03 Diciembre, 2021 O patrão e a empregada - Parte II
As primeiras carícias...
Estava decidido a fazer tudo o que pudesse para rasgar duma vez aquele véu que ainda nos separava, que nos impedia de nos consumarmos um no outro, um ao outro… Era uma questão de esperar pela oportunidade. E, finalmente, ela chegou...
Ficara entusiasmado mal vira o cartaz da cinemateca anunciando a exibição de uma cópia restaurada de “O Carteiro toca sempre duas vezes”, que nunca tinha visto em grande ecrã. O filme marcara imensamente a minha erótica juvenil.
Agora, só me fazia pensar em Aurora, nos seus 25 anos de ninfa madura, e em como era o momento ideal para ela o ver.
Para a convencer, contei-lhe o suficiente para lhe espicaçar a curiosidade. Quando ela aceitou ir comigo, percebi que também ela estava inclinada para darmos o próximo passo.
E o facto é que isso nos conduziu imediatamente para uma atmosfera mais relaxada, atrevida até. Os dois parecíamos mais confiantes e trocámos experiências. Tudo o que Aurora dizia parecia tremendamente inocente. Sim, tinha tido experiências. Sim, obviamente que tinha ido até ao fim. Mas era como se nunca tivesse alimentado a sua sexualidade, como se nunca tivesse explorado as suas fronteiras.
A minha empregada estava longe de ser virgem, mas também estava longe de alguma vez ter sido bem fodida... Pelo menos, a julgar pelas coisas que dizia e a candura com que o fazia. O que, tenho que confessar, só aumentava ainda mais a tesão que já sentia por ela.
No carro continuámos confortáveis e íntimos. De maneiras que senti uma pequena abertura para lhe pôr a mão sobre a perna, um cliché que está na cabeça de qualquer amante dos clássicos.
Queria até fazer um pouco mais que isso. A minha intenção era falhar deliberadamente o objectivo e aterrar o mais possível nas proximidades do centro das suas pernas. Mas mal lhe toquei, muito ao de leve, ela desviou a minha mão com a sua. Não voltei a tentar.
Como eu pensara, o filme não atraíra demasiados espectadores. A sala não estava sequer meio cheia e pudemos escolher uma fila só para nós. Apenas se viam algumas cabeças nas filas em redor.
De início Aurora torceu o nariz a tudo aquilo, sobretudo ao tom bucólico do filme. Mexia-se na cadeira e suspirava de impaciência. No entanto, passados 20 minutos tinha-se rendido às subtilezas do argumento, à crescente tensão sensual dos personagens, e estava completamente entregue à história.
Já eu, à medida que a dinâmica sexual do filme se ia desenrolando, mais difícil achava concentrar-me. Felizmente, não demorou a chegar a cena em que Jack Nicholson atira com Jessica Lange para cima da mesa da cozinha, lhe levanta as saias e lhe procura a cona de mão cheia!
Nesse momento, perdi toda a noção da realidade. Pelo menos, das suas regras de conduta. Olhei para o lado e vi que a Aurora estava, também ela, bastante excitada. Tinha os lábios entreabertos e os olhos meio cerrados, uma cara de tesão que não enganava ninguém.
Olhei outra vez em volta para me certificar de que ninguém nos poderia ver e voltei a encontrar apenas "cabeças", que da mesma forma apenas poderiam ver "as nossas cabeças". O que se passava abaixo disso seria invisível para todos, menos para nós. E então, não pude adiar mais: estiquei o braço e meti-lhe a mão entre as pernas!
Comecei a massajá-la por cima das cuecas, com um dedo bem vincado sobre a fenda. Os dados estavam lançados, agora dependia dela... E Aurora, a minha querida doméstica, não fez qualquer gesto para eu parar! Melhor que isso, abriu ligeiramente as pernas para me acomodar! Fiquei possuído, tanto de tesão como de alegria!
Finalmente, podia tocar-lhe, mergulhar os meus dedos naquela racha, e ela permitia-o! Nesse momento, só pensava em dar-lhe muito, todo o prazer que conseguisse, para que ela o quisesse fazer tantas vezes quantas desejasse!
Aurora estava tão excitada que os seus fluídos abriram uma transparência táctil nas cuecas. O seu gel interior vazava de tal forma pelos lábios da cona que, apesar de os acariciar por cima do tecido, era capaz de sentir-lhe a pele rugosa.
