10 Dezember, 2018 Dois microfones
Uma boca bem cheia, o trabalho de língua que circulava tanto a cabeça como o tronco, os dentes que rasavam todo o pénis.
Fazer Stand Up Comedy garante sempre que na audiência as mulheres vão achar-te piada. Neste bar na cidade de Lisboa actuei numa noite que tinha na plateia uma pessoa que ia passar a noite comigo. Depois da comédia em palco veio a “comédia” em casa. Dois microfones, um para fazer rir, outro para brincar.
Já não atuava fazia algum tempo. Já não subia a um palco há algum tempo e já tinha saudades de meter pessoas a rir. Naquela noite, naquela casa, decidi voltar a meter os pensamentos a sair pela boca fora e a fazer aquilo que mais gostava de fazer.
O bar onde ia atuar situava-se no Cais do Sodré. Tinha um bom palco, uma boa acústica, mas acima de tudo um bom público. Esse que era jovem. Alguns eram estrangeiros, mas maioritariamente nacionais.
Subi a palco com algum receio devido ao tempo que já não atuava, mas rapidamente ouvi os primeiros risos e relaxei.
Na plateia estava algum público que conhecia, mas o que notei logo foi na presença de uma jovem morena que bebia um copo de vinho, sozinha. Depois do meu set acabar aproximei-me da sua mesa e questionei-a se me poderia sentar.
O facto de fazermos algo diferente do normal, de mostrarmos coragem para dizer comédia em palco, o facto de às vezes sermos vistos como artistas, dá-nos alguns poderes na hora de conversar com alguém.
- “Atuo aqui algumas vezes. Nunca te vi por cá.” - Disse-lhe de forma a tentar criar assunto.
O que me despertou nela não foi apenas a sua beleza. Digamos que a atenção dela perante as minhas palavras em palco despertou em mim algum interesse pois a forma como ela me olhava, era a ideia que eu tinha para uma noite de Stand Up Comedy.
- “Sou nova na cidade. Estou de passagem e gosto de comédia.” - Respondeu-me.
Ao longo da noite acabamos por ver juntos os restantes comediantes e a conversa com ela sobre comédia mostrou que a própria era uma grande consumidora da arte.
Sabia das noites. Sabia as referências. Sabia de representação. Sabia de tudo. O conhecimento pelo tema despertou ainda mais interesse em mim e acabei por convida-la para darmos uma volta por aquela zona da cidade. Digamos que a sua vestimenta também despertava um grande interesse da minha parte. O seu vestido curto, os seus saltos, os seus cabelos longos, encaixavam no padrão que eu naquela altura andava à procura.
A volta rapidamente transformou-se numa ida a um bar ouvir música ao vivo.
Beijei-a. Sim. Do nada. Em plena pista. O clima estava propício a isso e sem margem de dúvidas que ela também o queria. Os movimentos das ancas dela já a roçarem em mim, em plena pista, mostravam a sua vontade de ter uma noite de sexo quente.
- “Vamos para minha casa?” - perguntei-lhe.
- “Sim!” - respondeu ela sem margens para dúvidas.
Do Cais a minha casa eram cerca de 15 minutos de carro pela marginal sentido Cascais e a vista do apartamento era para a foz do rio Tejo. Um largo rio junto a um gigante Oceano.
Já no elevador, rapidamente houve um retorno ao toque, tocar na sua pele lisa, morena e o odor que ela emanava deixavam-me cada vez mais louco. A mão dela agarrou firme no meio das minhas pernas e a sua língua passou pelo meu pescoço.
Fora do elevador, no corredor para a porta de entrada, o trajeto fez-se lento pois a fera não me largava um segundo que fosse. Cada toque dela mostrava claramente vontade em ser penetrada por mim.
Já dentro de casa, atirou-me para a parede, ajoelhou-se e abriu-me as calças. Os seus dedos rapidamente abriram o zip, puxaram os boxers para baixo e a sua boca começou a fazer-me um oral. Um oral digno. Uma boca bem cheia, o trabalho de língua que circulava tanto a cabeça como o tronco, os dentes que rasavam todo o pénis. Tudo era feito com uma dedicação e entrega total.
A certa altura decidi mostrar do que eu era feito. Peguei nela, ao colo, encaixada em mim, levei-a até ao sofá da sala. Um sofá em L. Um sofá dos grandes. Tão grande que uma pessoa deitada parecia deitada em cima de uma cama. Cada toque dela em mim arrepiava-me e cada passagem do bruto para o lento deixava-me confuso sobre que foda queria ela: será que queria uma noite bruta ou uma noite calma, ou uma noite mais romântica?
Arrisquei. Puxei aqueles cabelos para trás. Puxei aquela cabeça para trás e pude morder aquele pescoço irresistível. Foi preciso apenas isso para fazê-la gritar algo e em bom som. Um grito que mostrava já todo o prazer que escorria pelo seu corpo. A minha língua começou assim a “navegar” pelo seu ombro, voltou ao pescoço, voltou ao ombro, veio para o seu peito e não esqueceu as suas costas. Cada milímetro que ela ia passando era um pouco mais de território que ia conquistando, aos poucos.
- “Fode-me!” - exigiu ela que queria ser penetrada de quatro na mesa da sala.
Cada pancada que lhe ia dando fazia-a gritar e subir o seu tronco numa quase tentativa de fuga não pretendida. Cada pancada que lhe dava fazia-a aproximar-se do seu climax e cada palmada naquelas duas nádegas iam deixando a marca dos meus cinco dedos. Ela, sem margem de dúvidas, ia “morrendo”, ali aos poucos.
- “O que é que tu és?!” - questionei eu.
Ela não respondeu, limitou-se a gemer, a gemer cada vez mais alto.
Ali mandava eu e queria continuar a mandar. Deitei-a para cima na minha cama e fodi-a de igual forma, de uma forma bruta, mas desta vez em missionário.
Quando me aproximei do orgasmo aproximei o centro das minhas pernas à boca dela e deixei, devagar, escorrer o que tinha dentro de mim para a boca dela que... como uma puta de excelência, engoliu.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...