14 Mayo, 2022 Sexo, Drogas e Rock and Roll
E quando o cliente adicto encontra a acompanhante adicta?
As drogas estão muito inseridas no mundo do sexo. Há pessoas com graves problemas de drogas, que acabam por fazer muitas coisas que, por vezes, se tornam incompreensíveis. Muitas vezes, usam preços baratos, pois vivem para usar drogas e usam para viver.
A toxicodependência chamada de adição é uma doença crónica que não tem cura.
Com relação às trabalhadoras do sexo que usam drogas, o contacto com o cliente tem que ser rápido, pois têm que ir usar.
Está provado que uma droga não chega e mil nunca são demais. As drogas estão acima de qualquer coisa!
É muito complicado as trabalhadoras do sexo que usam drogas entrarem em recuperação, pois, têm sempre dinheiro disponível e uma forma de o obter rápido.
Por isso, no geral, são mais os homens que procuram ajuda para entrar em recuperação do que as mulheres.
Os clientes que usam drogas procuram o sexo pago para terem companhia para usarem drogas.
Poucos adictos gostam de usar drogas sozinhos. Não gostam da solidão que a adição traz. Acabam por estar com a acompanhante sem quase contacto físico. Estão ali apenas na companhia dela a usarem drogas pela noite dentro.
Neste caso, vamos ser específicos: a droga que leva a este comportamento é a cocaína.
A cocaína é conhecida por dar “uns picos” de êxtase que têm a duração de segundos. Isto faz com que se consuma mais e mais sem parar.
As formas de usar cocaína variam. Há quem snife, fume em prata, e a mais grave e que cria mais dependência é a fumada em cachimbo – crack cocaine.
Com o crack, os adictos procuram obter mais e mais daqueles 2 segundos que demora a fumar.
A heroína, por sua vez, leva o individuo ao que se chama “amochar”, um estado adormecido.
Desde sempre se fala de sexo, drogas e Rock and Roll como se estivessem ligados. E estão!
Numa fase de lua de mel com as drogas isso acontece. Numa fase primária.
Após isso, apenas se vê os adictos a comprarem companhia e a não conseguirem ter sexo, e até se nota desinteresse por sexo.
E ali estão eles, sentados numa cama com a acompanhante ao lado e a drogarem-se pela noite dentro.
No fim, quando tudo acaba, o vazio volta! O vazio é como um GRANDE buraco que se abre dentro da pessoa, onde a angústia, solidão e desespero tomam lugar.
Os adictos não querem sentir tamanha angústia e solidão e, por isso, acabam por ir comprar mais droga.
As trabalhadoras do sexo, por sua vez, acabam a prostituir-se vezes sem conta, a fazer tudo, mesmo o que disseram que nunca iriam fazer, para continuarem a ter dinheiro para ir comprar drogas.
Em ambos os casos, os cuidados básicos de saúde e higiene pessoal ficam para 10º plano. Não há tempo para isso!
Só há tempo para usar drogas! Só há tempo para o desespero e vazio que as drogas deixam.
E quando ambos se encontram? Quando o cliente adicto encontra a acompanhante adicta?
Os adictos entre eles têm algo que os une – A DOR EMOCIONAL. Esse torna-se o atrativo principal.
Acabam por se envolver numa espiral emocional, onde cuidam um do outro e tentam apagar a dor do outro. Tornam-se cúmplices no desespero e na adição.
A dor une-os! A solidão une-os! A criança interior une-os! A adição une-os! Os ressentimentos do passado unem-nos!
Mas há aqui um senão:
Quando há este encontro, 99% das vezes acaba numa espécie de relacionamento, onde passa a ser a mulher a fonte principal de obter dinheiro para as drogas.
A realidade mostra-nos que é a mulher que acaba a prostituir-se e o homem a ser o que vai à rua comprar.
Ouve-se muito por aí fora a palavra "chulos". No caso dos adictos, não há chulos! Há, sim, duas pessoas que estão muito doentes, com uma grave dependência, onde os valores morais ficam em 100º plano. Usam juntos, sobrevivem juntos.
Também há muito estigma com relação aos adictos.
Mas vou-vos contar um segredo...
Quando entram em recuperação tornam-se pessoas de grande sucesso, pois o comportamento compulsivo e obsessivo que tinham com as drogas infiltra-se na recuperação deles, e quando esse comportamento é usado da maneira certa para construir, tornam-se grandes vencedores.
As drogas têm sempre o mesmo fim:
- Hospitais
- Prisões
- Morte.
Ou entrar em recuperação, que será o assunto do meu próximo artigo. Fiquem atentos!
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