Irmão e Irmã
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14 mai, 2020 Irmão e Irmã

O hotel baralhou as reservas e tiveram que dormir na mesma cama. Ela queria dormir. Ele não tinha sono...

– Dorme.
– Não tenho sono.
– Então pelo menos pára de dar voltas! E chega-te para lá, estou cheia de calor.
– Calor? Estão 5 graus lá fora! Está praticamente a nevar!
– És tu. Estás quente…
– É natural, estou ao pé de ti.

Irmão e Irmã

– Deixa de ser parvo.
– É difícil não ser parvo a olhar para ti com essa t-shirt e só de cuequinha. Aliás, não sei porque usas cuecas, isso não tapa nada… Entram-te todas pelo cu adentro.
– Deixa de ser estúpido e dorme.
– Não tenho sono, já disse.
– Foda-se, pá…
– Achas que os pais estão a dormir? Aposto que estão a foder…
– Epá, nojento, pá! Quando é que ficaste tão porco?!
– Não tem nada de nojento. Se estão a foder, bom para eles. Bem lhes podes agradecer por serem uns porcos nojentos… Se eles não fodessem tu não estavas aqui.
– Há imagens que dispenso na minha cabeça…
– Que imagens, o pai a enfiar o caralho na cona da mãe…?

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– …A morder-lhe as tetas, a lamber-lhe o cu? Ou a mãe de joelhos a fazer um ganda broche ao papá, a chupar-lhe aquela picha como se não houvesse amanhã? Aposto que a mãe faz uns belos broches…
– És tão porco. Cala-te!
– Não precisas de estar com inveja. Tenho a certeza de que tu também fazes uns belos broches. Aquele cara de parvo do teu namorado anda sempre com um ar bem disposto. Aposto que sabes fazê-lo feliz.

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– Maldita hora em que viemos aqui parar…
– Não tenho culpa que o hotel tenha baralhado as nossas reservas e que tenhamos acabado no mesmo quarto. Aliás, eu não me estou a queixar. E tu só te queixas porque queres…
– Isso quer dizer o quê?
– Quer dizer que bem podíamos aproveitar estarmos a dormir na mesma cama para brincar um bocadinho aos pais e às mães… Desde que te vi as cuecas enterradas nas nalgas só penso em arrancá-las à dentada.
– Porco!
– Já disseste isso…
– Hei, o que é que estás a fazer?! Chega-te para lá, já disse!
– É só um carinho, mana. Para veres como gosto de ti…
– És um tarado! Para ti não há limites, não respeitas nada. Somos irmãos, foda-se!
– Pois somos. Mas que culpa tenho eu de ter uma irmã tão boa?
– Eh, larga-me as mamas! O que é essa merda, pá?!
– A culpa é tua. Com essa camisola tão apertada e com esses mamilos espetados, queres que eu pense em quê? Vá lá, deixa só fazer uma carícia… Hei, onde vais?
– Vou-me virar para o meu lado e espero que respeites o meu espaço! Apaga a luz e dorme!
– Não tenho sono. Tenho tesão. Tenho vontade de te rasgar a camisola e enfiar-te o pau no meio das mamas …

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– …Tenho vontade de to enfiar pela boca abaixo até te tocar na garganta. Tenho vontade de roçar no rego do teu cu e esporrar-me em cima da tua pintelheira.
– Foda-se, melga do caralho!
– Já agora, porque é que insistes em manter esse matagal quando usas cuecas microscópicas? Saem-te cachos de pintelhos pelas bordas...
– Estúpido!
– Não me estou a queixar, atenção. Adoro esse matagal. Sinto-me um felizardo cada vez que te vejo só em cuecas e me ofereces a visão maravilhosa desse bucho da amazónia!
– Cala-te.
– Adorava esbardalhar-me todo do meio dessa selva, lamber-te a racha de alto a baixo até convocar uma tempestade tropical. O que é que dizes? Faço-te um minete, faço-te vir e acabo a tirar um pintelhinho dos dentes…
– Só dizes merda.
– Sim, mas merda da boa.
– Epá, larga-me as cuecas! Já disse para respeitares o meu espaço, foda-se!
– É que preocupa-me que te estejam a cortar a circulação. Com um cu como o teu, tens que ter cuidado com os vincos na pele. E aproveitas e arejas a rata…

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– …Assim até posso sentir a tua fragância, esse cheirinho de cona que andas sempre a esconder. É um cheiro maravilhoso, devias dar ao mundo a oportunidade de o apreciar.
– Foda-se, onde é que aprendeste a dizer tanta merda de seguida?!
– Vá, diz lá que não gostas… Vês como estás mais à vontade? Percebeu-se logo que o teu corpo ficou mais relaxado. Espera, deixa que eu tiro o resto. Pronto, vês? Diz lá que não te sentes mais livre, assim com o rabinho ao léu e a coninha fresca…
– Ok, já tens o que querias. Agora deixa-me em paz e dorme. Chega-te para o teu lado.
– Mas tenho frio! Deixa-me só roçar um bocadinho no rabo.
– Não tires as cuecas, ouviste?
– Não te preocupes, comigo estás a salvo. Hum, tão macia que tu és…
– Estás todo molhado, foda-se!
– Estou? Deixa ver… Deve ser só um melzinho de picha que repassou a cueca. Olha, mas não sou eu! És tu que estás molhadinha, mana! Também estás com tesão, não estás? Diz a verdade. Olha para esses mamilos… Humm, duros como pedras! Estás cheia de tusa, foda-se.

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– Pára, larga-me as mamas, já disse.
– São lindas, essas tetas. Não admira que o estúpido do teu namorado ande sempre a abanar o rabo quando está ao pé de ti. Como umas mamas destas na minha vida eu também punha a língua de fora e arfava. Foda-se, até mijava aos cantos!
– O que é que estás a fazer…?
– Estou só a baixar as minhas cuecas um bocadinho… Não te preocupes que não faço nada. É só para sentir a pele com pele…
– Foda-se, mas o que é que estás a fazer?! Quem te deu autorização?!
– Não te preocupes, já disse. Eu não faço nada. É só a cabecinha…

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– Oh…
– … e um bocadinho do pescoço…
– Ohh…
– Meto só até aos tomates, está bem?
– Ahhhh…
– Tira a camisola.
– Ai… Mais devagar, bruto.
– Como queira, linda. Hummm… Olha para isso, tens a pintelheira encharcada. Que belo grelo, parece gelatina…

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– Aiiii, foda-se…
– É bom?
– Cala-te!
– Já me calei.
– Mais depressa… Mais depressa… Mais força!
– Assim está bom?
– Ahhh… Ahhh… Ãhh… Ãhh…

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(TOC! TOC! TOC! Porta a abrir…)

– Está tudo bem aqui, meninos? Mas que m…!!!
– Papá?!
– Pai!!

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– Seus cabrões desnaturados! Putedo! Oh Rosa, anda cá ver os teus filhos a foder!!

 

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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