03 outubro, 2021 A apertadinha
Meter o Rossio na Betesga
Está para nascer o espécime masculino que grite a alto e bom som no topo de uma montanha que prefere mil vezes mais uma cona larga (o chamado "conão") a uma cona apertadinha (a chamada "coninha"). É inversamente proporcional à forma que as mulheres pensam em caralhos, certo? Certo. Há qualquer coisa de fantástico em enfiar o django num beco cor-de-rosa mais estreito que um fio de esparguete cru e o prazer que proporciona é inagualável para ambos. Até certo ponto, porque quando a coninha se depara com um narso que devia estar exposto no jardim zoológico, a coisa poderá afectar ambos os intervenientes de forma negativa.
Não me interpretem mal, eu adoro ver um caralho gigante rebentar uma cona, especialmente porque a cona não é minha (bendito Pornhub!). Mas para quem, tal como eu, tem o chamado caralho mediano (aquele que elas dizem ter o tamanho certo) e apanha uma micro-cona, toda esta história ganha contornos bastante interessantes. Por exemplo, quando se entra numa coninha, sentimos que conseguimos preencher todo o perímetro conal com o barrote, nem dando espaço para um mero peidinho de cona. Também dá algum prazer extra ouvir "entra devagar porque está grande demais". Ora, qual é o homem que não gosta de ouvir que tem caralho a mais? Exactamente: NENHUM!
Apesar de um gajo entrar devagar, eventualmente a coisa acelera e se a coninha não liga o chuveiro automático, a fricção poderá causar algumas faíscas e pegar fogo aos lençóis. Quando o dono de um caralho médio ouve "pára que me estás a aleijar" fica um pouco surpreendido. Os donos de caralhos silo de centeio estão mais do que habituados a ouvir esta merda, não há dia que não seja dada que não se ouça algo semelhante e são bichos que sabem o que fazer quando esse momento chega.
A cona apertadinha é tão benção como maldição, pois na mesma medida que proporciona um prazer inflacionado, também sofre do mesmo mal que um serviço de louça da Vista Alegre: é muito bonito e caro, mas tem de se ter cuidado quando se come, não vá partir-se tudo. Ora, tal como as nossas calças de ganga depois de uma jantarada, a cona tem elasticidade suficiente para albergar um tronco de eucalipto caralhal, mas a que custo? Queremos mesmo magoar a pessoa que gentilmente abriu as pernas para nós ou até mesmo corrermos o risco de fazermos mossa na piça?
O segredo - como sempre - está na lubrificação. Uma cona apertadinha precisa obrigatoriamente de ser bem oleada, tal como uma porta de correr (sendo esta uma porta de foder). Lubrificação natural, artificial, cuspo, manteiga ou doce de abóbora, untem a coninha como se não houvesse amanhã. Tratem-na bem, estimem-na e preservem-na o máximo de tempo possível, porque com o tempo e uso, qualquer coninha tende a virar conão - especialmente se for trespassada por caralhos silo de centeio todas as semanas.
Boas fodas em coninhas e conões e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.