18 November, 2019 Verão Versuto - I e II
Quero meter a minha língua no meio das tuas pernas – disse-me enquanto me apertava as duas nádegas...
Se os homens podem e escapam ilesos às suas próprias acções, por que razão tem a mulher que ser julgada quando é colocada na mesma posição do que o homem? Joguei com o fogo ainda durante alguns meses, até que finalmente dei por terminada aquela aventura onde usei o Valentim e o Rodrigo para meu bel-prazer.
Estava cansada de ser tratada como mais uma na lista deles, mesmo que me dissessem o contrário. Querem começar um relacionamento do pé para a mão sem sequer construírem os alicerces necessários para iniciar a dita relação. Os homens pensam que estão à vontade para aparecer e desaparecer da nossa vida quando lhes apetece, então vamos ver como se comportam no lugar de uma mulher.
Durante meses falei com o Valentim e encontramo-nos, eventualmente, e o sexo veio bem depois. O sentimento quente ia surgindo aos poucos enquanto que o sexo ficava cada vez mais ardente.
- Pequenina, temos que experimentar numa cama. Quero-te numa cama só para mim. - dizia-me enquanto me passava os dedos pelos meus cabelos desgrenhados.
- Uma coisa a combinar com o seu devido tempo.
- Sim, tens razão. - responde-me com um sorriso de orelha a orelha.
As semanas vão-se sucedendo e o Valentim recebe uma boa notícia:
“Vou-me mudar para o Porto amor!”
Foi assim que ele me recebeu à porta do seu apartamento , vazio porque os pais tinham ido passar o fim-de-semana fora. Fico estupefacta ainda por alguns momentos enquanto o continuo a ouvir como vindo do fundo de um poço. A sua boca mexe mas eu não o oiço, não entendo o que diz.
“Amor, estás bem?”, pergunta-me ao ver que ainda não soltei uma única palavra.
O que queria ele que eu lhe dissesse? Que não fosse? Que rejeitasse aquela proposta que lhe iria mudar os horizontes, para ficar a meu lado, uma ninguém que apenas se sustenta com sonhos e desejos de um futuro mais risonho?
Ele preocupado com o meu bem estar continua:
- Ó amor! Se eu soubesse que ficarias assim já te tinha contado há mais tempo.
A minha mente estava a mil à hora. Não sabia bem como digerir aquela informação, até que digo da boca para fora:
- Nós havemos de arranjar uma forma …
- Uma forma para o quê, meu anjo? - pergunta-me meio perdido.
- De a relação continuar …
- Claro que sim! Havemos de arranjar uma maneira de nos vermos.
Dou um pulo no sofá e virando-me na sua direcção, digo-lhe:
- Que me dizes de um copo de vinho para comemorar ?
- Acho uma excelente ideia meu amor!
- Então não te mexas que eu já venho!
Ao voltar para perto dele a conversa retomou o seu rumo.
- Sabes … Só me deram duas semanas para tratar da mudança.
Enquanto ele falava eu dava um golo no meu copo de vinho. O gole mais agrio da minha vida, nem quando bebi o vinho caseiro do meu primo o meu estômago ardeu daquela maneira.
Os últimos quinze dias dele na cidade foram de sonho, mas as últimas vinte e quatro horas… foram terríveis! Cheias de lágrimas, de promessas eternas, beijos apaixonados cobertos pelas lágrimas e uma última noite onde adormecemos os dois abraçados.
O seu corpo colado com o meu, sinto o seu calor. Aperto as suas mãos contra o meu peito. Não quero que ele parta. Sinto o meio das suas coxas a aquecer ainda mais. Junto as minhas nádegas à sua cintura, ao sentir o seu pénis a roçar a minha pele começo a rodopiar as ancas sobre a sua cintura. Oiço-o respirar fundo.
Aperta-me as mãos e diz-me junto do meu ouvido, num tom intimidador:
- Que pensas tu que estás a fazer?
Não lhe respondo mas continuo com a minha cintura em modo malandra. O Valentim ia respirando espaçadamente e profundamente. Sentia o seu pénis a endurecer e a procurar uma maneira de sair de dentro daqueles boxers que eram tão justos e apertados.
Não consegue esperar mais e atira-se a mim que nem um lobo esfomeado. Uma mão na minha cintura, fazendo movimentos fortes e bruscos, e com a outra agarra-me no cabelo como se de uma corda se tratasse.
