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25 August, 2022 A Foda Matinal da Mulher Portuguesa

Repórter Sarilhos investiga...

Quem nunca levou uma foda vespertina não sabe a quantas anda. De manhã se levanta a pássara que apanha o melhor bicharoco. De manhã se começa o dia que pode durar até à noite. Estas são as entrevistas possíveis e imaginárias das mulheres portuguesas que gostam de levar com ele mal o sol abre a pestana...

 

A Foda Matinal da Mulher Portuguesa

 

Fátima N., 28 anos, doméstica e ficcionista amadora 

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Eu gosto de manhã, contra a parede, logo a começar o dia. Não é por nada, é quando dá jeito ao meu marido. Eu estou logo pronta, mas ele precisa de meia hora para acordar e não reage bem se lhe salto para a espinha nessas horas. Eu acordo sempre com muita tesão, ele não. Mas acendo-o…

Tenho a certeza que no duche, mal abre o primeiro olho, vem-lhe à memória a minha mão a agarrar-lhe o caralho, que é como o ajudo a despertar.

Quando cheira o café, é quase certo que lhe chega ao nariz o bafo da minha racha, que lhe dou a aspirar enquanto dorme. E se passa manteiga na torrada e fica com os dedos todos besuntados, calculo que se lembre como eu estou sempre molhada quando me esfrego nele, deixando-lhe na pele um trilho de baba de cona que ele irá encontrar, viscoso e aromático, quando se começar a lavar...

Quando veste o fato e aperta a gravata, muito barbeado, já não precisa das memórias, porque o desejo, a tesão, a urgência, estão ali mesmo… Todos os dias apanha as chaves, preparado para sair, e as volta a pousar, no sítio de onde nunca saem antes que ele me chegue a foder.

Então procura-me, eu escondo-me, persegue-me, eu fujo, agarra-me e vira-me ou não, conforme a sua vontade. Sabe que primeiro tem que me tirar as cuecas e sabe que eu gosto que seja bruto a fazê-lo. É bruto. Agarra-me na cona de mão cheia, esfrega-me toda, puxa-me pelos pintelhos. Faz-me abrir as pernas, sem querer saber se eu estou apoiada ou não. Mete-me os dedos e deixa-me os lábios escancarados, a pingar. Depois, sem mais preliminares, espeta-me a coisa grossa e seca e começa a bombar como se eu fosse um saco de batatas.

Come-me assim, sem contemplações. Parece que me quer partir. E sempre contra a parede, porque já se levantou e claro que não vai tornar a deitar-se, essas redundâncias e ineficácias não fazem parte das suas concessões, que são sempre lógicas.

Mas espeta-me sem lógica nenhuma. Fura-me com sacões toscos, ora espaçados, ora mais próximos, mas sempre fortíssimos, que se enterram em mim até às profundezas e me fazem gritar. Às vezes, quase sempre, entra em combustão frenética, desvairada, e fica tão dentro de mim que me obriga a abrir toda para não me rasgar, mas sinto que rasga...

Aí expludo. Venho-me antes dele, sempre, geralmente duas vezes. São os maiores orgasmos que tenho, os mais intensos do nosso sexo do dia. Logo para começar.

Ele também tem pressa de se vir, uma ganância, mas é impelido a retardar o prazer. É tudo selvagem, delirante, descontrolado… Demasiado bom. Por ele estava ali o dia inteiro a partir-me toda!

São os meus gemidos que acabam com ele. Tenho gemidos franceses, como ele diz, muito meiguinhos. Isso deixa-o louco porque faz um contraste absoluto com a voracidade, com a violência que ele quer impor na foda. Quando já estou excitada assim e ele me ouve, põe-se a dar ao cu como um desgovernado até que parece que tem uma paragem, fica uns segundos em suspenso, e só depois grita, muito rouco, é mais um rugido que um grito, e é aí que se começa a esporrar como uma agulheta...

