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18 mars, 2018 Apanhado a bater uma. O que fazer?

Para quem mete a mão onde não é chamado.

Quem nunca? Repito: quem nunca foi apanhado com a mão na “fruta”? Ou quase? Ou julga que enganou alguém e essa pessoa finge não viu nada? Todos. Até mesmo tu que achas que nunca foste apanhado, já podes ter deixado aquela mancha suspeita nas calças ou aquele lenço de papel amachucado junto à cama. Mas um flagra? Ser LITERALMENTE apanhado a esgalhar o pessegueiro? É fodido. Bem-vindos ao mundo da vergonha alheia!

Apanhado a bater uma. O que fazer?

A punheta é algo que nos acompanha desde cedo e é uma coisa que vocês têm a mania de querer meter a mão onde não são chamadas. Não estou a dizer que não gosto quando me batem uma, mas nenhuma gaja bate uma tão bem como eu bato uma a mim mesmo (han?). Das duas uma: ou parece que estão a arrancar uma batata da terra ou a fazer festinhas a um gatinho.

Eu aposto que bato melhor punhetas ao vosso namorado do que vocês.

Nós começamos muito cedo. Cerca dos 15 ou 16. Ou 13. Toda a gente espera que bata à punheta nessa idade. A minha mãe espera que eu bata à punheta nessa idade. O meu pai espera que eu bata à punheta nessa idade.. A única pessoa que não estava à espera de bater tanto à punheta nessa idade era eu. As pessoas associam os anos 90 a Nirvana, Metallica. Eu passei os anos 90 a bater à punheta . Eu vou àquelas festas do Revenge of the 90’s e ando lá a bater à punheta pelos cantos. Aos 35 – que é a minha idade – ninguém está à espera que eu bata à punheta. A minha mãe não está à espera que eu bata à punheta. A minha namorada que eu bata à punheta. A única pessoa que está à espera de um intervalo para bater uma punheta sou eu.

Minhas senhoras, vocês sabem quando ele está a tomar banho e vocês estão na sala ou na cozinha e reparam que o esquentador já está ligado à demasiado tempo? Acham que ele está a demorar demasiado tempo porquê? Porque está a lavar o cabelo? Está a pôr o condicionador? Nós procuramos todo e qualquer espacinho de tempo para o fazer com esta idade e nada melhor que um duche de vinte minutos.

Eu já fui apanhado pela minha namorada a bater uma. Confesso. Não me orgulho. Não sei se foi um plano dela ou não. Nunca mais me esqueço. Era um sábado e ela diz “vou à compras, mas vou sozinha!” e eu digo “oooooooooh, eu queria ir… fogo…”. Apanhei-me sozinho e disse olá à minha amante mão. Portátil aberto, abre browser, abre todo aquele cocktail de depravidão em clips amadores de 1 minuto, em que vês dez segundos de um, e vinte segundos de outro e estás preso naquele mundo até que ouves o temido som de uma chave na porta, seguido de “olha afinal não me apetece ir” e tens de tomar uma decisão em milésimos de segundo.

Existem duas opções:

  • Fechar o browser e nestas alturas parece que cruzinha se mexe e surgem todos os pop ups do mundo da internet para te assombrar.
  • Fechas a tampa do portátil correndo o risco de ela dizer “deixa-me lá ir ao PC”

Disse que havia duas. Menti. Existe uma terceira opção de que se fala em lendas mitológicas de deuses punheteiros. Fazer um “Leónidas.  Perguntam vocês porque raio se deu o nome do mais famoso rei de Esparta a uma escapadela de flagra de punheta, certo? O “Leónidas” consiste em não parar de bater à punheta, ela ficar a ver e vires-te para cima dela enquanto gritas “THIS IS SPAAAAAAAAAAAAAAARTA!”

Boas punhetas e até quarta.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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