16 juillet, 2015 Descubra o acórdeão que torna a vagina tão elástica
Ela cresce e encolhe quando é preciso. Conheça o que a faz tão mágica...
A vagina é um órgão com capacidades extraordinárias de adaptação e de transformação, de tal forma que os místicos poderão falar dela como mágica! E não contestamos as suas propriedades ilusórias, mas vamos explicar porque é que ela é, afinal, tão poderosa e o que lhe permite crescer tanto quando é preciso.
Uma vagina tem, em média, apenas 8 a 12 centímetros de profundidade (contando da vulva até à entrada do colo do útero) quando se encontra num estado de relaxamento.
Ora o pénis mede, em média, 13,12 centímetros quando está erecto.
Isto dá que pensar, particularmente se nos lembrarmos daquele artigo sobre os pénis grandes e a verdade desconfortável.
É certo que, mesmo para os pénios médios, a vagina precisa de se dilatar para acolher o pénis, durante o sexo, ou um punho, numa sessão de fisting vaginal, e o mesmo ocorre durante o parto, para permitir a passagem do bebé pelo seu canal. E, por mais espantoso que pareça, depois de uma mulher ter um filho de parto vaginal, a vagina volta a retomar a sua forma original com um diâmetro que rondará os 2 cêntimetros.
Mas, então, que artes mágicas são essas que permitem à vagina metamorfosear-se, crescer e diminuir conforme as circunstâncias?
Como um acordeão....
A vagina é um tubo muscular, localiza-se entre a bexiga e o recto, abre-se para o mundo através da vulva e mergulha através dos músculos da pélvis em direcção ao colo do útero.
A sua forma é oblíqua, isto é, não vertical, enviesada ou inclinada.
A parede vaginal é constituída por uma camada de pequenas glândulas, responsáveis pela lubrificação do canal, nomeadamente durante o sexo, e por quatro tipos distintos de tecidos musculares que se encontram empilhados como um bolo de camadas desde a cavidade até à borda externa do órgão.
A camada mais interna da parede vaginal é uma membrana mucosa espessa situada mesmo em cima de uma rede de vasos sanguíneos. Uma camada de fibras musculares finas rodeia os vasos sanguíneos. E há ainda uma camada de colagéneo resistente e de fibras elásticas que marcam a aresta exterior da vagina.
Ao longo da parede vaginal, encontram-se várias pregas transversais, também conhecidas por rugas vaginais, que fazem com que o interior da vagina seja irregular.
Estas pregas, funcionando como se fossem um verdadeiro acórdeão, permitem à vagina armazenar o tecido extra de que precisa para se poder expandir, logo que receba sinais nesse sentido.
... A abrir para o sexo
Quando uma mulher fica sexualmente excitada, as glândulas da parede vaginal libertam moléculas neurotransmissoras que motivam a expansão das artérias no seu interior. Com este processo aumenta o fluxo sanguíneo para os tecidos musculares vaginais e promove-se também o seu relaxamento.
Logo que os tecidos vaginais se incham de sangue, as suas pregas, agora sem tensão, frouxas, relaxadas, estendem-se e transformam a vagina num canal mais comprido e mais largo, como quando um tocador abre a sua concertina enquanto toca.
Neste processo também se dá a lubrificação do canal e a vagina adquire assim o tamanho certo para receber um pénis.
... A abrir para um bebé
E se abrir para um pénis parece coisa pouca, imagine pelo que a vagina tem que passar para permitir a passagem de um bebé durante o parto! Este processo exige uma adaptação e uma elasticidade consideráveis e começa a ser preparado pela anatomia feminina logo que a mulher fica grávida.
Durante toda a gravidez são libertadas hormonas que começam a preparar os tecidos musculares vaginais para o parto.
Essas hormonas promovem o relaxamento do colagéneo da parede vaginal e a desunião das fibras musculares da mesma - estas deixam de estar ligadas, o que torna o tecido muscular muito mais elástico do que o normal.
No decurso do parto, os músculos do útero contraem-se, para empurrar o bebé para o nascimento, e os músculos vaginais relaxam. Assim, a parede vaginal expande-se, graças à sua super-elasticidade, para deixar passar o bebé.
E depois de um acontecimento tão agressivo e de um esforço tão grande, seria de pensar que provocaria uma mudança permanente e drástica na forma e no aspecto da vagina. Mas esta consegue recuperar o formato e tamanho originais em cerca de dois meses e meio. Algo absolutamente espantoso!
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Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)