Vem-se em jactos afiados. Umas vezes deposita-me enormes quantidades de leite lá dentro. Outras, tira-o da racha assada e aponta para onde está virado, para cima do meu corpo, das minhas roupas, das minhas partes nuas...

Deixa-me de joelhos, morta de gozo, enquanto puxa as calças para cima, e vejo-o daí apanhar as chaves e sair enfim para o trabalho. Sem um beijo, sem uma palavra.

À noite namoramos, mas de manhã é como se fôssemos dois desconhecidos que acordam mal dispostos e insaciáveis.

Fico longo tempo a escorrer toda, do meu mel e do dele. Às vezes, só me lavo muito mais tarde e masturbo-me muito ao longo do dia, a pensar na foda da manhã.

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Laura S., 46 anos, enfermeira

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Sou uma pessoa que gosta de fazer amigos. Tenho muitos amigos. O meu companheiro não é muito de amizades, mas também mal nos vimos. Muitas vezes, quando estou a sair para o meu trabalho está ele a chegar do dele. Ele é padeiro desempregado. Portanto, estou sempre dependente da gentileza dos amigos.

Gosto de foder e ser fodida antes de entrar ao serviço. Trabalho melhor. Quem estiver disponível à hora que eu entro, o primeiro que me der os bons dias, já sabe para onde vou, sabe que deixo a porta encostada e que vou ficar à espera dele. Umas vezes dispo-me, outras não, assim eles nunca sabem o que vão apanhar, se uma gaja púdica prestes a despir-se ou uma putéfia rebarbada toda nua. Como não sabem, já entram de pau feito...

Vou logo direita a eles. Gosto de agarrá-los na mão, apertá-los, senti-los pulsar, e nada me acorda melhor do que um cheiro a caralho pela manhã. Aspiro aquele odor a bicho molhado, a seiva animal, até encher os pulmões. Depois meto-o na boca e chupo-lhe a cabeça e o pescoço como se lhos quisesse arrancar.

Muitos desejavam vir-se logo, dizem que o meu broche é muito intenso e adoravam encher-me a boca de natas. Mas sabem que preciso duma boa foda, dum orgasmo de cona, para ficar saciada. Portanto, aguentam, na maioria das vezes, porque querem fazer isso por mim. Por alguma razão somos amigos.

Nos dias em que nenhum amigo está disponível, que não são raros dado que se trata de um piquete de urgência, costumo recorrer aos préstimos do senhor P., que tem uma casa de banho só para ele no cubículo de segurança. O senhor P. tem uma pila pequena mas assenta-me que nem uma luva no rabo.

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Julia Q., 23 anos, revendedora de produtos cosméticos

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Por acaso não sou uma pessoa muito matinal. Não, não gosto muito de manhã. A não ser que seja qualquer coisa extraordinária, fora do comum. Uma vez estávamos de férias num resort paradisíaco e fui com o meu marido jantar, e ele fez uma cena de ciúmes porque os rapazes que serviam às mesas eram todos lindos de morrer, jovens e atléticos, e era impossível não olhar para eles sem querer metê-los na mala.

O meu marido estava possesso e mais tarde, depois de me estragar a noite, quando quis fazer as pazes e o amor, mandei-o às urtigas.

Então, para compensar, na manhã seguinte, acordou-me com beijinhos no pescoço e quando abri os olhos percebi que dum lado estava ele e do outro um dos rapazes do hotel, já a enfiar-me os dedos. Em menos de nada tinha uma poça de água quente a ensopar-me a rata, pois percebi que ao lado da cama estavam mais dois rapazes da noite anterior, todos eles convidados pelo meu marido.

Claro que o meu marido foi o primeiro a enfiar-me o pénis. Eu fiquei tão feliz que nem doeu quando o outro se enfiou do outro lado e alguém me meteu uma pila gigante na boca, que ainda agora parece que me dói a garganta. Ainda nem sequer tinha lavado os dentes.

