13 mars, 2018 Uma noite diferente
O mecânico tem um olhar fixante, um sorriso deliciosamente maroto...
Quando pensamos que nada irá melhorar o nosso dia existe sempre alguém que no final faz-nos pensar o contrário. É como o ditado diz: “depois da tempestade vem a bonança”...
Odeio as quartas-feiras... Não consigo encontrar nada ao longo deste dia da semana que me motive a pensar que o dia vai correr bem, a única coisa que pensámos é que já só faltam dois dias para o fim-de-semana e que já não aturamos mais o nosso patrão.
Pensei que seria mais uma típica quarta-feira como tantas outras, porém o dia foi uma perfeita porcaria no trabalho e para terminá-lo bem, nada melhor que o estupor do pedal da embraiagem partir-se. “Perfeito” - pensei eu.
Telefonei para o reboque e para o meu mecânico a avisá-lo que iria ter uma surpresa daqui a uns minutos.
Fui até ao mecânico de boleia com o senhor do reboque, que já estava nos seus sessenta anos. O senhor só falava sobre as suas filhas, que tiraram ambas o curso de farmácia, e nas suas netas.
Cheguei. O mecânico, que está nos seus tenros trinta anos tem um olhar fixante, um sorriso deliciosamente maroto e um corpinho de rir e chorar por mais, ao ver-me entrar na recepção perguntou-me o que tinha ocorrido. Expliquei a situação, mas aqui eu pensei “Não é tarde nem é cedo. É agora que me faço à febra!”.
Não precisei de muito, ser mulher tem as suas vantagens: “Alguém te vem buscar?”, perguntou-me. Com uma ar de donzela em apuros e com uma voz meio tímida respondi “Estava a pensar em apanhar um táxi.”. “Já estás”, pensei eu.
“Então deixa-me só falar ali com o Rogério, que também já está na hora de fecho, deixo-o aqui a fechar a loja e levo-te a casa. Se quiseres claro.” - disse-me ele.
“Ó Flávio, por favor ! Não quero incomodar ninguém.”
“Deixa-te de coisas, eu levo-te. Dá-me cinco minutos!”. - respondeu-me.
Aquelas palavras pareciam música para os meus ouvidos. Fiquei à espera dele enquanto na minha cabeça já me tinham passado mil cenários das milhentas possibilidades do que possivelmente poderia ocorrer.
Há anos que nos conhecíamos pois frequentámos os mesmos sítios. Depois de anos sem um único avistamento daquela pessoa, um dia ao ir ao mecânico com a minha mãe vejo-o. Fico paralisada ao ver um homem tão giro, gostoso e ainda por cima parecia ser mais velho que eu. Não sabia quem era. Passou tanto tempo... éramos crianças. As nossas feições mudaram, mas ele ainda se recordava de mim. Com o decorrer do tempo ele ficou a cargo do negócio do pai.
Eu estava concentrada no meu telemóvel quando sinto uma mão na cintura. Ao olhar por cima do ombro, ele olha-me fixamente e diz-me “Anda. Tenho o carro estacionado ali.”. Eu anui e segui-o.
Quando entramos no carro pergunta-me onde moro mas respondo-lhe rapidamente para não se preocupar que eu indicar-lhe-ei o caminho para não se perder.
A meio do caminho, depois de colocar uma mudança, coloca a sua mão na minha perna. “Ele está-se a atirar a mim!!”, pensei eu para mim. Dentro de mim, o meu mini-eu estava aos pulos, de tal modo excitado que comecei a ficar um pouco atrapalhada. Ele era areia demais para o meu camião.
Chegámos à minha porta, ele desliga o carro. Num abrir e fechar de olhos ele está em cima de mim. A beijar-me ferozmente. “Não acredito que isto me está a acontecer. Realmente a acontecer!!” , pensei eu.
Ele afastou-se. Respirou fundo e segurando na minha face e só dizia “Mas tu és a Xana! Não acredito!” - encostou a sua testa no meu ombro enquanto respirava fundo.
Ele estava com ar de quem está a fazer algo que não deve, por isso questionei-o :“Tu tens a certeza do que queres fazer?”.
Sem licença beija-me novamente.
Sentia que ele me queria. Precisava de mim. De me ter em si.
Sussurrei-lhe ao ouvido “Queres subir?”, e mordisco-lhe a orelha. Ele olhava para mim com um olhar devorador, intenso e obsceno; e acedeu ao meu pedido.
