31 October, 2024 O avô do meu namorado - Parte II
Quando o amigo dele voltou ao quarto com a garrafa de gin, o meu namorado já estava nu.
Disse sim ao meu namorado, mas se me perguntarem hoje, ainda não consigo explicar como deixei as coisas chegarem àquele ponto. Sei que já não tinha forças para lutar. Sei que, por incrível que pareça, senti tesão.
E mesmo assim, lembro-me que hesitei, sem acreditar na realidade do que ele me pedia. Era como se estivesse num pesadelo viciado do qual não conseguia, ou não queria, acordar.
Antes da minha resposta, ele insistiu muito. Porque nisso ele era fiável. Podia chantagear-me, podia manipular-me, podia confundir-me... Mas nunca, nunca me fazia nada sem o meu consentimento.
– Não respondes? Prometeste que fazias tudo por mim se eu voltasse a casa! Pois bem, isto é o que eu quero: quero ver-te a ser fodida por outro homem! Quero ver-te enquanto te fodo também! Deste a tua palavra. Vais cumprir a tua promessa ou queres que me vá embora? Tu é que escolhes.
Entre a espada e a parede, não senti que tivesse escolha. E, por isso, resignada à minha sorte, aceitei.
Quando o amigo dele voltou ao quarto com a garrafa de gin, o meu namorado já estava nu.
Sem disfarçar a tesão, disse ao rapaz para ele tirar a roupa também e para se deitar na cama, o que ele fez, tapando-se rapidamente com o lençol, pois já tinha o pénis muito erecto e também ele, por um instante, se sentiu envergonhado.
Eu estava nua ao lado do meu namorado, que me segurava as mãos para que eu não pudesse esconder as minhas partes íntimas. E, finalmente, recebi a instrução (a ordem!) para ir ter com aquele estranho e entregar-me a ele sem reservas. Fosse qual fosse o seu capricho...
Entrei a medo, mas excitada ao mesmo tempo. Avancei pela cama, destapei o lençol e vi o caralho teso do rapaz, muito duro e bonito. Fiquei tão surpreendida que o instinto me fez recuar um pouco.
Mas aí percebi que não podia, pois o meu namorado já estava colado às minhas traseiras, explorando as minhas cavidades expostas. E soube aí que não tinha escapatória, estava manietada pelos dois lados, sem ponto de fuga.
– Pára de engonhar, mete-o na boca! – disse o meu namorado, com voz de comando.
E eu assim fiz.
Durante duas horas, fizeram-me tudo. Tudo o que quiseram. Enquanto o meu namorado me fodia por trás, eu chupava o caralho do amigo. Depois o amigo foi-me por trás enquanto eu mamava o meu namorado.
Lambi e chupei os dois ao mesmo tempo, enquanto eles se deitavam regalados, a ver-me a mamar-lhes as pilas como se fosse a sua puta de serviço.
Enquanto me passavam de um para o outro, como se eu fosse uma boneca insuflável, apalpavam-me toda e enfiavam-me os dedos por todo o lado, na boca, na cona, no cu...
Para impressionar o amigo, o meu namorado fez questão de me enrabar à sua frente. Depois disse-lhe que podia fazer o mesmo, e ele enrabou-me também para o meu namorado ver.
E ele saboreou tudo, a imagem da minha decadência, com os olhos muito abertos e um sorriso baboso, de tarado, enquanto eu o masturbava e lhe chupava o pau, que estava enorme e não parava de escorrer de gozo...
Finalmente, depois de muitas voltas para acertarem a posição, acabaram por conseguir enfiar-se em mim e foderam-me os dois ao mesmo tempo, cada um em seu buraco.
Tudo junto, eles vieram-se duas vezes cada um. Na última vez, o meu namorado esporrou-se na minha boca enquanto o amigo se vinha no meu cu.
Já meio bêbados e cansados, acabaram por adormecer pouco depois na nossa cama. Eu levantei-me e fui para a casa de banho lavar-me.
E aí chorei um pouco. Não por me sentir usada ou maltratada. Chorei de raiva, sem compreender o que se passava comigo, sem acreditar que, pela primeira vez na minha vida, acabara de ter três orgasmos consecutivos a fazer sexo!
O que me revoltava, o que não conseguia entender, era por que razão tinha sentido tanto prazer a fazer algo que nem sequer queria ter feito para começar.
