25 mai, 2023 Coisas atrevidas que os maridos pedem na cama

Repórter Sarilhos investiga...

O repórter Sarilhos saiu para a rua com a sua gabardine jornalística e foi perguntar à mulher portuguesa que fetiches, coisinhas atrevidas e mimos inusitados eles lhe pedem na cama. E, mais uma vez, a fêmea nacional não falhou em chamar as coisas pelos nomes...

Laura Leite, 43 anos - Doméstica

Às vezes o meu marido pede-me para me vestir de colegial e eu fico muito histérica, de forma que tem de me dar umas palmadinhas no bumbum a ver se eu amocho. Outro dia também foi assim, só que ele aproveitou que eu já estava amochada e veio com o dedinho. Perguntei, “o que é isso?”, e ele, “é um dedinho maroto”. Então perguntei, “maroto porquê?” e ele disse, “já vais ver” e pumba, sem me dizer nada enfiou-me o dedo no olho do cu!

Nunca tinha sentido nada assim e não percebi como aquilo lhe podia dar prazer, mas hoje em dia ouve-se falar em tanta coisa… Portanto, deixei-o escarafunchar à vontade dele. Só que eu ainda não tinha feito as minhas necessidades matinais e quando ele tirou o dedo vinha com a unha um bocadinho acastanhada.

Depois disto pensava que ele ia perder a mania, mas não. Diz-me, “vá, agora tu”, e eu, “eu o quê”, e ele, “agora metes tu o dedinho em mim” e eu perdi as estribeiras. Então, ele também queria que eu ficasse com o dedo cagado?!

Custou um bocado e tive que lhe pedir mais umas palmadas mas lá me convenceu, “no melhor e no pior”, não é o que dizemos nos votos?

Portanto, agora quando vamos para a cama tenho sempre que lhe meter o “dedinho maroto” e ele a mim, mas aprendemos a ir à casa de banho primeiro e devo dizer que, com o hábito e com a higiene, já não desgosto tanto.

Conceição Frade, 56 anos – Delegada de propaganda médica

Tenho um homem muito normal, não tem assim grandes fetiches, o que é é um grande lambão. Sim, tem sempre de me lamber primeiro e depois no fim.

Lambe-me toda, digo, lá em baixo, no resto só umas lambidelas no pescoço e no biquinho das mamas. Mas depois chega à zona do pasto e ninguém o tira de lá, parece um bombeiro que é ao mesmo tempo um incendiário, porque é ele que me atiça as brasas mas depois também me apaga o fogo.

Às vezes, já me vim duas ou três vezes só com a língua dele e por mim já chegava, mas é quando ele depois quer meter. Então, mete e vem-se muito depressa, mas não põe lá dentro, deixa tudo à volta da greta e depois vai e lambe tudo outra vez. E eu olho para ele com a boca toda babada de nhanha e muitas vezes ainda me venho mais uma ou duas vezes... 

Deixa-me exausta e às vezes gostava que ele acalmasse, mas ele parece que cada vez sente mais necessidade. E a verdade é que já não imagino os dias sem ele me andar sempre lamber. Não sei como seria, mas não era a mesma coisa.

Noémia Ferro, 34 anos - Motorista

Não sei quais são os fetiches do meu marido porque nós nunca fazemos sexo. Às vezes ganho coragem e peço-lhe que me faça uma massagem nos pés e ele lá faz, mas contrariado.

Tem um amigo da corporação com quem passa muito tempo, chamado Baltazar e está-me sempre a dizer, “os teus pés são como os do Baltazar mas devias cortar as unhas”. Ou então, “às vezes de costas fazes-me lembrar o  Baltazar”. Ou ainda, “devias fazer esse buço, qualquer dia estás pior que o Baltazar, que parece lixa”.

Não sei porquê, mas está sempre a comparar, principalmente os nossos rabos, e uma vez até nos fez tirar uma fotografia juntos, para confirmar as “teorias”. Eu não vi semelhança nenhuma e ele também não, mas mesmo assim manteve a dele.

Quando se zanga, o que acontece sempre que passamos algum tempo juntos, diz sempre “não aguento mais, estou farto, porque é que não podes ser mais como o Baltazar?!”.

Sim, conheço o Baltazar e de facto tem um bom rabo, mas é muito mi-mi-mi para o meu gosto e um dia apanhei-o a provar a minha roupa interior e quis expulsá-lo de casa, mas o meu marido disse-me para não me meter com ele porque ele é muito homem e não se responsabilizava pelas consequências.

Se o meu marido é gay? Não me faça rir... Não sei o que ele é mas isso não é de certeza, tanto ele como o Baltazar passam os dias a criticar outros homens, “é muito gordo, é muito magro, é muito isto, é muito aquilo”. Não, eles detestam homens, o que eles querem é gajas, são uns tarados.

Infelizmente só não me querem a mim porque, como eu ando, acho que até era capaz de fazer os dois ao mesmo tempo...

