17 Febrero, 2020 Abocanha aqui que eu deixo

O que aquele homem me fez, não se faz. Deixou-me ainda mais em brasa!

Durante alguns meses tive uma relação com o Gustavo, mas as coisas não eram tão fáceis quanto fazem parecer. "Se eu estivesse perto eu conseguia fazer mais", era sempre o que ele me escrevia quando não tinha outra justificação para dar.

Aquela semana foi de loucos e eu esperei ansiosamente com um nó no estômago a semana toda por um longo fim-de-semana ao lado do Gustavo, que me deveria acalmar e não me deixar sentindo como se não fosse relevante para a sua vida.
A vida dá voltas e por vezes para melhor...

Finalmente, acabou esta semana de cão. Não conseguia aguentar mais o stress do trabalho e com o avançar dos dias na semana, juntei à equação ansiedade, que se ia acumulando aos poucos ao ver que se aproximava o momento de estar novamente com o Gustavo.

"Sempre vens hoje para baixo?"

Foi o que lhe escrevi na sexta-feira assim que abri a pestana.
O meu dia correu como de normal, mas com o coração na garganta, pois já íamos a meio da tarde e ainda nem uma resposta do Gustavo.

Batem as seis badaladas e eu meto-me na alheta. Não quero perder nem mais um segundo neste maldito escritório. Ao encaminhar-me para o elevador pego no meu telemóvel para ver se tinha algum sinal de vida do Gustavo – nenhum.

Fico tão compenetrada nos meus pensamentos que nem dei pela chegada do Diogo.

- Então, mais uma semana concluída? - diz-me ao chegar perto de mim.

Como o meu olhar não se desprendeu do telemóvel e ele não obteve uma resposta da minha parte, tentou novamente:

- Cláudia, está tudo bem?
- Ah! Desculpa Diogo... Nem te vi chegar. Disseste alguma coisa?
- Queres ir beber um copo? Se tiveres planos eu compreendo.

Não pensei muito no assunto, um copo ia-me aliviar a tensão que vivi ao longo da semana.

- Óptima ideia Diogo. Tens algum sitio em mente?
- Vamos no meu carro, deixa aí o teu que depois eu trago-te.

Hummm... Agrada-me a ideia. Quando finalmente entramos no elevador eu continuei com a minha inspecção, olhando-o como nunca o olhei:

- E afinal, para onde me levas?
- Espera um bocado, senhora impaciente.

O Diogo quando colocava uma coisa na mente era destemido e não olhava aos meios para atingir o seu objetivo, mas ele estava a esquecer-se com quem se estava a meter.

Não nos afastamos muito do escritório, por isso a viagem de carro poderia ter sido mais rápida se não houvesse semáforos a cada dez metros.

Quando chegamos ao bar o Diogo pediu-me para escolher uma mesa enquanto ele ia direito ao bar para nos pedir algo.

Quando regressou para junto de mim, vinha com um sorriso rasgado. "Olhem só o bonitão", pensei. De casaco aberto, gravata lassa perto do pescoço e a camisa com dois botões desapertados, vem dançando na minha direcção, com dois uísques.

- Tinha a certeza que ias escolher a melhor mesa. - enquanto fala estende-me a bebida.
- O que trazes aqui dentro? - digo-lhe com uma sobrancelha levantada.
- Bebe mas é! Agradeces depois.

Quando aquela bebida desceu a minha goela, tudo o que levava à sua frente queimava. O líquido assim que caiu no meu estômago parecia uma bomba atómica. O calor apoderou-se de mim, o que me fez querer dançar e beber ainda mais. O Diogo acompanhou-me até meio da pista. Dançávamos todos desajeitados, mas o roçar da sua perna na minha deu-me ainda mais calores.

Aproveito que a música vai mudar de estilo, para uma música mais melosa, romântica; agarro-o pela gravata e puxo-o até bem perto dos meus lábios e digo-lhe:

- Segue-me.

Sem conseguir dizer alguma coisa, aquela alma vinha atrás de mim, sentia o seu olhar cravado no meu rabo que balançava de forma provocante à sua frente.
Agarrei-o novamente pela gravata e puxei-o para dentro da casa de banho. Assim que estamos os dois dentro daquela divisão fecho rapidamente a porta e tranco a porta.

