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16 janvier, 2025 Brigas domésticas

Do nada rebentou uma discussão, em cinzas, a harmonia, explodiu o vulcão...

Tudo neles era paz e amor
O chamado casamento perfeito
Ela era bela e delicada flor
Que seu marido regava a preceito

Brigas domésticas

Juntos eram serena rima
Que se estendia ao leito nupcial
O amor era doce rotina
O sexo tímido e semanal

Foi assim até àquele dia
Do nada rebentou uma discussão
Em cinzas se transformou a harmonia
De fogo explodiu o vulcão

Trocaram-se insultos e gritos
A dignidade arrastada na lama
Até que se acalmaram os ritos
E caíram esgotados na cama

E foi essa a maior das surpresas
O efeito colateral...
Libertados de mais subtilezas
Descobriram o seu lado animal!

Ela sempre tão casta
Mamou-lhe a piça escorrida
Ele que tinha nojo da racha
Chupou-a até abrir ferida

A tarde foi de épicas fodas
Com ânsia, broche e minete
E no fim ele não foi de modas
Enrabou-a até espirrar leite

Nunca antes se viu tão viril
Jamais ela provou tal deleite
Gemeu doida a boca febril
Esporrou abundante o cacete

A partir daí não falhava
Por nada armavam confusão
Sem briga ele não a levantava
Sem berros ela não tinha tesão

Assim foram felizes para sempre
Sem merdas, pudores ou disfarce
Os amantes com a faca nos dentes
Que adoravam amar odiar-se

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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