Olhe, comeram-me todos ao mesmo tempo, foi os pénis, foi os dedos, foi de boca, e esporraram-se para todo o lado, lá dentro, cá fora, nas minhas maminhas, na cara, até nos cabelos, nas colchas e nos lençóis. No final, vi fios brancos a escorrer pela parede e pensei logo que ainda bem que estávamos num hotel e não tinha que limpar aquilo...

Dessa vez gostei muito do sexo matinal, mas foi porque o meu marido foi muito querido comigo e nesse momento amei-o muito.

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Augusta D., 47 anos, empresária em nome individual

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Aos 19 anos fui viver para uma pensão com a minha mãe que, de repente, ficara abonada e sem o meu pai já não tinha motivação para nada. Preferia pagar e ser servida, o que a levava a passar muitos dias sem fazer o que quer que fosse.

A minha mãe era muito protectora e não queria chatices, pelo que raramente me deixava sair do quarto, mas lá dentro mal notava a minha existência. Eu brincava, sonhava, vivia sozinha enquanto a via pasmar entre quatro paredes.

De forma que à época era uma rapariga muito inocente, com muita curiosidade mas pouco conhecimento das coisas da vida.

Uma manhã ia para a escola, vinha a passar da casa de banho e ouvi, da porta de outro hóspede, sons de gemidos. Conhecíamo-lo bem, costumava jantar à mesa connosco, mas na verdade não sabíamos nada sobre ele.

Sem perceber porquê, fiquei muito excitada e, apesar de ser tímida, arranjei coragem para espreitar pelo buraco da fechadura. Foi então que vi o senhor N., o nosso “amigo” do quarto 12, a abrir muito as nádegas da senhora F., a sexagenária do quarto 16, e a meter o membro muito grosso e muito comprido dentro do rabo dela.

Como disse, eu sabia ainda pouco da vida, longe de mim pensar que aquelas coisas se faziam, e acho que foi o instinto, mais do que outra coisa, que me levou a pôr a mão dentro das cuecas e constatar, com grande surpresa, que estava muito quente e molhada. Masturbei-me aí pela primeira vez, enquanto os espiava.

A partir de então, sempre que passava pelo quarto 16, espreitava para ver se havia actividade e, se sim, masturbava-me enquanto os observava.

Comecei a reparar que nesses dias a escola me corria melhor. Estava mais alegre, mais relaxada, mais segura, mais focada. Aquela descarga matinal fazia-me bem, por isso continuei a procurá-la, sem sequer pensar que um dia poderia ser apanhada.

Foi o senhor L., do quarto 26, um professor de ciências que costumava vir ao primeiro andar tomar duche porque a água lá em cima tinha pouca pressão, que me apanhou. Quando o vi, parado ao meu lado em tronco nu, com a toalha enrolada à cintura, não sabia onde me havia de meter. Mas ele também ouviu os gemidos, e viu-me com a mão dentro das cuecas, portanto, quando tirou a toalha e revelou o que tinha entre as pernas, imenso e vigoroso, percebi que ele sabia exactamente onde o queria meter. E nesse momento, por estranho que me parecesse, quis muito que o fizesse.

Nem me lembro de pensar, imitei simplesmente o que conhecia, pus-me na posição que tinha visto à senhora F., e abri muito as minhas próprias nádegas. Não sei o que ele percebeu do convite, pois ficou um pouco indeciso, mas eventualmente enfiou o caralho, que era grosso demais para mim, e enrabou-me ali mesmo no meio do corredor.

Depois disso repetimos o encontro vários dias, no mesmo sítio, à mesma hora, a ouvir os gemidos dos outros. Ele sabia muitas coisas e estava sempre a ensinar-me. Até que me ensinou o que era um orgasmo e na manhã seguinte não pude esperar, fui directa ao quarto dele. Desde esse dia passou a ser uma coisa de todos os dias, geralmente até à hora de almoço, quando toda a gente se reunia.