Aqueles movimentos, o odor, os sons, tudo me estava a deixar cada vez mais endoidecida, mas assim que sinto o toque dos seus dedos sobre os meus mamilos expostos e endurecidos, o meu corpo estremece, sobreaquece, quer mais, mais toque; o meio das minhas pernas alagam-se.
Ao ver que estava cada vez mais descontrolada a sua mão começa a descer sobre o meu corpo, ao encontrar o meio das minhas pernas detêm-se.
- Como tu já estás pequenina ! …
- Por favor … - digo enquanto me roço na sua cintura – fode-me … - peço em tom de suplício.
A minha resposta é dada segundos depois. Puxa-me a tanga para o lado, puxa os seus boxers um pouco para baixo e sem demorar mais tempo penetra-me. Uma penetração rápida e funda. O Valentim deixa escapar uma grande lufada de ar. Como escorrega…
Coloca uma perna por cima da sua cintura, deixando assim a minha vagina exposta, totalmente aberta. Levo a minha mão ao encontro do seu pénis. Coloquei-o entre os meus dedos, senti-lo enquanto me penetra, os meus dedos ficam húmidos. Largo o seu pénis e foi ao encontro do meu clitóris que já sentia falta de algum contacto.
As suas penetrações de lentas e gostosas passaram para penetrações fundas e cada vez mais intensas à medida que o nosso entusiasmo aumentava. Estávamos ambos empenhados, empenhados em dar e receber prazer.
Quando estou prestes a atingir o orgasmo o Valentim pega-me na cara e beija-me. Grito na sua boca. Mordo o seu lábio. Ele beija-me desenfreadamente com aquela língua malandra.
Estou prestes a atingir o segundo orgasmo quando ele me pega e coloca-me de quatro sobre a cama. Cara colada no colchão, ancas bem elevadas e pernas bem afastadas e sem perder muito tempo colocou-se novamente dentro de mim e terminou o seu serviço. Agarrou-me pela cintura e deu-me com cada penetração, que fiquei quatro dias com dores no esqueleto todo.
O Valentim deu-me uma foda difícil de esquecer, ainda por mais sabendo que a nossa relação estando tão no inicio sabemos o que a vida nos pode reservar. “Ou então não”, como ele me dizia cada vez que eu tinha um pensamento negativo e derrotista.
Desde que o Valentim se foi que a nossa relação tem tido picos, há dias em que há muito amor e noutros que nem por isso. Por vezes passa dias sem dizer nada e a desculpa é “tenho trabalho até tarde, nem tempo para mim tenho”, contudo as suas redes sociais indicavam o contrário.
Comecei a fazer o desapego, sem o Valentim nunca entender que me estava a afastar dele aos poucos.
Passam três meses, neste vai e não vai com o Valentim, até que o no meu telemóvel surge uma mensagem do Rodrigo.
“Como estás miúda? Bebemos um café um dia destes?”
Ao ler a mensagem pensei “Que grande lata!”. Depois de meses sem dizer nada reaparece a minha “cruz” do verão passado. Tentámos por algumas vezes ver se a química fluía entre nós de forma a sermos um casal, porém a química ficou-se só pelo sexo.
Com o Valentim em banho maria e sem estar a menos de cem quilómetros pensei:
“Um café nunca fez mal a ninguém! É um velho amigo, nada mais. O que houve, houve mas nós estamos a viver o agora”.
O que vale é que a nossa mente pensa de uma forma, mas a nossa fome sexual pensa de outra:
“Aquele jogo de cintura mulher, já não te recordas? Não faz mal ! Ele aviva-te a memória!!”.
As nossas necessidades mais primitivas são lixadas! Nisto, começo a recordar-me da minha avó há uns anos atrás a dizer-me entre risos:
“Um café não faz mal a ninguém e uma mentirinha também não.”
Estive numa batalha emocional enquanto pensava no que responderia ao Rodrigo. Passadas umas boas horas lá lhe arranjei uma resposta:
“Hey forasteiro! Ainda és vivo?”
O Rodrigo nem deixou repousar a mensagem, respondeu-me num ápice:
“Ainda respiro coisa feia. Sempre bebemos o café?”
Ao ler nem pensei muito na resposta:
“Hoje, depois de jantar? ”
Como usual, foi fácil e eficaz a organização do café com o Rodrigo, há coisas que simplesmente não mudam.
