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25 abril, 2021 Taras estranhas: o "cleveland steamer"

Para ler em família.

Depois de já ter escrito aqui sobre o mítico "blumpkin", hoje trago-vos algo para limpar o palato desse infame truque circense do sexo que é fazer um bico a alguém que está sentado no "trono" a largar uma carcaça de lama fumegante. Chamem a família, liguem à avó e sentem as crianças à vossa frente, porque hoje trago-vos algo muito mais requintado e charmoso do que um simples e rude "blumpkin". Hoje vamos falar do "Cleveland Steamer" e, tal como o "blumpkin", não existe uma tradução directa (talvez "o rolo compressor de Cleveland"?). Se ainda não almoçaram, leiam isto antes, por favor.

Taras estranhas: o

Se bem se recordam, o "blumpkin" consiste em alguém mamar no narso enquanto essa pessoa está sentada no trono a largar uma carcaça de lama fumegante. Tudo a acompanhar até aqui? Óptimo. O "Cleveland Steamer" é bastante mais classy que este vil acto que junta broche e cheiro a merda, porque consiste no seguinte: uma pessoa deita-se e a outra coloca-se por cima do peito de cócoras para largar um macaco de lama em cima do peito da dita pessoa, sentar-se e depois espalhar toda a merda com o rabo pelo tronco. Ora, digam lá se isto não é muito melhor do que um "blumpkin"? 

Visto de fora parece apenas alguém a cagar em cima de outra pessoa, mas isto é fruto da ignorância. Todo o amante de "scat" reconhece que sexo é o que menos importa nestas brincadeiras, logo, não é por não haver qualquer penetração ou estimulação oral ou manual de algo que retire o prazer sexual ao "Cleveland Steamer". Aliás, quantos de nós já não desejámos cagar em alguém metaforicamente e nos passou pela cabeça fazê-lo literalmente? O "Cleveland Steamer" tem essa vertente, pois não é apenas um acto de amor entre duas pessoas, mas também uma forma de expressar descontentamento.

Disse-me a minha séria investigação de dez minutos na Internet que o "Cleveland Steamer" é frequentemente usado por pessoas que se querem vingar do parceiro por alguma razao, por norma, alguém pulou a cerca (e cagar-lhe em cima é uma forma de retaliação). Se alguma gaja que traí me desse a escolher entre partir-me o carro ou largar-me uma poia em cima, eu era o primeiro a tirar a t-shirt, deitar-me e dizer "ainda bem que ontem jantámos salada". No entanto, tenho algumas reservas sobre isto, pois nunca se sabe como irá reagir alguém que leva com bosta em cima, por isso, muito cuidado ao usarem isto como arma.

Mas nem só de maldade vive o mundo, existe muito amante de "Cleveland Steamer" por esse mundo fora. Cada um é como cada qual, não estou a criticar, apenas há algo que me deixa fascinado: como é que alguém propõe isto à outra pessoa, caralho? Seja de que lado for, atenção. Como é que dizes "amor, estava aqui a pensar se... podia cagar em cima de ti e esfregar-te com a merda usando o meu cu!". Ou pior: "amor, já sei o que quero fazer hoje à noite e não é ir ao cinema: quero que me cagues em cima e esfregues a merda toda com o rabo. Que dizes? Depois no fim de semana podemois ir passear"!

É preciso muita confiança. É preciso uma relação estar para lá de estável. É preciso duas almas gémeas. É preciso... amor. 

É isso que devemos tirar disto tudo: cagar em cima de alguém é um acto de amor incondicional.

Boas fodas e até quarta.

Noé

 

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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