... Nem dois minutos passaram e tinha-os perto de mim.

– Podemos pagar-lhe o próximo?

Olhei para eles e sorri. Depois olhei para o relógio.

– São 11h30 da manhã. Acho que por agora um gin é suficiente.

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Claro que ficaram desiludidos com a minha recusa, o que me fez sorrir por dentro. Poderia ter continuado a atazaná-los, se quisesse, mas não queria perder mais tempo.

– Mas... Se estiverem interessados, aceito uma bebida um pouco mais nutritiva.

Disse-o dirigindo o olhar para a zona dos seus paus escondidos nas calças.

Tenho que dizer, Jaime... Naquele momento, eu não sabia quem era. Nunca tinha feito nada assim!

– Não pare Rosa, por favor, continue. Conte-me tudo!

– Percebi logo que eles estavam no papo. Quer dizer, como não?! Uma gaja boa, bem vestida, com classe, apareces-lhe do nada com propostas indecentes a meio da manhã... Os seus olhinhos brilhavam de tesão e antecipação.

– Imagino!

– Olhei em meu redor e, percebendo que estávamos num ângulo morto e que ninguém nos podia ver, puxei pelo fecho da braguilha de ambos e pus-lhes os respectivos caralhos para fora:

– Estou com muita sede. Se alugarem um quarto para nós e se portarem bem, quem sabe, até sou capaz de “beber” os dois...

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– Dez minutos depois estávamos na suíte do hotel e eu tinha os dois em cima de mim como se não vissem uma mulher há um ano! Nem se deram ao trabalho de tirar a roupa (nem a minha nem a deles!), simplesmente destaparam-me as partes que lhes interessavam e atacaram-me com as mãos ansiosas e os caralhos em riste.

Um deles não esteve cá com meias medidas e enfiou-mo logo no cu! Como ele sabia que eu gostava, não faço ideia, mas a verdade é que me penetrou com toda a limpeza enquanto eu mamava o outro. Os dois não paravam de dizer porcarias: “Anda cá, puta, deixa-me furar-te esse cu”, “és uma putinha, não és?”, “cala essa boca, chupa-me, mas é a piça”, “isso, dá a essas nalgas de vaca enquanto eu te enrabo esse buraco, até te vais cagar toda”.

Eu delirava com aquelas ofensas e não dizia nada, só gemia e gritava de gozo ao sentir aqueles paus a preencher-me toda.

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– E, nesse momento, pensava no seu marido?

Nem me lembrava do meu nome, quanto mais do meu marido! Não sabia quem era, como tinha chegado ali, o que me movia... Só sentia uma tesão que parecia impossível de satisfazer e, por isso, entregava-me sem limites àqueles dois estranhos, esperando que conseguissem acalmar o meu fogo...

Entrevista com uma ninfo - Parte 2

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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