Despachei-me sem pensar muito na roupa que iria levar vestida. Antes de sair de casa procurei por um sinal de vida do Valentim mas nada, nem nas redes sociais. Vou de coração livre ao encontro do Rodrigo.
Ao ver o sorriso rasgado do Rodrigo, assim que os nossos olhares se cruzam, o meu coração aquece. O “primeiro” café com o Rodrigo foi uma mistura de nostalgia e de preocupação, pois através dos meus olhos ele entendeu que eu não andava bem.
- Onde está o teu brilho miúda? Eu quando te conheci tu não eras nada disto – disse apontando o dedo em círculos na minha direcção.
Não tive grande resposta para lhe dar.
Do “primeiro” seguiu-se o “segundo”, o “terceiro”, até que ao fim de algumas semanas nesta brincadeira com o Rodrigo, o Valentim envia-me uma mensagem que me deixa um tanto baralhada das ideias.
“Amor meu, consegui um fim-de-semana grande e queria passá-lo contigo. Venha ter com o seu príncipe! Já reservei o hotel! Não há desculpas!”
Engulo em seco. Não sei o que fazer pois já tinha marcado coisas com o Rodrigo. “O que faço eu agora?”, penso enquanto jogo as minhas mãos à cara.
Após conseguir um telefonema como deve ser com o Valentim, confirmei a minha ida, dentro de quinze dias, à cidade do Porto. Depois de desligar do Valentim, joguei novamente as mãos à cara.
“O que digo agora ao Rodrigo? Bem, tenho pelo menos dois dias para pensar sobre o assunto, depois seja o que for ”, pensei.
Passados três dias encontrei-me com o Rodrigo. Uma noite escaldante, tão escaldante que acabámos por dar uns mergulhos no mar, sobre a luz da lua cheia. O que eu vibrei naquela noite. Fazia meses que ninguém me tocava, estava demasiado sensível. Os seus lábios sobre a minha vagina… sentir a sua língua quente e húmida sobre o meu clitóris seco, humedeci.
Foi uma noite mesmo tirada dos filmes, tudo perfeito sem nada nem ninguém a incomodar. Só nós os dois naquela praia, dentro daquele carro. Contudo, no final eu tinha que falar com o Rodrigo sobre a minha ida ao Porto.
- Olha, sobre aquela ideia maluca que tivemos … lembras-te?
- Sim, o que tem?
- Não pode acontecer, tenho que cuidar das minhas sobrinhas.
- Ah! … Tudo bem, não há problema. Fica para uma próxima.
O Rodrigo era a compreensão em pessoa. Um homem tão sensível e querido. Um verdadeiro doce de pessoa.
Na noite antes de partir para junto do Valentim pedi ao Rodrigo para vir tomar um café comigo. Eu queria “matar saudades” antes dos dias que se avizinhavam.
O café transformou-se noutra noite escaldante dentro do Audi A5 dele. As noites com o Rodrigo eram sempre de outro planeta. Um filme pornográfico feito com muita dedicação e carinho. As horas passam e nós continuamos a dar-lhe. Lá está a química!
Ao acordar na sexta-feira de manhã, tinha o corpinho todo amassado. Vejo-me ao espelho para ver se há “provas do crime”:
- Nada! Estou livre de perigo!
Passo o dia com um nó no estômago. Estou entusiasmada mas ao mesmo tempo estou ansiosa e reticente sobre como será a reação do Valentim quando me vir. Não sei no que pensar, só quero mesmo é que chegue a hora de sair do trabalho para poder pegar no carro e meter-me a andar, em caminho de um fim-de-semana cheio de surpresas.
Quando chego à localização que o Valentim me tinha enviado eu nem queria acreditar. Não tinha nada a ver com o que eu tinha imaginado. Fui parar duas noites a um hostel com paredes demasiado finas.
O fim-de-semana teve os seus pontos altos e baixos. Sendo que os altos foram as gargalhadas quando estivemos bêbados e quando fazíamos sexo que nem dois selvagens. Sentir o Valentim novamente deixou-me tão confusa como ao mesmo tempo segura de que voltei para “casa”. Os baixos foram as discussões quase que constantes e o forçar constante para termos sexo em qualquer sitio e em qualquer momento, sem se incomodar com as pessoas ao nosso redor.
- Senti a tua falta. Do teu calor. Do teu toque no meu cabelo. Sabes, ninguém o faz melhor que tu.
