29 julho, 2021 A mulher e o cunhado
Apesar de ouvir falar dele durante anos, só conheci o Eduardo, o irmão do meu marido, duas décadas depois de casarmos. Ele era o orgulho da família, o corajoso rapaz que emigrara muito novo para França em busca de fortuna e aventuras. Nos almoços familiares praticamente só se falava dele.
Agora estava de volta e os que se lembravam dele tinham dificuldades em reconhecê-lo. Era um homem calado, de faces duras, que não parecia ter nenhuma alegria dentro de si. Um homem “acabado”.
Aventuras podia ter vivido muitas, mas chegou de bolsos tão vazios como partira. Em face dessa situação, decidimos que ficaria a viver connosco até encontrar um novo rumo para a sua vida. Era o mínimo que um irmão podia fazer pelo outro.
Na altura, o meu marido ainda não estava reformado e saía todas as manhãs bem cedo para o trabalho. Isso deixava-nos, eu como dona de casa e o meu cunhado, sem ocupação, sozinhos em casa o dia inteiro.
De início era muito difícil. Eduardo passava o tempo fechado no quarto e, quando saía para as refeições, mal dizia uma palavra. Quando o meu marido chegava ficavam os dois a beber na sala, até se irem deitar já bastante tocados.
De maneiras que, um mês depois de ele ter chegado, eu não fazia a mínima ideia de quem era aquela pessoa. Não sabia nada das suas motivações, das suas ambições, dos seus desejos para o futuro. Resumindo, vivia com uma pessoa que não conhecia e de quem, para ser sincera, não gostava especialmente.
As coisas mudaram um dia em que, como tantos outros, me dedicava às limpeza do lar. Ouvindo ruídos na casa de banho, pensei que Eduardo estaria lá dentro e aproveitei para entrar no seu quarto a fim de mudar os lençóis e arejar um pouco o espaço, uma vez que era ali que ele passava a maior parte do tempo e muitas vezes nem abria a janela. Para minha surpresa, quando abri a porta encontrei-o sentado na cama, apenas com uma t-shirt vestida e nu da cintura para baixo. Não sou a mulher mais pudica do mundo, mas fiquei extremamente chocada com o que vi: Eduardo estava de pernas abertas e acariciava o pénis! Estava, obviamente, a masturbar-se.
Dei um pequeno grito de espanto e fechei a porta o mais rápido que pude, correndo de volta para a cozinha.
Comecei logo a pensar nas queixas que iria fazer ao meu marido. Já não bastava o irmão ser uma pessoa completamente antissocial, com a qual não se podia comunicar, agora ficava a saber que se dedicava a hábitos nojentos e perversos!
Só mais tarde, quando me acalmei, percebi que ele não tinha feito nada de mal. Estava na privacidade do seu quarto e fora eu quem violara essa privacidade ao entrar sem bater à porta. Toda a gente tem necessidades, os homens talvez até mais do que as mulheres. Era tudo perfeitamente natural. Decidi, então, que não havia necessidade de contar o episódio ao meu marido.
No entanto, essa decisão não me trouxe a paz de pensamentos que esperava. Uma nova inquietação deu lugar à anterior e deixou-me ainda mais nervosa: não conseguia tirar a imagem daquele caralho da minha mente! Era enorme. Mesmo grande e, também, muito grosso. Nunca tinha visto nada parecido, pelo menos ao vivo.
É caso para dizer que deus não fora justo quando distribuiu o equipamento pelos irmãos. O meu marido não é fraco nenhum, mas creio que não chegava nem à metade do membro que tinha acabado de ver.
Os dias seguintes foram uma tortura. Podia não ver Eduardo durante horas, mas a imagem do seu caralho não me saía da cabeça. Sonhava em tê-lo na mão e fazê-lo cuspir fogo.
Pior: quando ia para a cama sonhava toda a noite com aquela coisa monstruosa, de cabeça muito roxa e veias salientes. Acordava exausta e tinha que me aliviar. Nunca tal me acontecera na vida: praticamente tinha que masturbar todas as manhãs.
Depois de 20 anos a viver com o mesmo homem, as coisas nesse departamento não eram particularmente quentes. Raramente fazíamos amor e, quando o fazíamos, não havia intensidade – nem intimidade. Há muito que o sexo não fazia parte da nossa rotina ou dos nossos pensamentos. Agora, voltava a sentir-me extremamente sexual. E o caralho do meu cunhado era, por assim dizer, o objecto do meu desassossego…
Entre mim e o Eduardo as coisas não pareciam ter mudado após a nossa pequena indiscrição. Mas era apenas aparência. Eu não conseguia olhar para ele sem visualizar imediatamente aquela coisa monumental no meio das suas pernas nuas. E talvez ele tivesse percebido isso, pois parecia-me que também ele me olhava doutra forma.
