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30 setembro, 2019 Podia ter sido... melhor

As minhas mãos percorriam desajeitadamente o seu corpo.

Quando uma mulher inicia a sua vida sexual as suas primeiras tentativas não são nada satisfatórias, mesmo que ela tenha dito que foi bastante satisfatório. Contudo, na verdade, só depois de umas boas maratonas e de entender realmente onde são os nossos pontos fracos é que a festa realmente vai começar.

Podia ter sido... melhor

Durante algum tempo eu mantive os meus olhos sobre o Luís. Um rapaz sossegado mas com um sorriso demasiado encantador. Sem registo de namoradas e nada ligado às redes sociais, pois ele afirmava que isso só o faria desviar-se do seu objetivo que era terminar o curso no tempo estipulado.

Conheci o Luís na biblioteca da faculdade. Uma tarde, quando estava a escolher um livro para um projeto escolar que estava a estruturar, sem tomar atenção ao rapaz que estava naquele mesmo corredor, ele aproximou-se de mim e aconselhou-me um livro melhor. Bem melhor.

Ao longo daqueles dias sempre que eu ia para a biblioteca, lá estava ele. Trocamos olhares e sorrisos ao longe. Mesmo sendo olhares tímidos e envergonhados nunca deixava de esboçar um sorriso tolo.

Um dia, decidi que teria que ir trabalhar de manhã para a biblioteca da faculdade pois em casa não tinha condições para me concentrar. Mas o tiro sai-me pela culatra.

A biblioteca ainda está fechada. Cheguei quarenta minutos antes da abertura, por isso decidi ir até ao bar da faculdade que já estava aberto.

Faculdade sem uma viva alma, a não serem os poucos funcionários e professores que já se encontravam a trabalhar. Não estava habituada a ver a faculdade assim.

Peço um café à Dona Dores e vou até à esplanada da faculdade. Qual não é o meu espanto quando vejo o Luís sentado numa cadeira a apanhar sol enquanto bebe, ele também, um café. Ele olha por cima do ombro e ao perceber que sou eu esboça aquele seu sorriso mágico e desta vez pisca-me o olho.
Sinto as minhas bochechas a ficarem quentes.

Sento-me noutra mesa e deixo-me ficar a apreciar a breve brisa fresca, enquanto o sol não aquece e me comece a assar sobre os seus raios.

Ainda faltava algum tempo para a biblioteca abrir até que oiço o Luís levantar-se do seu lugar. O meu coração começa a bater mais forte ao ouvir que os seus passos se encaminham na minha direcção.

- Posso-me sentar aqui, contigo?

Não consigo formar uma frase nem por mais simples que seja, apenas consegui formar um sorriso parvo na minha cara e acenar com a cabeça em forma afirmativa.

Deixámos as horas escaparem-nos entre os dedos, perdemos uma boa parte da manhã na conversa a conhecermo-nos.

Aquelas primeiras horas perto do Luís só me fez desejar por mais horas perto dele.

A nossa amizade foi evoluindo até chegar ao ponto de querer estar com ele em todos os meus momentos livres enquanto estou na faculdade.

Os meses foram passando até que o Luís numa festa académica me puxou pela cintura para perto dele e beijou-me. Deu-me um beijo intenso, com a sua língua a enrolar-se na minha.

Os momentos íntimos foram evoluindo devagar, até que não pude esperar mais.
Quinta-feira à noite. Bato à sua porta.

- Que fazes aqui, Vanessa?

Não lhe respondi e atirei-me ao seu pescoço. Ambos sabíamos que ele estaria sozinho em casa. As minhas mãos percorriam desajeitadamente o seu corpo. Queria senti-lo, estava com a libido em altas.

- Vanessa... - diz enquanto lhe beijo o pescoço – Mas podemos falar?
- Não! - digo-lhe encarando-o com um sorriso na cara.

Fiz-me à febra de tal forma que já estando com o tronco exposto, as minhas mãos foram descendo até encontrarem o seu cinto das calças.

- Ao menos podemos ir para o quarto? - pergunta-me meio atrapalhado.
- Não passa nada...
- Mas a Lena pode chegar a qualquer momento. - diz-me com um olhar de assustado.
- Tudo bem.

Não espero e agarrando-o pelo braço guiei-o pelo corredor até chegarmos ao seu quarto. Atiro-o para cima da cama.

- Mas estás bem? - pergunta-me.
- Luís?
- Sim?
- Cala-te!

Fui directa à questão. Desenvencilhei-me daquelas suas roupas chatas e das minhas também. Beijo todo o seu corpo e vejo o seu pénis a reagir, aos poucos, às minhas caricias.

Durante as nossas sessões eu fui compreensiva com o Luís, pois ele era novo neste campo. Contudo uma mulher também sabe quando desistir, ao ver que o homem nem faz um pouco de esforço.

Depois de me saciar um pouco com o seu pénis e antes de o colocar dentro de mim, quis sentir a língua do Luís noutro sítio. Ao ver-me mudar de posição, ele questiona-me:

- Que estás a fazer?
- Shiiu...

Coloquei-me sobre ele. Mas vi algo que nunca tinha visto, um homem com um olhar assustado ao ter uma vagina a pingar sobre a sua boca. Ele estava assustado, mas totalmente compreensível.

- Dar e receber , meu querido. - digo-lhe ao encarar aqueles olhos esbugalhados.

Sinto a tímida ponta da sua língua sobre o meu clitóris. As suas mãos estão sobre as minhas pernas, mas não me agarram da mesma forma que das outras vezes. Ele está oficialmente desconfortável. Agarro nos seus cabelos e puxo-o para junto de mim.

- Chupa-me! Alguém estava com vontade de o ver...

Três tímidas lambidelas e decido sair de cima dele. Aquela situação toda deixou-me furiosa. Raivosa. Pensei em terminar o assunto, mas quando olhei para o pénis dele já estava murcho. Tinha ficado intimidado.

- Vanessa... - diz ao ver que estou a vestir-me.
- A Lena chegou. - respondo-lhe ao ouvir a porta do apartamento a fechar.
- Luís, estás em casa? - grita a Lena.

Ao sair do quarto, sem qualquer explicação ao Luís, retirei-me daquele cenário e disse à Lena:

- Ele está no quarto...

Os dias seguintes foram constrangedores, mas por fim encarei-o e disse-lhe que estava farta de ter paciência e compreensão, pois não estava para ser usada que nem uma estrela pornográfica mas sem ter qualquer beneficio ou prazer.

O que se passa realmente dentro de quatro paredes, com uma cama, não se resume apenas ao que se vê nos filmes pornográficos.

Alexa

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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