Olha-me com um olhar demasiado ternurento, olhos a brilharem e com um sorriso demasiado meloso. Aquele olhar desarmou-me.
Em poucos milissegundos a minha mente reuniu todos os momentos que vive junto do Valentim e igualei às vivências criadas com o Rodrigo, mesmo sabendo que este nem fazia parte da equação. O meu coração começou a bater novamente. Não conseguia olhar nos seus olhos e dizer-lhe que não. A distância faz coisas destas, desperta o que já estava quase extinto.
O reencontro na sexta teve bastante acção. Os nossos corpos queriam tocar-se o máximo que conseguissem sem qualquer tipo de barreira. O quarto do hostel estava à temperatura ideal quando chegámos mas muito depressa isso se alterou. Tanto os lençóis como as fronhas das almofadas estavam alagados.
Estávamos cansados, ofegantes e sedentos por mais, mas o calor que sentíamos deixava-nos os corpos moles, sem qualquer tipo de reação, apenas conseguíamos estar deitados, de corpos colados devido à transpiração.
O sábado foi perfeito. Pequeno-almoço na cama com direito a sobremesa, seguido de um bom banho com direito a uma massagem bem demorada. O Valentim estava a tratar-me que nem uma princesa.
Estava a lidar bem com a situação até que recebo uma mensagem do Rodrigo a meio da tarde.
- O teu telefone tocou. Quem era? Era a mãe a ver de ti? - pergunta-me muito sorridente.
Meio atrapalhada coloco o telemóvel de parte e respondo-lhe dizendo:
- Sabes como ela é!...
Ao chegar o final do dia, a hora do pôr do sol cada vez mais perto, o Valentim leva-me a vê-lo do Palácio de Cristal. Obviamente que todo aquele seu carinho e compreensão com a minha pessoa seria recompensado.
Ao regressarmos ao quarto, fui meter a água da banheira a correr enquanto que o Valentim pedia o jantar. Retirei calmamente o vestido à sua frente enquanto ele ainda estava ao telefone com o room service. Os seus olhos aguçam-se ao mesmo tempo que morde o lábio. Aquele olhar sedutor fez-me estremecer. Fui ao seu encontro, sentando-me de forma sedutora no seu colo. Lancei-me à sua orelha e depois ao seu pescoço, A minha língua lambuzava tudo à sua passagem. Trinquei a sua orelha ao de leve. Ofeguei junto do seu ouvido e digo-lhe:
- Quero-te foder ! - afasto-me dele e continuo – Vou ver a temperatura da água. Já venho tratar de ti, não te mexas!
Cheguei em boa hora, a banheira estava prestes a transbordar. Evitei um dilúvio. Fecho a torneira da banheira e vou ao encontro do Valentim, que já se encontrava despido.
- O que foste tu fazer? - digo-lhe num tom irritado.
- Como assim?!
- Eu disse-te para não te mexeres e agora encontro-te nu.
- Mas eu continuo aqui.
- Sim , mas nu. - trocando de planos na minha mente até que continuo – Vá anda – pego-lhe brutamente pelo pulso – 'Bora para a banheira!
Ao longo do banho, que foi bastante demorado, dei-lhe um relaxante e bem merecido banho. Aquele homem mimou-me bem ao longo do dia. Ao passar o gel de banho no seu corpo eu demorava-me ao percorrer a sua pele. Sentir cada detalhe. Tinha saudades para matar, mas estava era a criar mais. Quando foi a sua vez, foi um banho bem mais rápido.
- Quero meter a minha língua no meio das tuas pernas – disse-me enquanto me apertava as duas nádegas.
Fico um pouco constrangida com aquela mudança abrupta, mas acedi ao seu pedido. Ao levantar-me da banheira ele entendeu que lhe estava a fazer a vontade. Enrolei-me numa toalha e fui-me deitar na cama. Ele seguia-me atentamente com o olhar, sentia-o a olhar-me para a cintura.
Coloco-me no meio da cama de pernas bem abertas, começo a tocar-me. O Valentim coloca-se a meio da cama e fica a observar. Vejo o seu pénis a aumentar aos poucos. Com o seu olhar vai-me comendo calmamente.
- Anda... Estou tão húmida... Toca-me. - digo-lhe.
Aos poucos aproxima-se do colchão. Desliza até ao meio das minhas pernas. A sua língua é tão marota e doida! O que aquela língua deambulou sobre a minha vagina. Contudo, a excitação foi tanta que ele não demorou muito até me penetrar. “Tal era a fome de boca”, pensei.