- Que estás a fazer?
- Ó Diogo, cala-te mas é!

Encostei-o à parede e beijei-o fogosamente enquanto as minhas mãos deambulavam descordenadamente ao longo do seu corpo. Estávamos os dois um pouco alcoolizados e a fome que eu tinha acumulado, ao longo da semana, estava a deixar-me endoidecida. Os papéis invertem-se quando ele me empurra e me coloca contra a parede com forma. Aquele momento está a deixar-me fora de mim. Coloco a minha perna à volta da sua cintura, a sua mão percorre a minha perna até se colocar por dentro da minha saia.

Ele está a chegar ao mesmo ponto que eu. Pega-me ao colo, entrelaço as minhas pernas à volta da sua cintura e coloca-me em cima da bacia. Os beijos são selvagens, salivantes, quentes.

Quando o vejo o percurso que faz com a sua boca, deixa-me extasiada, querendo mais. Puxa-me a saia para cima e gentilmente puxa a minha tanga para o lado e abocanha a minha vagina, tal como se estivesse a comer um gelado cremoso. Não me consegui conter com toda aquela ternura, aquele carinho, o cuidado que teve para comigo, para com o meu corpo; os seus lábios sobre a minha vagina e a sua língua que dantes estava destemida, agora estava calmamente a deliciar-se enquanto rodopiava vagarosamente ao longo do meu clitóris.

- Diogo, isto não se faz... - digo enquanto deixo cair a cabeça para trás.

O que aquele homem me fez, não se faz. Deixou-me ainda mais em brasa. Não aguentava mais aquela língua tão lenta, aquela devoção toda. "Quero-me vir!", é só no que eu penso.

As minhas mãos começaram por lhe pegar nos cabelos castanhos enquanto que com as minhas pernas o aprisionei ali, bem junto da minha vagina, a comer-me, a saborear-me. Os meus dedos começam a fechar-se sobre os seus cabelos, forço a sua cabeça para me abocanhar ainda mais.

Sinto-o a brincar comigo. Assim que sente a minha respiração a acelerar ele abranda nos movimentos. "Não se faz", penso.

Chego ao clímax assim que ele me penetra com dois dedos na vagina e o seu polegar no meu ânus.
O Diogo deixou a minha mente a vaguear enquanto pensava na sua boca, na sua língua, na sua pele tão suave.
Com uma mão agarro-lhe nos cabelos enquanto que com a outra cravo as minhas unhas ao longo do seu ombro. Ele fez-me gritar e sentir coisas... ui! Cuidado com ele!

Depois de me ouvir gritar e sentir o meu corpo a estremecer ele começa a surgir entre o meio das minhas pernas e aproximando-se de mim diz-me:

- Satisfeita a senhora?

Ainda com o néctar ao redor da sua boca e queixo, o cheiro ali bem perto da minha boca, a minha vagina quente e palpitante não esperei até lhe agarrar no rosto e puxa-lo para mim. Primeiro lambi os seus lábios, sentir aquele sabor deixava-me ainda mais desequilibrada, depois quis sentir a sua língua. Enrolei a minha língua na dele. Deliciei-me. Ao afastar-me dele dei-lhe eu um beijo suave nos lábios e depois beijei e lambi o seu queixo.

- Cláudia... - diz enquanto continuo o meu percurso em direcção ao seu pescoço e depois a sua orelha – Que me dizes de continuarmos isto noutro sítio?

Os meus olhos brilhavam. Queria mais. A sua língua já fez uma boa introdução.

- Tens algo em mente? - digo num tom travesso.
- Eu já te conto o resto. Espero-te na mesa. Vá! Arranje-se lá, sua bonitona.

Meti-me sem receios no carro com o Diogo, novamente.
Desliguei o telemóvel o resto do fim-de-semana. O Diogo deu-me o que eu precisava – Gastar as energias acumuladas.
E o Gustavo? Bem, esse passou à história!

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• À distância de um telefonema...

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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