06 December, 2015 Engolir ou não engolir?
A história de vida do actor mais bem pago da pornografia: o “money shot”.
A esguichadela espermística que tanto prazer alberga naqueles segundos de purga é, em si, uma entidade viva (literalmente, porque contém espermatezóides).
Desde tenra idade, quando tomamos o primeiro contacto com o nosso próprio corpo, o resultado do nosso clímax masculino é alvo de dúvidas sobre o que fazer com ele. Tantas e tantas questões assolam a nossa mentezinha naquele momento, não é? Para onde é que deito isto? Para o ar? Para os lençóis, fingindo que depois não está ali nada? Para as meias? Provo isto para ver se é bom? Pois. A auto-satisfação deve ser sempre acompanhada de uns preparativos prévios a fim de não estarmos a provocar uma situação embaraçosa a nível de nódoas em tudo o que está ao alcance da nossa mão. Os lenços de papel são muito úteis e já houve alturas de “seca” em que se alguém entrasse no meu quarto iria julgar que eu estava com uma crise grave de rinite alérgica.
Porém, com o avançar do tempo deixamos de ter sexo apenas com a nossa fiel mão e elevamos o nivel da coisa ao dispór de um receptáculo onde despejar o nosso sumo de homem. E longe de mim estar a vulgarizar as opções de escolha de alvo, mas eu pessoalmente sou bastante adepto de uma finalização higiénica e imaculada. Falo obviamente do tão prazeroso orgasmo com ligação directa na garganta de outrém (homem, mulher, animal, mineral… não estou aqui a criticar escolhas).
Pôr esta questão à/ao parceira/o é algo que tento sempre evitar. Apesar de ser uma cortesia, não deixa de retirar um pouco o charme que a situação deve ter e nada supera agarrar na cabeça da outra pessoa e encostar o caralho junto aos lábios enquanto ela se lambe toda pelo que aí vem.
Pessoas com uma vida sexual de gente normal já se depararam com todos os resultados que podem advir desta situação e é normal apanhar-se coisas como:
1. A “quando tiveres avisa”
A “quando tiveres avisa” é a pessoa que faz questão de receber uma carta registada com aviso de receção de quando é que eu me estou a vir. Seja por nojo da coisa ou simplesmente macaquinhos púdicos na cabeça, é a meu ver, a pior espécie. Como é que sabe se não gosta, se não provou? É como ir ao sushi: primeiro estranha-se e depois entranha-se (mais que não seja como mancha no cabelo, para aprender). A evitar.
2. A “vem-te na minha boca”
Atenção a este pau de dois bicos (trocadilho!). A “vem-te na minha boca” é um mix de “quando tiveres avisa” com a “esporra-me a boca toda, cabrão” (ver mais abaixo). Esta pessoa, sim gosta do esmegma na área bocal, mas não quer dizer que a engula toda como deve ser. Usando a metáfora do sushi novamente, é aquela pessoa que só la vai comer os sashimi e os “hot roll” mas não toca nos maki porque o sabor é muito forte. Há falta de melhor, é aceitável e pode ser que com o passar do tempo a coisa vá ao lugar (que é dentro da boca dela).
3. A “esporra-me a boca toda, cabrão!”
O tom imperativo desta pessoa faz com que seja muito dificil lhe desobedecer. A cara de gulosa que ela esgalha ao esgalhar o meu nabo perto dos lábios diz tudo: ela vai engolir tudo até á ultima gota, de olhos abertos fixados nos meus e vai gemer a cada golfada de meita que engole (a chamada “artista do caralho”).
Mas o que seria de uma crónica de Noé sem uns exemplos da vida real?
Recentemente estive com uma moça de finas familias que devido à sua parca experiência no manuseamento caralhal, não tinha sequer pensado num “Finish Her” junto aos lábios. Fui propondo aos poucos a coisa. Mais ela resistia e mais tesão me dava. Lábios fantásticos e boquinha pequena que mal parecia conseguir dar conta do meu caralho. Através de alguma persistência e psicologia invertida fiz ver que era algo bastante importante para mim aquela situação se dar (a esta altura, isto já era pessoal). Para ela, tornou-se algo que a atingiu no seu âmago enquanto mulher, em saber que podia dar mais dela naquela situação e estava a ser colocada na tabela classificativa abaixo de terceiras (elas querem sempre ser as mais malucas que tivemos). A mulher agarra-se de tal forma à minha gaita, que parecia estar a fazer uma audição para os “Ídolos”. O “foda-se, estou-me a vir” não a desanimou e ainda mais ritmo impôs aquela boca fantástica e mãos de fada no meu caralho. Secou-me. Fiquei a seco.
“Engoli… tudinho” - diz ela, orgulhosa da sua obra e sorridente como mil estrelas.
Dei-lhe um beijo na face e outro na boca, em espécie de recompensa. Achei que mostrar que eu próprio não tenho nojo de mim mesmo, lhe serviria como motivação para outros voos.
Outro episódio engraçado que tive, e espero que não me julguem por isto, foi precisamente a primeira e última vez que um homem me fez um broche. Sim, eu Noé já tive a minha gaita na boca de outro gajo e orgasmei na mesma. Isto foi há algum tempo em que eu tinha a mania que era modelo fotográfico. Marquei um book com um fotógrafo ali para os lados do Porto chamado Pedro T (nome fictício) e lá fui ao estúdio do senhor. Eu andava a atravessar uma fase conturbada a nível de relações, e o Pedro T deve ter reparado em duas coisas: no alto das minhas calças e na minha expressão de “sou maluco dos cornos”. Depois do book, lá ficamos a falar sobre outros books que ele fez e modelos que ele fotografou e a conversa (não sei como) vai dar a broches. Que ele era gay até à quinta pluma, isso vi eu quando lhe meti os olhos em cima. Conversa puxa mais conversa e ele pergunta-me se algum homem já me tinha feito um broche. Respondi que não e ri-me bastante com a pergunta. Fica um silêncio estranho naquele estúdio e o Pedro T. ajoelha-se entre as minhas pernas. Pensei neste momento: “bom… um dia não são dias” e fiz questão de preencher a boca ao senhor Pedro T com algo como deve ser.
Meus amigos, eu não sei se algum homem vos chupou o nabo mas o senhor Pedro T transformou qualquer broche de uma gaja NUM PLÁGIO DESCARADO do mesmo. Não estamos a falar de um simples bico, meus amigos.
Eu parecia que tinha oito serpentes com braços de polvo a executar um felácio importado dos Ceús.
E sim, o Pedro T. engoliu tudo. Não fiquei a pensar muito nisto e ficou uma bela história para a História.
Aposto que o Pedro T. ainda hoje em dia se deve lembrar da minha pila (está aqui para a chupares, caso queiras).
Fantástico que nesta situação, não houve dúvidas ou questões sobre se o Pedro T. iria engolir tudo até ao fim, porque estava na cara do menino que aquela boquinha era um depósito a céu aberto de tudo o que era meita nas redondezas, ou seja, há pessoas que imploram no olhar para nos virmos na faringe delas.
Fica a dica: não neguem à partida um sabor que desconhecem.
Façam os homens felizes. E o Pedro também.
Até quarta e boas fodas.