21 novembre, 2020 Consultório do Doutor X: uma mão amiga/inimiga

Olá Olá!

 

Muito obrigado por ter este espaço no Classificados X pois podemos colocar questões fora do normal que normalmente temos vergonha de fazer em outros locais. A minha mulher farta-se de me apanhar a bater à punheta e isso é porque eu não tenho qualquer problema com isso. Estou em casa, ela também está em casa e eu preciso de bater à punheta. Não lhe posso dizer para ela sair para eu bater à punheta, mas às vezes é o que me apetece porque ela agora fica com inveja das minhas punhetas e acha que eu não a quer foder. Mas eu até a fodo, só que gosto muito de bater uma. Como é que lhe consigo explicar que gosto muito de fazer isto e que nada tem a ver com gostar ou não gostar dela (Tiago S - Odivelas)

 

Caro Tiago

 

Agradeço as palavras e o colorido que as mesmas trouxeram ao meu dia. Agradeço esse à vontade com que se expressou e tornou óbvia a sua questão. Queria começar por dizer que se o Tiago valoriza tanto o acto de auto-satisfação, então deveria fazer um esforço adicional para o manter dentro do seu conhecimento apenas e não dos restantes habitantes da casa (se todos os adolescentes deste país o conseguem fazer, o Tiago também deverá conseguir). Acrescento que perebo os dois lados da questão, tanto o lado do Tiago que sente a sua liberdade sexual individual ser alvo de julgamento por parte da sua companheira, assim como a pessoa em questão a vê como uma afronta e um desafio à sua condição de parceira sexual. Sente que a masturbação tem impacto na vida sexual do casal? Está a substituir algo ou é apenas mais uma vertente da sua vida sexual? A masturbação é algo que deverá complementar e não substituir e se a sua parceira se sente ameaçada, o Tiago deveria então analisar o problema em conjunto com a sua parceira e procurar uma resposta e, quem sabe, uma solução para ambos. Não, o Tiago não precisa de parar de se masturbar, assim como a sua parceira não deveria sentir-se ameaçada por tal. Abraço!