10 Septiembre, 2021 O Primeiro Encontro
Ela queria um companheiro. Eu não queria conversas. Mas, no fim de contas, os dois queríamos o mesmo.
Eu tinha-a avisado logo que não estava ali para conversas mas para os “momentos”. “Momentos” em que o sexo se deixa confundir com carinho e o amor se mistura no suor dos corpos quentes. Sem compromissos, sem pressas, sem amargura, mas com todo o tempo do mundo, com paixão, com aventura.
Tudo o que eu tinha posto no anúncio era muito claro e se agora estava na sala dela, era porque ela supostamente tinha aceitado os termos e condições. Mas não foi tão simples como isso...
Mal entrámos no seu apartamento ela refugiou-se na cozinha a arrumar. Pedia desculpas mas não podia olhar para a casa naquele estado. Olhei em volta, a casa estava perfeitamente limpa e arrumada. A sua hesitação não passava disso mesmo, “uma desculpa”.
Era óbvio que não estava na sua praia. Para ela, como para a maioria dos homens e mulheres, a paixão acendia-se pela conversa, pelo estar, pela cumplicidade. Precisava de conhecer o homem psicológico antes de desejar o homem físico.
Esse era o seu equívoco, no que ao nosso caso dizia respeito: ela olhava para mim e não via o objecto central e importante. Confundia as coisas. Olhava para mim e via apenas um homem estranho e desconhecido, esquecendo-se que independentemente disso tudo, era ele que trazia, no meio das pernas, a arma incandescente que, sabendo-o ou não, ela mais desejava.
Para mim era categórico: se tinha respondido ao anúncio era porque precisava de caralho. Se queria companhia tinha ido às urgências, que lá há tempo para as maiores amizades.
Mas agora que o tinha ali à mão de semear, os velhos hábitos prevaleciam e ela analisava-me para saber se eu seria elegível no lote de candidatos ao homem da sua vida. Não conseguia evitar. Ela queria libertar-se, o seu corpo precisava de o fazer, por isso tinha respondido ao anúncio.
Mas, agora que se via confrontada com a realidade da situação, a sua natureza impunha-se às suas necessidades fisiológicas e não conseguia mais do que voltar a ser a mulher que procura um companheiro para a vida. Eu tinha-a avisado logo que não estava ali para isso.
Ou seja, naquele momento estávamos num dilema.
Olhei para ela, de costas, debruçada sobre o lava-loiças. Era uma mulher de 52 anos, magra, acabada de sair do trabalho, ainda vestida com a farda de assistente geriátrica, igual a uma enfermeira. As calças brancas denunciavam um rabo redondo e firme e à transparência filtrava-se a imagem dumas cuequinhas finas, cor-de-rosa.
Observei-a e, pela minha parte, não confundi as coisas: queria baixar aquelas calças; queria arrancar aquelas cuecas; queria desnudar aquele cu; queria comê-la à canzana ali mesmo, à frente do lava-loiças para ir refrescando as tetas!
Enquanto ela limpava coisas limpas e rearrumava coisas arrumadas, concluí que só tinha duas hipóteses: pirar-me dali o mais depressa possível, pois era muito provável que a sua hesitação não nos deixasse ir a lado nenhum; ou fechar os olhos e ir em frente, atacar à minha maneira e ver se ainda poderia arrancar qualquer coisa dela.
Já que tinha chegado ali, optei pela segunda opção. Decidi avançar e, se era para isso, não precisava de perder mais tempo.
Aproveitando a sua posição, fui direito a ela e puxei-a pelos cabelos, ao mesmo tempo que me colava por trás.
Mal sentiu o meu corpo encostado ao seu, estremeceu. Agarrei-a pela barriga, para não lhe agarrar logo nas mamas, e apoiei o rosto no seu ombro, que beijoquei com ternura, como quem lambe uma ferida. Ela arrepiou-se e suspirou alto – o corpo tremia-lhe de alto a baixo.
Para a acalmar disse-lhe baixinho ao ouvido:
– Schhhh. Está tudo bem.
Dito isso, comecei a lamber-lhe o pescoço, apertando-a bem para a trazer para o envolvimento do meu corpo inteiro.
