28 novembro, 2021 Em defesa de quem faz "squirting"
Temos de dar valor a quem merece.
Há qualquer coisa no squirting e nas squirters que me fascina: é uma coisa tão única e peculiar, que ainda não conseguimos arranjar uma expressão como deve ser na nossa língua que lhes faça justiça. Se traduzirmos a coisa à letra, squirting é esguichar, squirter é esguichador/esguichadora e não soa assim tão bem. Se uma gaja me disser que faz squirt, eu penso "ah, ora aqui está alguém para eu apresentar à minha mãe no almoço de Páscoa", mas se ela me disser que esguicha, eu irei pensar "a minha mangueira do jardim também esguicha, não é por isso que me apetece foder com ela".
Se pensarmos bem no que é o squirt e no papel que desempenha no acto sexual, a tendência é acabarmos por desvalorizar uma coisa tão bonita por racionalizarmos demais o que não deve ser alvo de uma tese de mestrado. É como a arte, caraças. Sei lá porque caralho o Da Vinci pintou a Mona Lisa, é um quadro muito bonito de se ver e a única pergunta que devemos fazer é "será que a Mona Lisa era squirter?". Não sei, nem o Da Vinci deve saber, mas há coisas que foram feitas para não se pensar muito sobre elas, por exemplo, a Mona Lisa e o squirting.
O que tem de bom o squirting? Antes de mais, é uma coisa bonita de se ver, uma espécie de truque de magia que um estranho faz numa festa com duas laranjas e um baralho de cartas. Como é que ele fez aquilo? Como é que ela atingiu o candeeiro do tecto com o esguicho? Exactamente igual, a mesma sensação de admiração em duas situações tão diferentes mas tão iguais ao mesmo tempo. Do ponto de vista de gratificação sexual masculina, o squirting não tem propriamente um efeito palpável, apenas lubrificável.
Apanhei duas squirters ao longo da minha vida e cada uma delas tinha uma perspectiva diferente da coisa. A primeira, teve o seu primeiro squirt comigo e foi como achar um arco-íris a aparecer de repente por trás de um horizonte montanhoso lindíssimo. Eu estava por cima a dar-lhe com o malho como deve ser, ouço "sai, sai, sai rápido!" e assim que desmonto a montada, levo com um tiro morno na virilha. As minhas investidas tinham criado pressão suficiente de sumo de cona naquela caverna dos prazeres para sair disparado ao ponto de eu pensar que tinha um desentupidor a fazer de picha. Foi um momento de surpresa para ambos e depois ocorreu mais uma vez. Esta squirter não controlava totalmente os seus poderes conais e, talvez por essa razão, foi no caralho passado umas semanas.
A minha segunda squirter era o que posso chamar de "profissional do esguicho" pois ela teve a amabilidade de me dar umas dicas de que eu ia assistir a uma coisa espectacular se a fodesse como deve ser. Ora, quem sou eu para recusar o pedido de uma gentil donzela? Depois de umas quantas palmadas no cu e morteiradas violentas na cona, ela vira-me do avesso, senta-se em cima de mim, eleva ligeiramente as pernas e esguicha-me o corpo todo, controlando o squirt com dois dedos com tal precisão que me conseguiu deixar a boca molhada. Eu fiquei de boca aberta, não apenas porque queira provar o liquido divino, mas também porque nunca na minha vida julguei que pudesse ver uma coisa destas acontencer à minha frente.
Tal como um truque de magia com duas laranjas e um baralho de cartas. Como é que ela fez aquilo? Não se deve revelar os truques, pois perde-se a magia.
Boas fodas e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.