02 March, 2018 Clube das Virgens (e a minha primeira vez)
E como se fala da perda da virgindade, vou partilhar a minha primeira vez...
Foi fundado em Portugal no ano de 2008 o «Clube das Virgens» pela iniciativa de uma jovem, Margarida Menezes, na altura com 25 anos, que acreditava que o sexo devia ser realizado como uma demonstração de amor, e a «primeira vez» deveria ser um momento único e especial, preferencialmente na noite de núpcias.
Após um casamento perfeito de princesa vestida de noiva, com uma festa de arromba, fogo de artifício, entrar num lindo quarto carregada nos braços do seu grande amor e encontrar no interior uma cama decorada com pétalas de rosa, champanhe, morangos, fonte de chocolate e uma soberba vista sobre o mar...
No fundo penso que todas as mulheres em criança têm a mesma fantasia, não é por acaso que o filme a «Cinderela» é o fascínio de tantas meninas.
Mas crescemos e com isso os nossos sonhos e ideais de vida vão sendo alterados ao longo do tempo.
Neste caso a Margarida Menezes ultrapassou pressões sociais, desejos e a curiosidade sexual, decidindo assumir a sua virgindade e fundar o «Clube das Virgens» de modo a poder conversar, conhecer e trocar experiências com pessoas que tal como ela escolheram iniciar a sua vida sexual mais tarde por diversas razões.
O Clube contou com cerca de 34 sócias, comunicavam por fórum e outros, e redes sociais.
O facto de ter assumido perante a sociedade e sem complexos fez dela uma figura pública, tendo dado diversas entrevistas e publicado o seu primeiro livro: «Sim, Sou Virgem, e Então?» A 26 de Novembro de 2009 com o prefácio de Paula Lee, uma acompanhante de luxo bastante famosa que eu já mencionei como uma das grandes escritoras eróticas num dos meus vídeos no youtube.
Aos 28 anos Margarida Menezes apaixonou-se, e teve a sua primeira experiência sexual, não da maneira como idealizou mas de uma forma natural, tal como sabemos que no fundo acontecem.
A perda da sua virgindade colocou assim um termo ao famoso «Clube das Virgens», o seu cargo de presidente já não fazia sentido e mais nenhum dos restantes membros quis assumir a presidência, o que levou à sua dissolvência.
Este tema ganhou novo relevo após a entrada de Margarida Menezes na mais famosa casa do país «Secret Story» com o segredo «Já escrevi dois livros sobre a minha vida sexual» - as obras são «Sim, Sou Virgem, e Então?» e «Um Amor e um Trapézio».
E como estamos a falar da perda da virgindade vou partilhar a minha primeira vez...
Tinha 16 anos, foi num sábado à noite e estava vestida de homem, porque era Carnaval, confesso que já tinha bebido algum álcool, típico de jovem e da época festiva, e no final da noite, após alguns amassos na pista de dança do bar, eu e o meu namorado da altura resolvemos acabar a noite na praia que ficava do outro lado da rua.
A minha primeira vez acabou por ser muito rápida, dolorosa e cheia de areia, resumindo, sem orgasmo e sem prazer sexual.
Mas na ansiedade e pressa do acto rebentei um vaso sanguíneo, o que levou a uma hemorragia impossível de estancar e tive de recorrer ao serviço de urgências.
Dois momentos memoráveis:
Levantar-me do banco plástico das urgências para a consulta e uma amiga, que estava comigo, limpar a poça de sangue do banco com o meu casaco.
E o médico perguntar-me:
- Então, o que a trás aqui?
- Uma trancada mal dada!
Juro que foi esta a minha resposta. E iniciei com este momento a tradição de tatuar marcos importantes na minha vida e fiz a minha primeira tatuagem a representar este momento fantástico.
Deixo o desafio: contem-nos como foi a vossa primeira vez...