Agarrou-me nas pernas, elevou-as e abriu-mas bem, enquanto me penetrava com uma intensidade monstra! Arrebentou comigo naquela noite. Tratou-me que nem uma boneca naquela noite. Virava e revirava-me sobre a cama. Era o pénis dele na minha vagina e os seus dedos safados a rondarem o meu ânus. Foi uma sensação desconcertante. Os nossos corpos colavam devido ao calor mas o nosso desejo fazia-nos continuar. Coloco-me em cima dele, ofegante diz:
- Faz-me vir. Tu dás cabo de mim, mulher!
Meti-o novamente dentro de mim e vagarosamente rodei as minhas ancas sobre o seu pénis que estava tão endurecido e quente. O seu pénis era tão gostoso!
Da calma passamos à correria, de rodares calmos passamos para saltos misturados com gritos bastantes agudos. Aquele pénis preenchia-me de uma maneira inesquecível. Ao olhar para mim e para os meus movimentos o Valentim começa a estimular o meu clitóris com uma mão e com a outra apertava e torcia o meu mamilo esquerdo que estava teso, duro e desejoso por um toque.
Todo aquele movimento levou o meu corpo ao clímax. O meu corpo não aguentou mais e sucumbiu num orgasmo, porém como ele não tinha chegado lá, ajudou-me a manter a velocidade e intensidade das minhas penetrações, mas o meu corpo estava exausto. Coloco-me então de cócoras sobre ele e ele dá conta do resto. O meu corpo aquece cada vez mais. Toco-me. Sinto com os dedos as suas investidas. Tenho os dedos húmidos, com a mistura dos nossos fluidos. Levo os dedos à boca para sentir aquele sabor. O Valentim estremece e agarra-se à minha cintura com bastante firmeza ao atingir o orgasmo. Deixo-me cair sobre ele, mas muito depressa deito-me ao seu lado. Estávamos ambos ofegantes, com o coração super acelerado.
- Com isto tudo, o que é o jantar? - digo-lhe entre risos.
- Acabei por não pedir. Tu parecias bem mais apetitosa do que o jantar. - dá uma gargalhada.
Ponho uma cara de poucos amigos e ele entende que “Vou pedir o jantar” é a frase que ele tinha que dizer.
- Vou já ligar amor, calma.
Que fim-de-semana!
Domingo acordo com o Valentim bem agarrado à minha cintura enquanto me deixa os cabelos molhados com saliva. Mas mesmo estando incomodada não fui capaz de o acordar. Afastei-me um pouco dele e fiquei a vê-lo durante algum tempo, até que finalmente o acordei.
- Amor, anda tomar banho que daqui a pouco temos que ir embora.
Parecia um puto a fazer birra.
- Só mais um bocadinho – disse-me aos balbucios.
Quando saímos do hostel procuramos um sitio para almoçarmos.
- Não queres ficar e vais depois amanhã? - pergunta-me no final do almoço.
- Amanhã?! O quê?! Estás a dizer sair daqui a meio da madrugada e depois ainda ter oito horas de trabalho pela frente? Só podes estar a brincar comigo Tim!
- Por acaso, estava. Mão gostas da ideia? - diz com um olhar esperançoso.
- Nem a gozar!
O ambiente em tons rosa muito depressa ficou cinzento. A despedida não foi a mais desejada mas foi o que se teve. Parti a meio da tarde, deixando a cidade do Porto e o Valentim para trás. Tinha que me concentrar, pois tinha o Rodrigo à minha espera para tomarmos um café perto das dez da noite.
Ao estar cada vez mais perto de casa sentia, novamente, um ardor no estômago. O meu telefone toca. Uma mensagem do Valentim:
“Espero que chegues bem a casa. Um beijo meu amor.”
Não lhe cheguei a responder à mensagem, nem depois mais tarde naquele dia nem nos dias que se seguiram.
Ao estar com o Rodrigo e nem em menos de vinte e quatro horas tinha estado com o Valentim, sentia-me mal. Mal por eles e mal por mim própria. Nenhum deles merecia aquilo, aquela ideia de que somos algo, mas que na verdade nada éramos. No final das contas ficámos com historias, momentos e gargalhadas para recordar. Não é preciso chorar mas apenas encarar a situação e aprender com ela para no final te questionares:
"Voltavas a repetir?”
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...