19 octobre, 2020 Algo natural...
Caminhamos entre a vegetação até que o Augusto escolheu um sítio onde eu pudesse estender a minha toalha...
Estamos juntos faz três meses, mas os momentos íntimos ainda não tiveram oportunidade de surgir. A nossa relação está a ir com calma, mas os momentos que se proporcionem para surgir algo sexual são muito incomuns. Nessa medida, o Augusto pensou em organizar um piquenique. Se algo estiver destinado a acontecer, os momentos desenrolam-se naturalmente. Há que ter paciência e respeitar as barreiras do outro.
Era terça-feira à noite, estávamos no carro a olhar para as luzes da cidade a reluzir sobre a água do rio quando o Augusto me pergunta:
- Que me dizes de irmos um dia até Monsanto, estar no meio da natureza?
- Parece-me uma ideia bastante agradável.
- Levávamos umas peças de frutas variadas, bebidas e algumas comidas, o que te parece?
- Augusto, amei a ideia.
Idealizamos um dia, contudo tivemos que remarcar por duas ocasiões, pois devido aos nossos trabalhos tivemos que adiar o piquenique, já quando por fim pensávamos que ia acontecer adiamos mais uma vez por causa do tempo, estava a chover no dia em que pensamos em ir. Com isto tudo, mais três semanas se passaram e só ainda trocávamos beijos e abraços.
Estamos agora perto do mês Junho e conseguimos finalmente agendar um dia, sem mais trocas.
Sábado de manhã, perto das dez da manhã, o Augusto apanha-me em casa e seguimos em direcção ao Parque Florestal de Monsanto.
- Estás a pensar parar aonde? – pergunto-lhe depois de atravessarmos a ponte 25 de Abril – É para o parque da Serafina?
Faz uma pequena pausa, nota-se que ainda não tinha pensado muito bem no assunto, até que me diz:
- Não, vamos ali para perto. Vamos mesmo para o meio da floresta.
- Como tu quiseres.
Ele lá conduziu pela estrada fora até que fomos dar a mais um sítio para se parar o carro.
- É aqui ? – pergunto-lhe num tom de gozo.
- O que te parece?
- A mim parece-me bem. – digo-lhe com um sorriso bastante rasgado.
São neste momento onze horas. Caminhamos entre a vegetação até que o Augusto escolheu um sítio onde eu pudesse estender a minha toalha, que tem dois metros de diâmetro, suficiente para nos deitarmos os dois nela.
Arranjamos as coisas e depois andamos pelas redondezas a vasculhar a zona. O ar é tão limpo, sente-se uma leveza brutal, há muito que não me sentia assim.
Perto da hora de almoço regressamos para a toalha. Continua tudo calmo nas redondezas.
Abri a garrafa de vinho tinto que tínhamos trazido enquanto ele cortava a melancia e a meloa em pequenas talhadas. Estavam ainda frescas, pois tínhamo-las colocado na geleira. Queijo, presunto e uns chouriços para assarmos. Tínhamos tudo pensado, mas o raio do vinho veio atrapalhar um pouco a nossa alimentação. Com o calor que estava, muito rapidamente livramo-nos das nossas vestes, ele ficou apenas de calções enquanto que eu fiquei de soutien e boxers. Estávamos confortáveis, tão confortáveis e um pouco quentes devido ao vinho, que as nossas mãos começaram a deambular pelos nossos corpos, explorando cada centímetro de pele.
A sua pele morena, tão suave devido aos cremes que coloca, tinha um aroma suave. O seu cabelo com rastas curtas, a vaguearem ao longo da minha pele, foi uma sensação tão excitante. Deixou-me fora de mim!
As minhas mãos vagueavam ao longo do seu corpo, até que o Augusto se coloca entre as minhas pernas. Morde-me a vagina por cima do tecido dos boxers, mas pouco depois, lentamente, retiramos. Abocanha o meu sexo. Com a sua língua afasta os meus lábios até encontrar o meu clitóris. Deixa-me estonteada. A sua língua deixou-me de rastos. Fiquei tão atordoada, que demorei pouco até atingir o orgasmo.
Ele sobe até ao meu nível e sem esperar muito mais penetra-me. Bem fundo e forte. O seu pénis era tão grosso… Tão delicioso. Agarro-me aos seus ombros e elevo um pouco as ancas, quero que ele se enterre todo em mim. Pouco depois, vira-me de barriga para baixo e faz com que espete bem o rabo para ele. Esfrega-se ao longo da minha vagina. Estremeço.
- Hmm, tão bom… – digo enquanto coloco a mão sobre o meu sexo para sentir o seu pénis a esfregar-se em mim.
Agarra-se às minhas ancas, roda o pénis enquanto me penetra, a sensação é descomunal. Não consigo aguentar aquelas penetrações gostosas por muito mais tempo, até que culmino num orgasmo, onde não me quis conter e deixei escapar um grito. Com uma mão agarro na toalha e com a outra agarro numa das minhas nádegas.
- Bate-me… – peço-lhe.
Atingi o clímax, mas como o Augusto não cessou com as suas penetrações loucas, deu-me o prazer de atingir dois, depois três orgasmos. Uns atrás dos outros sem nunca segurar o gemido para mim, expulsava-o de forma a sentir realmente o prazer que devia. Ele não pará com as penetrações a não ser a virar e a revirar o meu corpo. Estou sobrecarregada com tanto prazer que acabo de receber.
Quando finalmente o Augusto atinge o clímax, este crava bem as unhas nas minhas ancas e enterra-se em mim. Fode-me lentamente, mas com bastante intensidade, aquelas pancadas secas, mas tão envolventes, deixam-me louca. Quero mais, muito mais…
Meses a fio à espera por um toque, por uma oportunidade. A minha espera foi finalmente recompensada. Nunca mais larguei o Augusto, o sexo foi monstruosamente esplendoroso.
O meu corpo desenvolveu uma dependência em torno do Augusto, precisa de o sentir, de o degustar todos os dias e se não tem essa oportunidade passa por uma fase de abstinência, tal como um toxicodependente.
O sexo com o Augusto no meio de uma floresta, naquele dia quente em pleno verão, soube-me tão bem. Foi tão satisfatório que nunca mais me esqueci de tal aventura, e já lhe tenho pedido para repetirmos, mas o bandido não quer, prefere no “nosso ninho do amor” como ele lhe chama.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...