Nunca o percurso do carro à minha cama fora tão rápido como desta vez, e até agora nunca mais o repeti.
Ao chegarmos à porta de casa ele encosta-me e beija-me loucamente. Parecíamos dois animais esfomeados. Mexíamos e remexíamos no corpo um do outro. Eu neste momento já não consigo controlar o meu cabelo, que já está completamente despenteado.
No meio de tantos gestos, lá consigo a proeza de colocar a chave na fechadura da porta e entrámos. Não me deixava nem por um segundo.
Por onde íamos passando íamos deixando cair tudo o que havia por ali perto em cima de móveis e armários. Entre beijos e objectos atirados ao chão fomos-nos despindo. Guiei-o através de beijos até ao meu quarto. Lá consegui desenvencilhar-me dele e atirei-o para cima da cama.
Da pouca roupa que me faltava despir, fi-lo calmamente enquanto ele fixava o seu olhar no meu corpo. Percorreu-o calmamente. Centímetro a centímetro, tirava-me as medidas.“Gosto de admirar o corpo de uma mulher.” - disse-me ele, com um olhar ternurento.
Sentei-me no seu colo. Percorro as minhas mãos ao longo do seu tronco. Tão musculado. Tão forte. Tão delicioso que era aquele pedacinho de céu. Um perfeito Adónis.
Beijo-lhe o pescoço, depois o lóbulo da orelha. Chupo. Respiro profundamente perto do seu ouvido de forma a entender que estou desejosa por tê-lo. Ele de um movimento só, rodopia na cama e coloca-se por cima de mim. Beija-me o corpo todo. Da testa até aos pés.
Suavemente colocou cada uma das minhas pernas sobre os seus ombros, enquanto me ia beijando suavemente o interior das minhas coxas. Beija-me o sexo, com ternura, com cuidado. Devagar, começa a fazer pressão com a sua boca sobre os meus lábios vaginais e começa a abrir caminho até chegar à minha joia. Ao sentir aquela língua no meu clitóris estremeci. “Tãoooo gostosooo!”- dizia o meu mini-eu.
Ele devorou-me. Provou cada milímetro do meu corpo.
Após alguns orgasmos arrebatadores, ele penetra-me, sem esperas. Afundou aquele pénis duro e irrequieto bem fundo dentro de mim. Como eu sentia o seu pulsar dentro de mim.
Começou calmamente. Enquanto me penetrava olhava para os nossos corpos. Eu remexia-me. Queria mais. Queria senti-lo todo dentro de mim. Colocou cada perna minha por cima dos braços dele, fiquei bem encaixada nele, não me conseguia mexer e a penetração tornou-se mais profunda. Mais intensa. Agarra-me pelos tornozelos, enquanto inclina as minhas penas para o lado direito, e torna a foder-me com garra. Com fome. “Quero. Mais.” - dizia o meu mini-eu. Agarra-me nos cabelos e puxa a minha cabeça até ele para me beijar enquanto continua a penetração violenta. Empurra-me. Senta-se na cama e pede-me que sente em cima dele.
Sentei-me e coloquei aquele pau dentro de mim, tão devagar quanto eu conseguia , enquanto o olhava fixamente. Coloquei o pénis entre os meus dedos para senti-lo a cada penetração que dou. Toco no meu clitóris enquanto ele me estimula os meus mamilos, rodando-os e apertando-os. Rodo suavemente as ancas, devagar. Quero torturá-lo um pouco.
Vê-lo ali, entre as minhas pernas. Entregue a mim e às minhas vontades. Deliciei-me. Mas não tanto tempo quanto eu pensava. De um movimento só abraça-se a mim e puxa-nos para a berma da cama, é ele que continua a penetração. Agarro-lhe nos cabelos e obrigo-o a olhar para mim e beijar-me enquanto me fode. Quero a boca dele. Aberta-me o pescoço e dá as ultimas estocadas. Tão fortes e rápidas quanto ele pode. Viemo-nos num único grito.
Fiquei extasiada. Arrebatador aquele sexo todo. Aquele sexo todo deu cabo de mim.
Deitamo-nos lado a lado na cama. Nem acreditamos no que acabou de acontecer.
Ele coloca a minha mão sobre o seu peito de forma a ver como bate, tão acelerado, o seu coração.
Ficamos quietos, imóveis, a apreciar o momento, o silêncio, a calmaria depois da tempestade; enquanto trocamos caricias. O toque da pele dele na minha era um pecado. Sabia-me tão bem.
Que bela maratona!
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...