14 November, 2021 Se eu pudesse chupar-me a mim próprio....
Chupava ou não?
Há duas coisas que já todos fantasiámos à noite na cama numa daquelas insónias que nem com três punhetas lá vai: como seria ganhar o Euromilhões e como seria poder chupar a própria picha. Longe vão os tempos em que as nossas preferências sexuais eram olhadas de lado pela sociedade , felizmente estamos em 2021 e um gajo pode pensar em chupar a própria picha e meter os dedos no cu sem colocar em causa tudo o que sempre julgou saber sobre si próprio.
Isso e continuo sem ganhar o Euromilhões.
Esta velha questão já foi mote de discussão entre grupos de homens ao longo da História e existe um pergaminho na Torre do Tombo com a seguinte pergunta:
Potuisti exsugere mentula?
Para todos aqueles que não são versados em Latim, eu traduzo: "eras capaz de chupar o teu pau?". Lá porque podemos fazer uma coisa, não significa que o devemos fazer, certo? Contudo, esta questão carece de uma análise mais aprofundada. Esta questão costuma levantar alguma celeuma aos machos latinos de vão de escada, porque acham que um homem com uma picha na boca é automaticamente gay. Primeiro: sim, é verdade que muitos dos homens gay têm pichas na boca, mas qual é o mal em a ter ou ser gay? Nenhum. Segundo: não, ter uma picha na boca ou pensar em ter uma picha na boca não nos modifica a orientação sexual. Às vezes uma picha na boca é apenas uma picha na boca, meus amigos.
Ultrapassando esse preconceito ridículo, podemos equacionar sobre a necessidade de ter a nossa picha na boca. Como assim? Se eu bato punhetas para me satisfazer, um auto-broche seria uma espécie de super-punheta (mas com a boca). Seria estranho ter a minha picha na boca? Sim, sem dúvida, mas assim que começasse a mamar em mim próprio, passava logo a estranheza. Além disso: eu sei como gosto que me chupem, foda-se. Portanto, quem melhor do que eu para me chupar a mim próprio? Tudo bem que não tenho toda aquela mestria de elegância de muita gaja, mas uma pessoa pode aprender, certo?
Sim, acredito que muitos de nós, se pudéssemos, fazíamos bicos a nós próprios nem que fosse por uma vez. Acredito que se não tivéssemos costelas, chupávamos o nosso próprio mangalho. Contudo, também acredito que apenas uma pequena maioria se vinha na própria boca. Há limite para o auto-bico, meus caros.
E como o fariam? Deitados na cama em posição de bebé a mudar a fralda ou em pé a dobrar o tronco tipo Cirque du Soleil? Tantas perguntas, tão pouca flexibilidade e tamanho de picha para o conseguir fazer.
Um homem pode sonhar, caralho. Com o Euromilhões ou com chupar a própria gaita.
Até quarta e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.