14 October, 2019 Insaciável
Sentia-a com fome, com urgência em ter-me dentro dela.
Momentos. Todos nós vivemos de momentos para depois recordar. Recordarmo-nos dos passos que nos conduziram até onde deveríamos estar. Das palavras que nos inspiraram ou das outras que nos esmagaram. Tive momentos e momentos. Alguns que me desafiaram, alteraram, assustaram e até mesmo me subjugaram. No entanto, estou feliz porque os momentos mais sedutores e comoventes os passei com ela. Eu já estou com uns quantos momentos bem memoráveis e ainda nem aos trinta anos cheguei e vocês? Estão no bom caminho ou ainda nem a meio vão?
Namorei com a Clara durante uns breves quatro meses. Tive que a deixar. Aquela mulher estava a deixar-me sem energia e sempre que tinha um momento livre ela encurralava-me ao dizer:
- Mais logo venho ter contigo?
Eu só queria um pouco de tempo para estar com os meus rapazes, os meus amigos. Beber umas cervejas depois do trabalho, mas não… Ela queria-me a todo o momento e segundo que conseguisse colocar as suas garras em mim.
A Clara não era possessiva, mas sim agarrada ao sexo, uma viciada. Uma viciada em corpos despidos e excitados.
Terça-feira. Estou a sair do trabalho, a despedir-me dos meus colegas de trabalho:
- Jorge, não te esqueças que amanhã tens que arranjar os tomates cherries para o prato que vou confecionar para o primeiro-ministro.
Quando olho em frente, em direcção ao local onde o meu carro deveria estar estacionado, vejo a Clara, que ao ver-me olhar na sua direcção começa a correr, agora, na minha direcção.
- Amor … estava com tantas saudades.
Enquanto me fala, as suas mãos deambulam ao longo do meu corpo, tentando colocar as mãos por debaixo das minhas vestes de forma a conseguir tocar na minha pele.
- Clara, tem calma. Vamos beber algo e logo se vê, sim?
- Mas eu tinha tantas saudades tuas!
E abraça-se ao meu pescoço com uma força monstra.
- Tens que me largar senão não consigo conduzir.
- Ah! … Pois é! - diz colocando uma expressão ingénua e demasiado virginal, para ser possível tal demónio demonstrar isso.
Derreto-me ao olhar para ela. Tem uma pele tão clara, tal como o seu nome indica, uns mamilos bem rosadinhos e sempre endurecidos, assim que lhes meto os olhos em cima. O seu corpo era demasiado bom para ser verdade. Tinha-me calhado a sorte grande, pensei durante algum tempo. Mas aquele modo de vida estava-me a deixar tão satisfeitamente triste. Por mais satisfatório que seja a nossa relação sexual, pessoalmente e socialmente não estou saciado, satisfeito, feliz.
Nem esperou por entrarmos na auto-estrada para colocar a sua cabeça entre as minhas pernas.
- Que estás a fazer, Clara?... Estou a conduzir!
- Ninguém nos vê ursinho. Sente só! - diz-me.
Aquela mulher tinha uma esperteza aguçada mas apenas para o que ela tinha interesse. Coloca-me rapidamente o meu pénis fora das minhas calças e boxers, e coloca-o num instante, sem qualquer espera dentro da sua boca.
Não sei onde me segurar, ela está a endoidecer-me mas eu tenho que me concentrar na estrada.
- Vou apanhar um sinal vermelho.
Dizia-lhe de cada vez que iríamos parar, mas ela não cessava os seus movimentos. Sentia-a com fome, com urgência em ter-me dentro dela. Ela puxa a minha mão para a pousar sobre o seu rabo, que estava quase exposto pois a sua saia foi-se elevando ao longo do seu tronco conforme os meus rodopios de ancas.
“Estás com uma fome, filha!”, pensava enquanto a olhava de relance.
Estava empenhada em fazer-me atingir o orgasmo.
- Clara, estou quase.
Não me responde, continua a sua atividade sem suspender qualquer movimento. A sua língua rodopiava sobre o pénis que nem uma louca. As suas mãos sobre os meus testículos, que por vezes colocava um-a-um dentro da sua boca. Os lambuzava com a sua língua.
Agarro-me aos seus cabelos e atinjo o orgasmo na sua boca. A Clara engole o meu néctar e continua, agora numas lambidelas mais lentas, a chupar-me e a roda-lo na sua boca.
Que delícia! …
Ela recompõe-se no assento do carro, limpa os lábios e diz-me com um sorriso maroto:
- É aqui que comemos o prato principal?
Após desligar o motor do carro e olhar em direcção do bar que a ia levar, pensei duas vezes. Liguei novamente o motor do carro e meti-me a caminho da minha casa.
- Onde vamos ursinho? - pergunta-me com um olhar inocente.
- Pensei noutro sitio para bebermos uma cerveja, que achas da ideia?
- Maravilhosa!!
O bar ainda ficava a uns quinze minutos da minha habitação e com o trânsito que estava, aquele momento começou-me a deixar irritado.