Natália E. Pascoa, 41 anos – Relações Públicas

Sim, o meu marido tem muitas fantasias, porque é artista. Com ele nunca nada é convencional, porque tem que ser artístico. Está sempre a vir com ideias novas, “faz assim, vira-te assado, experimenta isto, agarra naquilo…”

Não sei onde ele aprende aquilo tudo, porque está sempre agarrado ao computador a trabalhar. Ele trabalha muito, mas como é artista as pessoas pensam que não faz nada.

A fantasia mais louca? Não sei, uma vez apareceu com umas cuecas com dois buracos à frente, no buraco de cima pôs a pila e no de baixo um grande dildo de borracha. Ou ao contrário, não me lembro. Então, pôs-me de quatro e enfiou-me a pila no rabo e o dildo na racha. Ou ao contrário, não me lembro.

Ele disse que queria muito que eu sentisse como era ser fodida por dois homens ao mesmo tempo, mas como é muito ciumento teve que ser assim...

Sim, gostei muito, inclusivamente falei disso a dois amigos que se prontificaram, mas o meu marido não pode saber, porque é artista, e os artistas são pessoas muito sensíveis mas também, às vezes, com mau feitio.

Balbina de Jesus, 66 anos – Reformada

O meu marido foi sempre muito normal, agora com a idade é que piorou. Não sei do que é que anda a falar com os amigos no café, mas há uns dias, enquanto estávamos no forrobodó, pediu-me que lhe lambesse o buraquinho do cu. Pensei que era a brincar mas depois ele exemplificou em mim e gostei tanto que venci a repulsa.

Se correu bem? Mais ou menos, porque ele estava deitado de pernas abertas enquanto eu lhe metia a língua no buraquinho e de repente ele começa a esguichar, e como eu estava ali perto, virou a mangueira para mim e esporrou-me a cara toda, o que eu achei nojento ao princípio, mas depois habituei-me.

Agora fazemos muitas vezes e tem feito maravilhas à minha pele, porque tinha umas manchas nas bochechas que eram uma condição médica e começaram a desaparecer.

Guiomar Fernandes, 29 anos – Dona de casa

O meu João é muito esquivo. Não somos casados, vivemos em união de facto, e o facto é que ele passa os dias a ignorar-me, mal me diz uma palavra, a pontos de eu começar a desesperar e me sentir muito carente.

Então, quando já não estou à espera, vem por trás de mim, despe-me à bruta, atira-me para cima de qualquer coisa ou para o chão e penetra-me como um louco, até me deixar a cona toda fodida.

É sempre por trás, sim, e tenho orgasmos muito fortes, porque parece que estou a ser atacada por um desconhecido.

Mas depois levanta-se e vai-se embora sem me dizer uma palavra e deixa-me ali no chão toda descomposta, com as cuecas em baixo e de rabo para o ar, que se entra alguém não sei o que irá pensar.

Preocupa-me muito, inclusivamente tenho sonhos com isso, que alguém entre e me encontre naquele estado e queira aproveitar-se de mim...

Mas pronto, é a fantasia dele, eu cá não tenho fetiches.

Vera Manteigas, 38 anos – Esteticista

O meu marido é um porco. Nunca fazemos nada como deve ser. Nunca fizemos um missionário como qualquer casal normal de classe média.

Foi logo assim desde o início do namoro, quando me pediu para o chupar e faltou-me logo ao respeito, porque estava a acabar e em vez de ejacular para as moitas, abriu-me o decote e esporrou-me as mamas todas, que cheguei a casa toda empapada e a cheirar a homem. A minha mãe soube logo que eu já não era inocente.

Depois, na noite de núpcias, quando pensava que me ia desflorar, enrabou-me. Nunca tivemos filhos por causa disso, porque das duas uma, ou ele me ia ao cu ou se me ia à cona nunca se vinha dentro de mim…

Foi sempre assim e os anos não o mudaram. Os dois gostamos muito de sexo, por isso às vezes traz amigos à noite e montam-me os dois, mas ele instrui sempre os convidados a não se virem dentro de mim mas, em vez disso, a aliviarem-se sobre o meu corpo, não interessa onde, no rabo, nas costas,  nas mamas, nos cabelos...

Eu, para evitar isso, tento sempre mamar os dois até ao fim e engolir, porque doutra maneira passo os dias a tirar nódoas dos tapetes. Até já mandei pôr uns plásticos nos sofás, mas a parede parece que não tem remédio e vai precisar de um estuque novo.

Mituxa Rezendes de Assumpção E Castro Mellydes, 44 anos – Empresária em nome individual

Casei com um homem muito poderoso e, desde o início, sabia ao que ia. E ele também percebeu ao que vinha. A primeira vez que veio com ideias meti-o logo na linha, para saber que não valia a pena vir com badalhoquices.

Como fazemos? O normal quando se tem uma família com uma certa posição na sociedade, como a nossa: contratamos empregados.

Não, não é um problema, trabalhamos com uma agência que nos manda pessoal especializado e variado, doutra forma o meu marido aborrece-se e eu também.

Eu não tenho fantasias nem ilusões, o que ele faz com o pessoal doméstico é com ele. Só lhe peço que lave bem a boca para me dar o beijo de boas noites antes de ir para a cama dele.

Armando Sarilhos

• A bibliotecária
• O beijo negro
• O Dia da Espiga

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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