06 abril, 2022 Como argumentar a favor de sexo anal
Quando isso de "vais ver que vais gostar" não pega!
Que atire o primeiro caroço de manga à cabeça da minha ex namorada quem nunca se deparou com - permitam-me a delicadeza de usar esta expressão - impedimentos de circulação em vias anais por motivos de "ai eu não gosto". Agora que a cabeça da minha ex está cheia de caroços de manga do tamanho dos túbaros de um boi-almiscarado, podemos prosseguir com o que eu considero ser uma dissertação de argumentos PERFEITAMENTE VÁLIDOS para convencer alguém a arriscar em albergar um tarolo de chicha nos entrefolhos anais.
Uma coisa é certa: nunca se deve dizer que desta água não beberei, assim como ninguém pode dizer que não gosta de levar com ele no cu sem levar com ele no cu primeiro. E muitas vezes as pessoas sofrem por antecipação o que as leva a negar à partida uma ciência que desconhecem ou, neste caso, um caralho pelo cu acima. O "argumento" de "vais ver que vais gostar" ou "isto não dói nada" é falacioso. Não são argumentos, pessoal fodilhão. Se acham que uma piça no cu não dói nada, então enfiem um pepino no cu hoje depois de almoço já que é assim tão bom. Também assumir que a pessoa vai gostar não me parece grande incentivo à rebaldaria na porta traseira, porque se está assumir que a pessoa não gosta antes de provar e isso gera sentimentos negativos. Portanto, o que podemos fazer? Simples. Usa-se uma espécie de psicologia invertida ou talvez - e soa melhor - uma espécie de psicologia por associação.
Vou usar um pequeno exemplo: sabem quando dão uma mocada com o carro e ficam com uma mossa pequena no pára-choques? É chato. Mas se pensarem que podiam ter sido varridos por um camião cheio de galinhas na auto-estrada, a mossa já não parece assim nada por aí além. A lógica é mais ou menos essa: levar no cu pode doer e ser desagradável, mas imaginem o que é serem arrastadas no chão por um cavalo por cima de brasas a arder. Claro que isto é um argumento estúpido e não deve ser usado, mas aqui ficam alguns exemplos que depois podem ou não adaptar mediante a situação.
Se a pessoa tem uma tatuagem, é meio caminho andado. Quem teve coragem para ser trilhada por uma agulha durante uma hora, tem de ter coragem para alojar um nabo na peida. Portanto, exponham o caso dessa forma: "tiveste receio de ser tatuada e aposto que doeu ao início, mas depois até te soube bem e agora estás a pensar em fazer outra? Ela diz que sim, concorda e vocês dizem "então mete-te de quatro que vou tatuar-te o cu". Ela vai rir-se.
Se a pessoa tiver filhos, também podem falar nisso. Não nos filhos porque isso era estranho, mas de como só mesmo alguém com coragem e sentido de responsabilidade consegue carregar um pequeno gremlin dentro de si durante 9 meses e para depois o expelir pela senaita. Nunca me aconteceu, mas deve ser assutador e doloroso. "Agora imagina que vai doer muitos menos e demorar uma ínfima parte desse tempo. Mete-te de quatro!".
Estão a perceber a lógica? Pegam em algo que essa pessoa tenha feito ou tenha vivido, expoem a coisa desta forma e relativizam a questão. Parece simples, mas não é. Tal como levar no cu, basta praticar.
Boas fodas no cu.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.