Dois minutos disto e daquilo, depois de já a ter lambuzado toda e de as minhas mãos, sempre em movimento, lhe terem acariciado o tronco e as ancas, não descansando enquanto não lhe meteram as mamas para fora…
Depois de lhe ter feito trinta por uma linha e acabado a roçar-me nela lascivamente, de forma a que sentisse o volume das minhas calças a crescer-lhe nas costas e no rabo, simulando inclusivamente prévios movimentos de vai e vem contra as suas nádegas… Depois de tudo isto, quando ela certamente antevia uma investida ainda mais invasiva e despudorada da minha parte… larguei-a bruscamente!
Ao ver-se repentinamente libertada ficou atarantada, confusa… e estática. Não se mexeu. Descaiu apenas um pouco mais, como se estivesse estafada, ficando numa posição ainda mais dobrada que antes.
Primeiro olhou-me, com uma expressão meio de dúvida, meio de súplica… Depois escondeu a cara, como que envergonhada com a posição precária onde se deixara conduzir… Parecia perguntar: o que era aquilo? O que estava eu a fazer? Mas até aí não dissera uma palavra e prosseguiu no seu código de silêncio, o que é sempre bom sinal: quem cala consente.
Deixei-me estar, só a vê-la assim, de perto, devagar, não mais do que 30 segundos, não mais do que 30 centímetros, mas suficiente para lhe disparar os alarmes... Ela não me podia ver, porque estava de costas para mim, mas sabia que eu estava ali, sentia a minha presença. Ou melhor, o seu corpo pressentia o meu.
Este pequeno afastamento produziu mais efeito do que quando estive agarrado a ela. Sem o toque directo, deixava-lhe o terreno aberto para a expectativa e, naquele momento, era tudo o que ela tinha para manobrar. “É preciso dar tempo à fera que sai do cativeiro antes de lhe restituir a liberdade”, pensei.
Na verdade, era apenas uma forma de a tantalizar, de lhe dar o espaço que precisava para a fazer imaginar, para a fazer querer e desejar, para levá-la, em resumo, à rendição.
Sem lhe tocar, a sua respiração aumentou de ritmo e intensidade. Estava a ficar excitada…
Sem me aproximar, sem aviso, agarrei-lhe pelo elástico das calças e puxei-as para baixo. Quase gemeu quando o fiz. Apalpei-lhe vagarosamente as duas nádegas, uma de cada vez, sem um único protesto da sua parte.
Depois, de súbito, arranquei-lhe o velcro das cuecas. Agora sim, a fortaleza fora assaltada, estava desprotegida, de cu ao léu…!
Dobrou-se ainda mais e tapou a cara com ambas as mãos. Ainda lutava, mas era como se soubesse que a luta estava perdida à partida. Quase lhe podia ouvir as asinhas da cona a palpitar…
Com uma mão levantei-lhe a aba da camisa, que lhe descaía para o rabo, e com a outra, com particular incidência dos dois dedos do meio, esfreguei-lhe o rego de alto a baixo, premindo com mais força à passagem dos orifícios do ânus e, depois, da vagina.
Estava completamente exposta à minha decisão e deixei que os meus dedos lhe acariciassem longamente as partes moles. Acabei com o médio e o indicador estacionados entre os lábios grossos e crescentemente húmidos da cona, altura em que comecei a masturbá-la suavemente.
Nesta altura coloquei-me ao seu lado e fi-la tirar as mãos do rosto, de forma a que olhasse para mim. Queria ver a sua cara de gozo e não me desiludiu: a minha enfermeira tímida parecia agora efectivamente libertada. De boca muito aberta, os olhinhos a querer fechar, gemia silenciosamente enquanto eu a esfregava toda por trás. Respondi-lhe com o sorriso mais porco que consegui, e como tinha então uma mão livre, agarrei-lhe assertivamente nas mamas e espremi-lhas como se fossem balões de feira.
Em resposta, voltou a olhar-me com aquele ar de tesão que faz um homem querer-se vir no meio da rua, para toda a gente poder partilhar do seu prazer…
Com um movimento brusco fi-la virar-se de frente e voltei a afastar-me. Mais uma vez, fiquei simplesmente a vê-la, ela própria a segurar nas pontas da camisa, com as cuecas baixadas até meio das pernas, a cona nua destacando a linda e negra pintelheira, perfeita porque lhe cobria o monte de vénus mas deixava transparências para o recorte da racha. Isso somado à sua cara de mulher que desistira, que se entregara aos caprichos do amor carnal, era digno de se ver e teria adorado tirar uma fotografia para mais tarde recordar.
Em vez disso, aproximei-me, ajoelhei-me e meti-lhe a cabeça no meio das pernas.
