02 December, 2018 Foda do rico e a foda do pobre
Tal como os dois palhaços, também o fodilhão vive em dois mundos
Não vamos entrar em debates sobre o capitalismo ou o caralho que o foda. Todos sabemos que este mundo infeliz em que vivemos se divide muito mais em ricos e em pobres do que em raça, género e religião.
Verde continua a ser a cor que manda no mundo e enquanto não houver um Deus que transforme água em notas de 100€ o debate religioso sobre quem tem razão irá manter-se de pé.
Sabem o que também se mantém de pé? A piça do rico e a piça do pobre. Ambas possuem o mesmo trabalho e aspecto, mas a ração a que estão habituadas é diferente. Rico não tem piça, tem pénis. Pobre não tem pénis, tem caralho. Boca de rica faz felácios, boca de pobre faz broches. Sinceramente, prefiro um broche mau a um excelente felácio.
Sendo eu um jagunço criado num bairro social, é fácil de perceber que já espetei o caralho-social em cona-real porque se há coisa que uma crica-nobre gosta de albergar é um caralho-vagabundo. Há qualquer coisa na pila do povo que desperta um desejo lascivo na cona burguesa que não consigo explicar. Talvez seja que naquele momento em que estão a ser fodidas como querem e gostam se sintam realmente desejadas ao invés de objectos de procriação. Isto sou eu a cagar postas de pescada, pois para mim, cona é cona e não me importo se viste Chanel ou Primark.
Em confidências com amigas minhas de perna fácil e boca gulosa, foi-me dito que foder com um gajo rico tem o seu quê de excitante pois a qualquer minuto acham que vão andar de helicóptero à pala daqueles filmes chatos de caralho das 50 Sombras de Grey. Tirando isso, dizem que são quecas extremamente monótonas e sem sal. Talvez, não vamos generalizar, mas se cresces a foder gajas cheias de nove horas e de repente apanhas uma que diz “mete-me no cu e depois quando te vires mete-me na boca para eu sorver tudo e te cuspir na cara” és capaz de não saber como guiar esse Ferrari, mesmo tendo um Ferrari real na garagem.
Eu sou um comunista da foda. Por mim não havia diferença de classes e todos deveríamos viver numa utopia fodilhona em que cada piça e cona era igual.
Mas estamos quase no Natal e se calhar não vale a pena pensar muito em quem é rico ou quem é pobre.
Boas fodas e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.