Os meus dedos estavam ensopados e pegajosos e, quando lhe baixei um pouco as cuecas, para facilitar os movimentos, o cheiro vivo, essencial, que emergiu dela, era absolutamente sublime... Não sei como não me vim nas calças logo ali!
Mas, infelizmente para mim, para nós, nesse preciso momento um problema técnico travou as bobines e interrompeu a sessão, terminando de forma abrupta o nosso idílio proibido!
Já não lhe podíamos chamar outra coisa, era apenas disso que se tratava: tesão pura e dura, num local público, sem pudores. A realidade, por mais que parecesse ainda um sonho, era categórica e tangível, não havia como esquecer: tinha o sumo da cona da minha empregada impregnado na ponta dos meus dedos!
No cinema acenderam as luzes, pediram desculpas e prometeram que iam ser breves a resolver o problema. Mas, para nós, "breve" não chegava. Não queríamos, não podíamos esperar nem mais um segundo. Eu ainda hesitei... Aurora não:
– Senhor Artur… Vamos embora!
Tinha-lhe pedido várias vezes para me tratar por tu, mas ela não conseguia e deixei de pedir. Mais a mais, excitava-me aquele tratamento formal, aumentava-me a tensão nos colhões a ideia de que havia muitas diferenças a separar-nos. Diferenças que, apesar de tudo, estávamos ambos dispostos a transgredir.
Não precisou de me pedir duas vezes. Bardamerda para a cópia restaurada! Dez minutos depois estávamos no carro a caminho de casa e, desta vez, foi Aurora que puxou a minha mão e a colocou entre as suas pernas. Já não tinha cuecas e tinha levantado a blusa, deixando ver as mamas nuas.
Aproveitei tudo. Esfreguei-lhe a cona, meti-lhe os dedos, apalpei-lhe as tetas... Tudo isto enquanto o caralho me fuçava dentro das calças, pronto a rompê-las.
Fiz tudo o que podia para lhe dar prazer. E foi assim que ela se veio, pela primeira vez, nas mãos do patrão...
Não podia ter sido mais "vulgar" para ela, pensei. Num carro em andamento, no banco do passageiro, como uma qualquer. Mas, mais tarde, ela disse-me que adorou exactamente por isso. Sentiu-se "suja", desprotegida, independente... Libertada. Como a mulher do filme. Não simplesmente a menina bem comportada e envergonhada que tinha vindo para a cidade grande, mas uma mulher, uma fêmea com todo o direito a brincar, a experimentar com a sua sexualidade, com a sua independência moral.
Depois de se vir, parecia ainda mais excitada e tentou, desajeitadamente, abrir-me a braguilha e tirar-me o caralho para fora. Tive que encostar o carro de repente, sob pena de acabarmos numa valeta. Sentia-me prestes a explodir e eu próprio me desembaracei da roupa, exibindo-lhe então, frontalmente, o membro duro, de cabeça já bem oleada.
Primeiro, Aurora olhou muito para ele. Depois, finalmente, pegou-lhe e começou a manipulá-lo. Ensinei-a a pôr os dedos e mostrei-lhe o ritmo. Depois, reclinei-me para trás e deixei-a fazer.
Acho que o facto de ela não fazer a mínima ideia do que estava a fazer me deixou ainda mais incapaz de me controlar. Quase sem eu próprio perceber, desatei a esporrar-me por todo o lado, atirando jactos de mel branco para cima dos bancos, do volante e uma boa parte para cima da minha empregada, que continuava a masturbar-me e tinha esporra a escorrer-lhe do nariz.
Eu fazia os possíveis por não gritar, mas urrava para dentro que nem um burro enquanto me vinha como um cavalo!
Essa noite poderia ter sido histórica para nós. Porque devia ter assinalado o dia em que descobrimos que tínhamos a capacidade de nos saciarmos, a ambos e cada um por si, sem precisarmos de elementos exteriores. Em resumo, não precisávamos de mais nada nem de mais ninguém! Tudo o que precisávamos para nos satisfazer estava à nossa frente…
Armando Sarilhos
O patrão e a empregada - Parte III
O patrão e a empregada - Parte I
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com