27 Julio, 2020 Maligno
De joelhos me deixei ficar durante um longo período de tempo, pois queria saboreá-lo sem rapidez ou algum tipo de interrupção...
Durante meses trocamos mensagens ousadas, mas o vê-lo era impossível visto que tinha uma agenda demasiado preenchida. Entre o trabalho e o tempo dedicado à família, pouco tinha para o seu bel-prazer. Era sempre à uma da manhã que ele me procurava, mas eu não me importava. Queria-o. Vê-lo através de fotografias e falar via mensagem estava a tornar-se um pouco incomodativo para a minha pessoa. A minha vontade de pecar era demasiado grande para pensar no que iria estragar a longo prazo.
Terça-feira de manhã. Mensagem do Tomás.
“Ontem à noite, novamente, sonhei contigo.”
A manhã passou-se enquanto ia trocando pequenas mensagens com o Tomás. A meio da conversa tive que o atiçar com uma pequena dica:
“Quando passamos da fantasia para a realidade?”
Eu já sabia que me ia enrolar, como fez das vezes anteriores. Contudo desta vez foi diferente:
“Sexta-feira. A patroa vai passar o fim-de-semana fora e eu consegui com que o puto ficasse na minha mãe o fim-de-semana inteiro.”
Aquela mensagem deixou-me sem respiração.
“E onde nos encontraríamos?”
O meu coração disparou, quase que parecia que ia sair disparado do meu peito.
“Vem ter comigo ao meu apartamento de solteiro. Não me desfiz dele. Lá estaremos à vontade.”
A minha mente começou a trabalhar a mil à hora, conforme me ia organizando mentalmente, as pequenas coisas que tinha que organizar para o dia em questão. Finalmente íamos passar das palavras para a acção.
“Precisas que leve alguma coisa?”
Perguntei-lhe ingenuamente enquanto cruzava as pernas desajeitadamente, de forma a conter a minha ansiedade.
“O que a princesa quiser.”
Naquele momento não sabia como reagir. Parecia tudo tão inventado. Cautelosamente arrumei-me e organizei a minha mente. “Que se lixe, nunca acontece nada do que programo”, pensei ao arruinar mais um dos poucos cenários sexuais que tinha a pairar na minha mente.
Os dias foram-se passando e eu sem conseguir acalmar a minha ansiedade e nervosismo. Não me recordo de estar tão ansiosa desde o dia em que perdi a minha virgindade. Estava mesmo muito ansiosa. O homem atormentava a minha mente tanto durante o dia como de noite, o que eu mais gostava nele era dos pequenos telefonemas repentinos que ele me fazia a meio do dia, só para o ouvir a gemer enquanto ejacula. O seu pequeno riso no final vaguei na minha mente, só gostava de acrescentar uma imagem a este som que guardo na memória.
Sexta-feira à noite, sentada no sofá com o meu típico copo de vinho, abro as pernas, tiro uma fotografia ao meio das minhas pernas e envio-lha.
“Alguém está desejosa por si… ”
A minha resposta não tardou a aparecer:
“Amanhã pequenina. Dá-me mais um pouco e já falamos melhor.”
A noite foi-se passando e nada. Nenhum sinal do Tomás.
Sábado de manhã e sem mensagens daquele sacana.
Na minha mente, continuava tudo como conforme ficou combinado. A meio da manhã recebo uma chamada, era o malandro.
- Pequenina – começa por dizer – estou à tua porta esperando-te.
- Quê?! Mas eu não ia ter contigo?
- Adiantei-me…
- É que eu ainda tenho coisas a fazer. Queres antes subir do que esperar no carro?
Por breves momentos houve um pequeno silêncio.
- Tomás? Afinal, como queres fazer homem?
Só ouvia a sua respiração pesada ao telefone.
- Desculpa, estava a pensar. Não era o que estava no plano, sabes?
- Mas para ti tem que ser tudo como está programado? Anda, vá. Vou-te abrir a porta. Quarto direito.
Depois de dez minutos de espera junto da porta, oiço finalmente os seus passos a aproximarem-se da minha porta de casa.
O meu coração palpitava.
Deixo-o tocar à campainha, não queria deixar transparecer a minha inquietude. Estava ávida, angustiada com a dor que sentia no meio das minhas pernas, que estremeciam a cada passo que ele dava na minha direcção.
Não poderia deixar transparecer o quanto desconcertante me estava a deixar aquele momento, aquele encontro ao fim de anos. Vou sentir finalmente o seu perfume, sentir a sua pele a roçar na minha, finalmente sentir o seu sabor sem ter que o imaginar através de uma imagem que visualizo a meio da noite.
- Um fim-de-semana, inteiro aqui? – digo-lhe com os olhos bem abertos e salientes, enquanto mordo o lábio inferior.
- Se te sentes mais confortável assim… Mas eu não trouxe nada comigo.
- Precisas de alguma coisa?
- Roupa lavada, escova de dentes…
- Ó meu querido – começo por dizer enquanto o encaminho para o sofá – roupas não vamos precisar delas o resto do tempo e … escova de dentes tenho ali uma embalagem nova.