Nunca ninguém via o senhor L. e a senhora F. trocar uma palavra.

O “meu” professor acabou por sair da pensão mas ficou-me sempre. Desde esses tempos e até hoje, e o meu marido é bem testemunha disso, nunca mais consegui sair de casa de manhã sem levar no cu.

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Lurdes M., 81 anos, porteira reformada

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Olhe, senhor Sarilhos, sabe, pela saúde da minha mãezinha que foi morar com o namorado, eu cá por mim tanto gosto de manhã como à noite, pela frente ou por trás, de pé ou deitada, seja chouriço seja farinheira. O meu problema é que sou viúva, sabe, à noite gosto de beber o meu gin tónico e no outro dia ninguém me acorda antes do programa da tarde. De maneiras que não tenho vagar para isso.

O que é que eu faço para ter sexo? Já lhe disse, não tenho vagar. Sou uma pessoa muito recatada, com muitas afazeres. Não sou só eu, tenho muitas responsabilidades com outras pessoas que dependem de mim, sabe. Só às vezes, quando me apetece muito, é que, sabe, mando vir uma piça hutt todos os dias, como me ensinou uma vizinha minha. Gosto daquelas mais grossinhas.

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Mariazinha M. (neta de Lurdes M.), 29 anos, menina de programa

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A minha avó disse o quê de mim? Não acredite em nada do que ela diz, é uma desavergonhada. Às vezes peço-lhe para ir lá a casa com um amigo, assim mais abonado, que gosta doutro conforto, com coisas antigas e isso, tá a ver?, e diz-me que não, a não ser que ela também coma. Tá a ver? A mamar na própria família, sangue do meu sangue!

É uma aldrabona. Andou a espalhar que eu estava grávida do meu Zé Miguel mas era tudo mentira, porque o que aconteceu é que me sentei numa sanita onde um senhor tinha estado antes, não sei a fazer o quê, mas isso ela não diz!

Toda a gente que me conhece e é minha amiga, até pessoas importantes que são muito minhas amigas, sabem que o meu Zé Miguel é um anjinho que nasceu abençoado, que não teve pai e é puro. Quem anda a dizer que ele está aí metido em coisas isso é gente que tem inveja, condenam uma pessoa só por cometer um erro e depois outra vez o mesmo erro, que foi aí que o juiz o tramou. Porque eles procuram as coisinhas mais pequenas.

Não, não se pode fiar na minha avó. Vai para a janela dizer que é muito recatada, que tem muitas responsabilidades, que as pessoas dependem dela, é tudo treta. Ela não faz nada, só dá a cona.

Toda a gente sabe que ela tem uma rede, uma máfia, de homens das obras ou sei lá onde é que ela os vai buscar, que lhe vão buscar os remédios e ela depois paga-lhes com a cona. Chegou a ter um desses afilhados, como lhes chamava, lá em casa. Tinha uma picha que parecia um burro que uma vez deu-lhe uma enrabadela que esteve três dias sem se peidar, passava o tempo de cócoras a mamar na boca. Tá a ver? Isto só da parte da manhã, que era quando ainda tinha energia e ainda não estava bebêda. Para ver como é mentirosa. Não diz nem verdade nem mentira que se aproveite...

Eu? Eu ainda sou muito nova, tá a ver?, só tenho 29 anos. Quero ir virgem para o casamento, porque respeito muito a virgem, tenho mesmo adoração, por essas pessoas que se poupam, que têm essa paciência... A não ser que o Repórter Sarilhos tenha trazido um convite para mim, tá a ver? Aí eu deixo-lhe amaciar-me o grelo ou que o repórter quiser... Repórter Sarilhos...? Repórter Sarilhos!

Olha, foi-se embora… A ordinária da velha dá-me cabo dos serviços todos!

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Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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