A Clara colocava-me novamente a mão entre as pernas. Com o meu pénis ainda exposto, ela passava-lhe a mão. Lambe a palma da mão e segura no meu pénis.
- Que estás a fazer sua doida? - pergunto com um sorriso maroto na face.
- Não gostas, é?
- Não me ouviste a dizer isso, pois não?
Ao parar novamente o carro a Clara larga o meu pénis e diz:
- Mas não íamos beber uma cerveja?
- Sim e vamos.
- Mas estamos em tua casa...
- Sim. Algum problema com isso?
Ela estava confusa, notava-se bem na sua expressão facial, mas a sua fome continuava. Depois de me fazer vir no carro enquanto conduzia eu não conseguia pensar noutra coisa se não deitá-la sobre a minha cama, abrir-lhe bem as pernas e fode-la bem fundo. Fode-la até ela me dizer que não aguenta mais.
Sem grandes argumentos entramos no meu prédio, mas ao entrarmos no elevador que nos ia levar até ao décimo sexto andar, o clima envolvente começou a aquecer novamente. Joguei-me a ela. Meti-a contra a parede do elevador, coloquei a sua perna ao redor da minha cintura. Segurar naquele rabo tão perfeito e duro. Ela era demais.
As portas abrem-se. Estamos no andar do desejo infernal.
Corremos até à minha porta de casa. Parecemos dois adolescentes esfomeados que têm que terminar o assunto o mais rapidamente possível pois a mãe está quase a chegar a casa.
Dentro da minha habitação não houve espaço para demoras.
Abri-lhe os botões da camisa, puxei o seu soutian para baixo expondo os seus seios, subo a saia para cima e puxei a sua tanga para baixo. Num momento demasiado rápido vi-me livre das minhas vestes inferiores e coloquei-me com urgência dentro dela. Contra a bancada da cozinha, tomei-a ali.
Com toda a fome, vontade e tesão consumimos os nossos corpos em algo fugaz e vulgar. Não demoramos muito até atingirmos o orgasmo. Mas tanto eu como ela queríamos mais.
A Clara estava a ajeitar o cabelo quando diz:
- A cerveja é da boa. Sabes-me dizer de onde vem? - diz entre risos.
Vou em direcção ao frigorífico e retiro de lá duas médias, bem frescas. Passo a garrafa sobre o seu ombro, descendo depois até lhe tocar no mamilo, que rapidamente endureceu novamente. O seu corpo estremece. Dá um gole na cerveja e continua:
- Vamos ao segundo round?
Ao ouvi-la proferir tal frase, agarrei-me a ela e coloquei-a sobre o meu ombro, iria transporta-la assim até ao meu quarto.
Ao entrar na minha suite Royal, atirei-a para cima da minha cama e retirei-lhe aquelas roupas incomodativas de forma a conseguir ver bem o seu corpo curvilíneo.
A Clara deixava-me louco, cheio de vontade. O meu pénis que estava meio frouxo, depois de ver aquela mulher deslumbrante de pernas bem abertas em cima da cama a chamar-me para dentro dela, ficou teso. Quente, duro e urgente em se colocar dentro dela.
Saltei-lhe para cima, e comecei a lambuzar o seu corpo todo, com beijos e mordiscos. Aquele corpo era demasiado apetitoso. Tinha as medidas certas.
Meti-me no meio das suas pernas e fiz com que a minha língua se perdesse ao longo do seu sexo, que estava tão quente e húmido. Ela remexia-se sobre a cama, puxando-me os cabelos ou apertando os seus próprios mamilos. Ela não conseguia ficar parada.
- Não pares … - dizia-me ofegante.
- Mas já estou a ficar com a ponta da língua dormente …
Fiquei meio envergonhado, pois aquilo nunca me tinha acontecido. Ela queria que a fizesse vir com a minha boca. Ela estava cada vez mais ofegante e começava, agora a cravar-me as unhas ao longo das costas deixando-me uns belos arranhões vermelhos sobre a minha pele. Sentia as minhas costas a arderem.
Ao aproximar-se do orgasmo, segurou-me pelos cabelos e pressionou a minha boca contra o seu sexo. Eu tinha a minha boca tão molhada, tão quente. Estando próxima do orgasmo, diz-me:
- Anda cá, anda.
Encaminho-me para a sua boca, ela lambuza-me a minha boca, quer sentir o seu sabor, enquanto que com a sua outra mão colocava dentro de si o meu pénis que estava demasiado endurecido com aquela situação toda.
Num só movimento estou dentro dela, está tão quente, tão húmida, tão escorregadia. Como sabe tão bem...
Os nossos corpos colaram-se um no outro, feitos duas lapas, até vermos os primeiros raios de luz romperem pelo meio das persianas que tinham ficado semi-abertas a noite toda. O tempo ao seu lado voava. Voava tanto que nunca conseguia descansar como deve ser.
Noites loucas, era o que eu tinha com a Clara, mas já estava na hora de regressar ao trabalho e eu sem conseguir dormir.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...