Fosse como fosse, nada se passou até ao dia em que passei pela casa de banho e vi a porta meio aberta. Eduardo estava lá dentro, a tomar duche. Não sei o que me deu, mas o meu corpo bloqueou. Fiquei parada à porta, hesitante, lutando interiormente contra os desejos mais loucos e, aparentemente, sem força vital para os contrariar.
Nunca tinha sentido um transe erótico como senti naquele momento. Um grande calor atacava-me a zona do ventre, as minhas cuecas humedeceram ao ponto de sentir que escorria, e parecia que uma corrente eléctrica me atravessava o corpo todo. Ou seja, estava com uma tesão daquelas!
De tal forma que nem ouvi a água do duche parar. Quando voltei à “realidade”, Eduardo tinha corrido a cortina e estava a observar-me em silêncio. Como se tivessem vida própria, os meus olhos procuraram automaticamente o objecto dos meus devaneios. Lá estava ele, pendido, murcho, descaído até quase ao meio da perna, adormecido mas nem por isso menos imponente: o maravilhoso caralho do meu cunhado!
Ao notar que eu não conseguia fazer nada, nem sequer mexer-me, foi ele que teve a iniciativa de sair da banheira. Sem deixar de me olhar, agarrou na toalha e começou a limpar-se. Por fim limpou-se por baixo, escondendo por instantes a gloriosa ferramenta.
Quando largou a toalha, resplandeceram os pintelhos negros, agora secos e encaracolados e, ao centro, o caralho já meio levantado e de belo tamanho. Evidentemente, a situação era excitante para ele também.
Então, sem tirar os seus olhos dos meus, começou a esfregar o malho, lentamente, como se passasse óleo na sua espada de guerreiro. Engoli em seco. Não conseguia, mais uma vez, desviar os olhos “daquilo”.
Como eu continuasse sem fazer nada, Eduardo aproximou-se. Aproximou-se até ficar muito perto de mim. Agarrou na minha mão e, gentilmente, fez com que os meus pequenos dedos abraçassem o palpitante instrumento, que se encaminhava para a sua forma final. Acho que nunca tinha tido um caralho tão duro na minha mão.
Foi ele também, com a sua mão sobre a minha, quem me levou a iniciar os movimentos. Para cima, para baixo, de novo para cima e novamente para baixo. Muito lentamente, com todo o vagar do mundo, como se fosse uma actividade possível de continuar até ao fim dos tempos. E, à medida que eu o esfregava, ele endurecia ainda mais.
Não sei durante quanto tempo o masturbei mas finalmente ele deu um suspiro gutural e da cabeça da picha começaram a jorrar grandes jactos de leite branco. Instintivamente, aumentei a velocidade dos movimentos e isso fez com que ele se tivesse que apoiar em mim e começasse a urrar enquanto se vinha. Foi a primeira vez que os nossos corpos se tocaram e senti um frémito percorrer-me de alto a baixo.
O meu cunhado esporrou-se durante muito tempo e foi tudo para o tapete da sanita. Sem dizer uma palavra, conservei discernimento suficiente para lavar as mãos e saí dali sem olhar para trás – ou para ele. Ele ficou lá a recompor-se e, passados uns minutos, ouvi a porta do seu quarto fechar.
Não me restava outra coisa para fazer. Fechei-me também eu no meu quarto e enfiei os dedos na cona. Não precisei mais de 30 segundos para me vir como há muitos anos não me vinha…
Nessa noite jantámos os três, como de costume, em absoluto silêncio. O meu marido estava preocupado com coisas do trabalho. Eu e Eduardo tínhamos as nossas próprias razões para não falar.
No dia seguinte acordei uma hora mais cedo do que o normal. Não consegui dormir nada. Estava ansiosa por começar o dia e ver que possibilidades poderiam trazer. Estava sobretudo desejosa que o meu marido saísse para o emprego...
Lembro-me que, num dado momento, olhei para a minha imagem no espelho e tive que recomendar calma a mim própria: os meus olhos pareciam os olhos de uma pessoa louca ou, no mínimo, enlouquecida.
Consegui, enfim, despachar o meu marido, 20 minutos mais cedo que o costume. Ele estava meio aturdido com o meu comportamento mas não tinha elementos para desconfiar das razões que o motivavam.
Mal fechei a porta depois de ele ter saído, corri para o quarto de Eduardo. Abri a porta devagar e apenas vi escuridão. Precisei de um tempo para que os meus olhos se acostumassem à penumbra e começassem a discernir formas. Tinha apenas alguns fios de luz, providos pelas frestas do estore, para me ambientar. Até que o vi. Apesar da subtileza da minha entrada, ele tinha acordado. Estava sentado na cama a olhar para mim, o que de alguma forma me fez hesitar de novo.