Muitos homens preferem começar pelo broche. Eu acredito que a maioria das mulheres, sobretudo quando em presença de um homem que não conhece, precisa de um pouco de encorajamento antes de lhe começar a chupar a gaita. P
or isso, pessoalmente prefiro começar pelo minete. Desde logo, não há como o cheiro a cona com um tracinho de cu para espevitar o malho. Assim fiz com a minha madura.
Cinco minutos mais tarde estava de perna alçada, a gemer como a filha de um merceeiro e a puxar-me os cabelos sem medir a força. Então já lhe tinha enfiado dois dedos, com os quais lhe massajava energicamente o ponto g.
Depois de a lamber, sorver e mordiscar extensivamente, fixara-me exclusivamente no clitóris, ao mesmo tempo que lhe apalpava o rabo e lhe enfiava a cabecinha do polegar livre no olho do cu.
Veio-se quando, tirando-lhe os dedos da cona, lhe meti os dois polegares no cu. Dobrou-se toda sobre mim, com o corpo em choques eléctricos e os membros a fraquejar. Quando a atirei para cima do sofá, caiu de perna aberta e a mesma máscara de tusa, sinal de que estava disponível para tudo o mais que viesse…
Aí sim, enfiei-lhe a narça pela garganta abaixo. Ajoelhado sobre a sua cara, mamou no pau como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Era tão naturalmente dotada que pensei em vir-me ali mesmo. Mas investira demasiada energia para levar aquele encontro a bom porto e não me apetecia ainda encerrar as festividades.
Assim sendo, enveredei pela horizontalidade que manda a sapatilha e fodi-a à missionário – a melhor maneira de foder numa primeira vez.
A dada altura, quando a tinha debaixo de mim com os joelhos flectidos contra o meu peito, quase em posição fetal, a levar com ele de tal forma que só se ouviam estalos, lendo-lhe na face a loucura e a submissão, a luxúria e a tesão, perguntei-lhe:
– Há quanto tempo não eras fodida assim?
A sua resposta foi de tal forma inocente que me enterneceu:
– Nunca fui fodida assim…
E sorriu-me com tanta felicidade que não me atrevi a ir-lhe ao cu.
Minutos depois veio-se outra vez. E em seguida, como eu me recusasse a parar enquanto ela se vinha, voltei a meter-lhe os dedos no cu e colou um terceiro orgasmo ao segundo, espaçados apenas por alguns segundos. Acabou a espirrar da cona e com lágrimas nos olhos, que tinham tanto de prazer e realização física como de alívio…
No entanto, quando chegou a minha vez quis finalizar com algo mais marcante do que vir-me simplesmente para dentro dela. Queria deixá-la com algo tão inédito como o que tínhamos feito até aí.
Na verdade, não queria que se esquecesse de mim, pelo contrário, queria que me lembrasse como o macho que definitivamente lhe ensinou a diferença entre um homem e um caralho. Para que pudesse iniciar uma nova vida, como uma nova pessoa…
Então voltei a ajoelhar-me sobre ela, de novo com as minhas pernas à volta do seu pescoço, mas em posição invertida relativamente àquela em que lhe oferecera o broche. Nesta posição ficava de picha tesa com o rabo directamente sobre a sua cara.
– Agarra-me no caralho e lambe-me o cu! – ordenei.
E ela, a minha tímida assistente geriátrica desconhecida de 52 anos, que pensava que queria namorar mas na verdade só precisava de foder, fê-lo sem pestanejar!
Deixei-a lamber, enfiar a língua, chafurdar à vontade no meu olho sujo enquanto, com pouco jeito mas muito efeito, me ia massajando o caralho, até que por fim desatei a esporrar-me para cima do seu corpo nu.
Cada vez que um jacto quente lhe caía sobre a pele o seu corpo estremecia, como se recebesse um ácido que a fizesse alucinar de tesão… Quando parei de me vir, fiquei a deliciar-me a vê-la toda esporrada, dos pés à cabeça, das mamas à pintelheira.
Só aí, na extrema cumplicidade dos orgasmos, trocámos o primeiro beijo.
Continuamos a ver-nos e é quase sempre como na primeira vez: ela começa por hesitar e eu não vou em conversas. Como disse no meu anúncio, estou ali para os “momentos”. “Momentos“ em que o sexo se deixa confundir com carinho e o amor se mistura no suor dos corpos quentes… e esporrados.
No íntimo, ela continua à procura de um companheiro para a vida.
Mas já não tem tanta pressa.
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com