Ele retém-se. Não estava à espera daquela resposta.
- E não vamos precisar de nada ao longo destas longas horas? – diz enquanto se vai chegando para perto do meu pescoço.
Senti-lo a respirar junto do meu pescoço faz-me suspirar, tanto que deixo escapar um pequeno gemido. Ele tem esse efeito no meu corpo.
Deixámo-nos de conversas e passamos à acção. Não foi preciso apresentações. Ainda de camisa de dormir, começo por sentar-me em cima dele e desfazer-me daquela sua camisa. Gosto tanto de o ver de blazer e camisa, e aquela madeixa grisalha acrescenta-lhe um certo tipo de charme, de cortar a respiração.
Assim que deixo o seu tronco exposto ataco-o com beijos, enquanto faço pressão com a minha vagina sobre o seu pénis, que começa a endurecer aos poucos. Sinto-o. Não é nenhuma miragem.
Salto do seu colo, para me colocar no meio das suas pernas. Abro o cinto com as mãos, enquanto com a boca vou mordiscando o seu pénis sobre as suas calças justas, tão justas que sentia a sua dureza.
Tiro-lhe as calças, desfaço-me delas o mais rápido possível. Assim que lhe retiro os boxers o seu pénis surge bem duro e inerte, pronto a ser colocado dentro da minha boca.
Tudo o que lhe escrevi ao longo de meses foi o que eu pus em prática. Queria-o dentro da minha boca, sentir finalmente o seu sabor, sentir o quanto palpitante, enlouquecido estava, se estaria tanto quanto eu.
Coloquei-o dentro da minha boca, bem endurecido, enquanto ele me pegava no cabelo e mo obrigava a comer com violência, com exuberância. De joelhos me deixei ficar durante um longo período de tempo, pois queria saboreá-lo sem rapidez ou algum tipo de interrupção. Queria sentir o seu néctar, mas o Tomás impede-me.
- Não, ainda não. – diz pegando-me pelos ombros e puxando-me para o seu colo – Quero que me fodas.
- O seu desejo é uma ordem, meu amo. – digo-lhe enquanto vou roçando a minha vagina húmida sobre o seu pénis molhado com a minha saliva.
Ele agarra-se com vigor às minhas ancas e faz-me saltar sobre a sua cintura enquanto me vai chupando à vez cada mamilo. Estou a ficar endoidecida. Agarra-se às minhas nádegas com força. Dá-me uma palmada atrás de palmada. O meu rabo aquece. O meu corpo remexe-se e começo a rodar as ancas sobre o seu pénis endurecido.
Oiço-o a gemer, de olhos fechados e com a boca aberta deixa cair a cabeça para trás enquanto me vou movimentado sobre ele. Coloco a minha língua dentro da sua boca, à procura da sua. Quero mais. Ele agarra-se à minha cintura com cada vez mais força.
- Anda. – diz-me junto do meu ouvido.
E dito isto coloca-se numa assentada só sobre mim no sofá. Pernas bem abertas, depositando beijos ao longo das minhas pernas.
- Esta perna longa… É qualquer coisa…
De pernas bem abertas, ele penetra-me com fúria, com vontade, com toda a pujança que conseguiu naquele momento.
Morde-me os mamilos enquanto se crava dentro de mim. Eu atiro a minha cabeça para trás enquanto a minha mão lhe puxa pelos cabelos e depois percorre as suas costas, cravando as minhas unhas ao longo da sua pele.
- Isso não pode ser – diz-me ao sentir as unhas a cravarem-se na sua carne.
A minha resposta foi uma pequena grande mordida no ombro.
- Autch! Isso também não! – diz-me sem cessar as penetrações.
- Talvez umas palmadas bem dadas ensinem a menina a comportar-se.
- Não diga isso duas vezes… – diz enquanto se segura com mais força na minha cintura.
- A menina precisa de saber comportar-se. – repito junto do seu ouvido, num tom bastante calmo e baixo.
Sem aviso prévio ele retira o pénis de dentro de mim e ejacula sobre a minha barriga. Um líquido quente, que ele fez depois questão de espalhar com o seu pénis, até que se esfregou todo sobre o meu clitóris.
- Mais? – pergunta-me.
- Estava a ver que não perguntavas.
Encontrei a cara-metade da minha fera esfomeada, o Tomás, mas este tinha a vida feita e eu não queria descarrilar. Por esse motivo mesmo decidimos que aquele fim-de-semana seria para matar a nossa fome que tínhamos de ambos, uma tesão sem outra igual. Decidimos que depois daquela vez as mensagens poderiam continuar mas sem nunca mais nos contactarmos.
Foi um fim-de-semana surreal. O Tomás saciou a minha fera o suficiente para estar quieta durante algumas semanas. Fiquei com o corpinho todo dorido, é o que dá ao pensarmos que somos grandes ginastas na cama.
Na quarta-feira recebo uma mensagem do Tomás.
“Hoje de manhã dei uma a pensar que me vinha dentro de ti.”
Não sabia como reagir aquela mensagem, se me havia de sentir lisonjeada ou enojada.
No fundo, errar é humano e há que saber acarretar com as consequências dos nossos actos.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...