27 février, 2023 Os Sonhos da Xana: Xana acorda com a cuequinha molhada
Um dilúvio...
Ele fode-me.
Ele vem-se.
Eu acordo...
Escorro-o de dentro de mim.
Quero guardar tudo...
... mas preciso mesmo de fazer xixi.
Nem chego a começar...
É como se ele soubesse...
... que me encontro líquida.
Diluviana!
Abro-lhe as minhas águas.
Mostro-lhe o caminho.
Ele investe... Primeiro em vagas mansas...
... depois brutas!
Procura-me o porto.
Abre-me o furo.
A nascente.
Ele sorve-me, deleita-se...
Eu desaguo!
Ele é o farol...
... e ao mesmo tempo a rocha...
... onde vou embater...
... onde vou encalhar.
Ele acode-me, salva-me...
... conduzindo-me ao naufrágio.
Ele nunca diz...
... ”desta água não beberei”.
Fode-me outra vez!
Como quem diz água vai.
Eu sou o mar revolto...
... e ele a tempestade.
Abate-se sobre mim.
Convoca o relâmpago.
Liberta o trovão!
Ele despeja o poder dos elementos.
Eu verto a serenidade primordial.
Cândido despertar...
Fulminante calmaria...
Um segundo amanhecer, povoado de aves marítimas e gemidos de sonho, dentro da manhã.
Continuo a escorrê-lo de dentro de mim...
Quero guardar tudo!
Xana Pascual
- Os sonhos da Xana: A dieta de Xana
- Os Sonhos da Xana: Xana em velocidade furiosa
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Xana Pascual
Sou uma mulher divorciada, discreta e sempre tive uma moralidade muito acentuada. Pelo menos, quando estou acordada... Porque, quando adormeço, tudo se altera.
Os sonhos libertam-se – libertam-me! – e as fantasias multiplicam-se num território onde não há reservas, não há pudor e não há limites para a depravação…
Os meus dias são tão normais como os de qualquer outra pessoa. É à noite, no planeta húmido dos meus lençóis, que a verdadeira Xana se revela. E essa, ninguém a pode segurar!
Se quiserem comentar os meus sonhos ou partilhar os vossos, podem fazê-lo neste email: os.sonhos.da.xana@gmail.com
Mas baixinho, para não me acordarem…