Meti-me na banheira e tentei relaxar, mas a verdade é que, enquanto me lavava, ainda estava cheia de tesão, ainda sentia as suas mãos na minha pele, os seus paus a penetrarem-me nos dois buracos, as suas línguas a lamberem-me o corpo todo... E nem sequer me doía o cu.
Não sei quem eu era naquele momento, mas não me reconhecia. Estava em absoluto transe sexual. Tive que tocar-me um pouco, mas sentia-me tão assada por baixo que percebi que não ia conseguir.
Então, saí da água quente e tomei um duche frio, antes de voltar para a cama.
Apesar do pouco espaço, pois tinha os dois homens nus atravessados na cama, dormi um sono tranquilo e pacífico. Porque aí já sabia que tudo terminara entre mim e o meu namorado.
Apesar do prazer que senti, nunca seria capaz de lhe perdoar o que me tinha feito. E isso fez-me sentir libertada.
De manhã, quando acordei, os dois já tinham saído, e poucos vestígios sobravam para contar a história dos dois homens que ali tinham estado a dar prazer a uma mulher.
Não sentia forças para me levantar e deixei-me ficar, a dormitar entre o sono e o sonho, até que senti um toque na pele. Virei-me e vi o avô do meu namorado.
Pelos seus olhos, vi imediatamente que ele sabia o que se tinha passado durante a noite.
Pelo mesmo olhar, vi que ele se compadecia de mim, que se preocupava comigo, que estava ali para me consolar. Sem dizer nada, também apenas com o olhar, agradeci o seu gesto cheio de ternura.
Ele sentou-se na cama, perto de mim e, ainda sem palavras, abraçou-me. E não sei porquê, quando o fez comecei de novo a chorar. Julgo que então chorava pelo luto, pelo fim da minha relação de dois anos.
Nesse momento, tudo voltou. Tomei consciência da realidade e sabia que terminar tudo era a única solução.
O meu velho amigo tentou dizer-me qualquer coisa - acho que queria dizer que sabia o que eu estava a passar, que sabia o que tinha acontecido, que queria ter-me ajudado, mas não soube como...
Eu não o deixei continuar, tapei-lhe a boca com os dedos e disse-lhe que estava tudo bem, que não se preocupasse, e abracei-o de novo, cheia de ternura pelo seu gesto de apoio.
Foi aí que senti as suas lágrimas no meu pescoço. Segurei-lhe a cara com as mãos e confirmei que, de facto, estava a chorar. Que estava a chorar por mim!
Nesse momento, achei-o tão querido, tão bonito, tão bom para mim, que comecei a beijá-lo. Beijei-lhe as bochechas para lhe lavar as lágrimas e quando dei por mim, estava a beijar-lhe a boca e a tirar-lhe a camisola pelo pescoço...
Até esse momento, o facto de me encontrar nua não tinha sequer passado pela minha cabeça. Ele nunca me vira assim, mas várias manhãs eu saíra do quarto para tomarmos o pequeno-almoço juntos vestida apenas com uma túnica.
A razão deste conforto, para mim, era simples: nunca, de forma alguma, em nenhuma altura, a nossa relação fora sexualizada. Eu via-o como um avozinho querido e, tanto quanto sabia, ele via-me como uma neta fofinha. Até esse momento, tudo não fora senão inocente entre nós.
E, no entanto, ao abraçar-me a ele, ao permitir o seu beijo, sentindo o seu tronco nu em contacto directo com a minha pele, as suas mãos procurando as minhas mamas ansiosas, era evidente que algo mudara...
Senti-o muito quente, agitado, mas não nervoso, e percebi que a sua emoção crescia, pois, de repente, ficou com a respiração muito acelerada.
Olhei novamente para ele e achei-o lindo! Que interessava que estivesse nua? Que interessava que ele me visse como mulher? Nada disso me preocupava, apenas me excitava.
Então, acariciei-lhe os cabelos e voltei a beijá-lo, mas agora enfiando a língua na sua boca...
Quando dei por mim, estava a acariciar-lhe o corpo, a beijar-lhe os mamilos... A cada toque, ele estremecia e suspirava profundamente, sem dúvida tão excitado quanto eu.
Nesse momento, sentia-me muito próxima daquele homem que tinha idade para ser meu avô, mas que agora me acendia o desejo como se nos conhecêssemos desde sempre.
Já sem querer saber de nada, indiferente ao mundo que nos rodeava e às consequências dos nossos actos, puxei-lhe as calças para baixo.
Depois disso, o que se seguiu foi provavelmente a maior surpresa da minha vida...
(continua...)
O avô do meu namorado - Parte I
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com