Como anteriormente, foi preciso que ele tivesse a iniciativa. Depois de fazer sinal para que me aproximasse, estendeu o braço e pegou-me na mão. Acariciou-ma na sua durante uns breves momentos e, depois, puxou-me assertivamente para a cama!
Caí de bruços no macio e, quase sem tempo para reagir, senti uma mão pesada sobre o meu rabo. Rapidamente, essa mão infiltrou-se sob as minhas calças, sob as minhas cuecas, e entrou totalmente para se anichar no cluster das minhas partes baixas. Com a palma da mão começou a esfregar-me energicamente a vulva, o rego do rabo, etc, enquanto com o polegar, num pequeno gesto circular, me acariciava o olho do cu. Daí a sentir um ou mais dedos a penetrar-me a racha foi um pequeno instante...
Eu estava tão molhada que sentia o meu próprio cheiro. Subitamente, Eduardo voltou-me e fez-me ajoelhar na cama, à sua frente. Ele ficou em posição idêntica diante de mim. Sem me despir a roupa, apalpou-me as mamas durante um bom bocado, usando os polegares, novamente num movimento circular, para excitar os meus mamilos. Daí subiu para o meu rosto. Acariciou-me romanticamente as faces e beijou-me, com a língua e os dedos ao mesmo tempo dentro da minha boca. Finalmente, ergueu-se um bocado, abriu-me a boca com os dedos e senti uma coisa enorme e pesada sobre a minha língua. Um pequeno movimento levou-o até mais fundo e quase que me chegava à garganta. Tinha agora uma boa parte do seu caralho dentro da boca.
Com as ancas, Eduardo começou a ir e a vir. Eu mal conseguia respirar com aquele volume imenso de carne na minha boca. Depois senti uma mão na nuca a impelir-me para eu própria fazer os movimentos, o que tentei com dificuldades, pois tinha imensa dificuldade em abocanhá-lo por inteiro. Fez-me chupá-lo uns bons 5 minutos, ao fim dos quais eu estava tão cheia de tesão que só me apetecia engoli-lo!
Finalmente, tirou-me o nabo da boca e empurrou-me o tronco com força, fazendo-me tombar desamparada de costas sobre a cama. Naquela posição, eu ficava à sua mercê e ele sabia-o. Com um puxão arrancou-me as calças. Com outro, tirou-me as cuecas. E então apontou o grande malho em direcção ao buraco, que se abria e fechava como a boca de um peixe faminto, aguardando com ansiedade o momento seguinte.
Ele não tinha pressa, mas ambos tínhamos o desejo inflamado. Eduardo deitou-se sobre mim, beijou-me o pescoço, mordiscou-me as orelhas. Parecia amor de namorados. Parecia e deixou de parecer logo a seguir quando, sem aviso, sem ternura, sem qualquer tipo de cuidados, me enfiou abruptamente o caralho dentro da cona!
Para perceberem o impacto que aquela investida teve em mim, devo dizer que me vim imediatamente!
Quanto mais eu me contorcia no meu orgasmo, mais ele me bombava dentro de mim. Parecia louco com o meu prazer. Por incrível que me parecesse, ele conseguia meter quase toda a extensão do longo caralho dentro do meu buraco. Se não o tivesse experimentado, nunca teria acreditado que fosse possível.
Vim-me novamente pouco tempo depois, e mais duas ou três vezes nos instantes posteriores.
Não sei se por pudor ou pela consciência de estar a cometer uma traição, Eduardo ficou atrapalhado no momento de se vir. Não quis fazê-lo dentro de mim, dentro da mulher do seu irmão. Mas também não sabia onde mais o fazer. Sem conseguir decidir a tempo, acabou por se esporrar por todo o lado, uma grande parte em cima de mim. Nunca tinha feito nada parecido com nenhum homem.
E então tudo se alterou. Depois de uns primeiros dias em que a vergonha, a culpa e o pudor nos perseguiram, e durante os quais mal trocávamos palavra, acabámos por seguir o desfecho natural dos nossos desejos.
Então, mal o meu marido saía porta fora, eu metia-me na cama do meu cunhado. Às vezes fodíamos dias inteiros. Nunca na minha vida me sentira tão realizada sexualmente. Sentia-me uma nova mulher – uma mulher feliz e plena.
Eventualmente, o meu cunhado acabou por encontrar um novo emprego e arranjar o seu próprio espaço. O nosso “romance” acabou aí, porque nenhum de nós estava disposto a aceitar as regras duma vida dupla – nem a fazer sofrer o meu marido, e seu irmão, mais do que o necessário. Todas as histórias têm um fim e ambos aceitámos que aquele era o nosso.
Ficaram as maravilhosas memórias. Ainda hoje, muitos anos volvidos, sei que ele pensa em mim. Assim como eu penso nele, no meu querido cunhado aventureiro e no seu caralho maior do que o mundo…
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com