19 fevereiro, 2021 Corta a Corrente
É preciso acabar com a partilha de imagens íntimas das mulheres na Internet sem o consentimento das mesmas.
Recentemente, foi divulgada na TV uma grande reportagem que procura dar a conhecer a exposição que muitas mulheres sofrem ao serem divulgadas as suas imagens mais íntimas na Internet e em redes sociais. Para quem é mulher, mãe, entende bem as consequências e o impacto psicológico e social que esses atos podem trazer.
Para os homens que partilham essas imagens, só posso sentir desprezo porque para além de, muitas vezes, estarem a partilhar imagens que nem lhes foram enviadas nem as protagonizam, apenas o fazem como modo de aceitação, para fazerem parte de um grupo.
E homens a quem essas imagens foram enviadas pelas próprias e as partilham, não sabem comer e calar - é simplesmente triste.
Para nós profissionais que partilhamos imagens íntimas quer a nível de anúncios, sites e venda, acho errado de igual modo que essas imagens sejam partilhadas por sítios e pessoas que não foram autorizadas para isso.
Se vendemos determinado conteúdo a um cliente, esse deve ser usado apenas pelo próprio para uso pessoal e não partilhado na net e nesses grupos.
O que infelizmente é o mais comum. E essa deve ser uma das razões que levam as profissionais a terem receio de passar a realizar serviços virtuais.
Para as profissionais que trabalham online, já sabem os risco e preparam-se psicologicamente para quando estas situações acontecem terem uma forma de contornar o problema.
Para quem não está no meio e enfrente uma situação destas, só desejo força e coragem porque vai ser um caminho duro com muitos julgamentos pela sociedade.
Homens e mulheres, afinal, todos os homens gostavam de fazer um filme caseiro, mas quando vaza, afinal a mulher da vida deles e que realizou o fetiche, passa de amor a puta e porca. As mulheres esquecem-se que o que acontece às outras, um dia pode tocar-lhes a elas e fazem ataques físicos e psicológicos às donas das imagens divulgadas que são as vítimas destas situações, mas que são vistas como vilãs.
Para combater este degredo da nossa sociedade, foi criado o movimento Corta a Corrente que lançou uma petição com o objetivo de regular a nossa lei para que seja considerado crime e para começarem a condenar os culpados para dar um travão nesta palhaçada.
NAO PARTILHES! QUEBRA A CORRENTE!
Assina a Petição: Pornografia partilhada de forma não consentida: Crime Público.
Bom fim de semana!
www.tugaeriscam.com