25 October, 2020 Ela despejou cera, eu despejei meita
Nem sei porque fui nesta conversa.
Devia ter os meus 20 e poucos anos quando andava de namorisco com uma rapariga do coro da Igreja. Pode parecer o início de um argumento cliché de um filme porno, mas (in)felizmente é verdade. A coisa não durou muito (por motivos óbvios). No entanto, foi tempo suficiente para quebrar alguns mitos e validar a expressão “o hábito não faz o monge” (ou a freira, neste caso). Depois daquele conjunto habitual de mentiras masculinas cujo objectivo passava por colocar a rapariga de joelhos para rezar o Pénis Nosso, lá consegui enfiar a rapariga no confessionário que tinha em casa, ou seja, o meu quarto.
Não sei que raio de coisas é que se ensina na catequese, mas passarinho que come a minha daquela maneira, nunca teve o problema de passar fome: esta rapariga tinha uma boca divina, irmãos. Amen.
Por entre uma série de fodas celestiais, decidi ficar devoto de Nossa Senhora Que Te Quero Comer Mais Vezes e, numa dessas vezes, foi a minha vez de peregrinar em direção ao Santuário desta Boca Santa. Que o sexo já era fantástico, sabia eu e talvez uma série de acólitos e padres da freguesia. O que eu não esperava, era que a rapariga tinha uma séria e doentia pancada com velas acesas (se pensarmos bem, faz sentido). Quando entrei no quarto dela, parecia que estava no set do MTV Unplugged dos Nirvana, tal era o número de velas acesas. Não soubesse eu da devota que a rapariga era, podia assumir que alguém ia ser sacrificado a algum esbirro demoníaco. O meu receio começou a diminuir à medida que a foda aumentava de ritmo, mas pelo canto do olho ia controlando se algum cortinado estava possuído por algum demónio do fogo que ela tenha decidido invocar. Tudo estava a correr bem. “Estava”. Num dos intervalos da missa de piça, ela sugere usar cera quente para apimentar a coisa.
- Eu já estou bastante apimentado. Dispenso mais calor! – disse eu.
Sorriu e ignorou a minha sugestão. Pediu que me deitasse de costas e colocou-se em cima de mim, tal e qual uma Cavaleira do Apocalipse. Gentilmente, deixou escorrer um pingo de cera nas minhas costas. “Ai!”. Doeu por um milésimo de segundo. Não tirei muito prazer da coisa, mas ela delirou. Deixei-me ir. Mais um pingo, mais um “Ai!”. Ela gemia de prazer com a minha “dor” e, por essa razão, deixei a coisa continuar. Pediu-me que me virasse de barriga para cima. Suavemente, deixou-se ser enterrada com o meu caralho teso enquanto ia soltando mais alguma pingas de cera no meu peito. Os meus “ais” de dor contrastavam com os “ais” de prazer dela. A coisa começa a ganhar mais ritmo e às fodas tantas, ela perde o equilíbrio e entorna a merda da cera praticamente toda em cima de mim. NA CARA. Conhecem a história do Fantasma da Ópera? Pois bem, foi assim que eu gritei e também fiquei com uma máscara parecida. Acham que a menina parou ou se importou comigo? Nada disso. Cavalgou em cima de mim de mãos no pescoço até se vir toda. Eu já nem me recordo se me vim ou não.
Tive de exorcizar este demónio e expulsei-o do meu corpo.
Aquela casa ficou limpa de presenças malignas e eu fiquei com a tromba vermelha.
Amen.
Boas fodas e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.