10 Mai, 2021 Um reencontro - Parte II
A minha tesão é tanta que não consigo parar...
Nenhum restaurante da aldeia perdida no meio de nenhures está preparada para receber cerca de trinta pessoas, ainda por cima, todas ao mesmo tempo e cheias de fome e com muita vontade de falar todos ao mesmo tempo, logo em época de covid. Mas, entretanto, a matriarca da família meteu toda a gente na linha e rapidamente conseguiu organizar ali o esquema e facilitar o trabalho ao restaurante. Bitoques para toda a gente!
Desta vez fui eu ter com ele.
- Então já pediste o meu Martini ou só pediste para ti?
- Queres? Vou buscar.
- Claro que quero! Já devias ter um na mão à espera para quando eu chegasse.
E lá foi ele buscar.
Volta com o meu drink.
- Está aqui. Branco, com gelo, sem limão.
- Isso mesmo. Não te esqueces, vês! Que bonitinho!
- Posso dizer-te uma coisa?
- Hmmmm… estou com medo!
- Não sejas parva!
- Vá, está bem. Podes! Diz lá!
- Estás tão bonita…
Fico enternecida com a forma e o olhar com que ele diz aquilo e fico sem saber o que lhe dizer. Perco-me ali cinco segundos a olhar para ele.
- Ficaste sem resposta? – pergunta-me.
- É! Não é costume, mas desta vez conseguiste. É que costumas falar sempre tão a brincar e agora senti que foi tão a sério que fiquei sem saber o que te dizer, mas gostei de ouvir.
- Então quer dizer que se for a sério tu não sabes lidar comigo!
- Sei, simplesmente não estou habituada a isso, mas também me acostumo, basta que aconteça mais vezes.
- Queres que te diga mais vezes que estás tão bonita?
- Não. Quer dizer, podes dizê-lo, mas referia-me só a falares a sério mais vezes, o que raramente acontece. Passávamos a vida na brincadeira um com o outro e…
Ele interrompe-me.
- E brincámos tempo demais quando devíamos ter falado mais a sério. O tempo passou e as coisas não aconteceram porque sempre fomos uns palhacinhos um com o outro e no fim era tudo só medo de falar.
- Meu Deus. Estás a falar tão a sério.
- Pois estou. E agora?
- E agora o quê? – pergunto-lhe indignada.
- Sabes do que falo. Assim que te vi a chegar à capela lembrei-me da nossa conversa e senti tudo de novo. Eu sei que não é hora, não é altura nem o momento muito menos estou já numa fase da minha vida em que possa brincar e arriscar, mas a verdade é que quando te vejo me vem tudo outra vez à memória. É mais fácil se estiveres longe. Quando estás por perto não consigo e nem te quero resistir, porque me fazes sentir coisas tão boas.
Suspiro. Olho à nossa volta e tento perceber se alguém se apercebe da nossa conversa. Principalmente a Cláudia, a sua mulher, mas essa sabe que nós somos tão chegados que nem imagina o tipo de conversa que decorre para aqui.
- Tens noção de que aquilo que tu me estás a dizer é muito sério? Tens noção de que eu sinto o mesmo que tu, mas a diferença é que até tu falares eu estava a guardar tudo para mim, mas agora, neste exato momento tenho vontade de concretizar tudo aquilo que dissemos que queríamos mas que nunca aconteceu e digo-te isto agora mesmo a olhar nos teus olhos. E agora pergunto-te eu, e agora?
Ele olha para mim muito sério. Oiço os seus pensamentos. Ele não quer dizer que não. Longe disso, mas pressinto que apenas procura uma solução.
Responde-me.
- E agora vai ter que acontecer. Ainda hoje.
- Só pode ser hoje e provavelmente agora. Sabes que me vou embora depois de almoço.
- Não podes ficar nem mais um dia?
- Não. Tenho também afazeres.
Conhecemos aquele restaurante desde pequenos. Sabemos que na parte de trás não existe nada a não ser bidons e entulho do género e barracões vazios. Ninguém vai para lá, muito menos na hora do serviço, como a hora dos almoços.
Ele respira fundo. Pega-me no braço e puxa-me.
- Anda comigo.
Fico surpresa com aquele ato de coragem. Estava, literalmente, borrada de medo que alguém o tivesse visto fazer-me aquilo.
Puxa-me para dentro de um barracão e fecha-nos lá dentro. Ficamos às escuras, apenas com uns poucos raios de luz que entram por entre as vigas de madeira.
- Ai Tiago, o que estás a fazer. E se alguém nos viu?
- Não penses nisso agora. Já está feito.
Beija-me finalmente. Passados anos de infância e adolescência em que fantasiamos com aquele momento, o momento finalmente acontece.
Só assim eu consegui esquecer o resto do mundo que estava lá fora.
- Finalmente sinto a tua boca. – diz-me.
Beijavamo-nos incessantemente. Não queríamos parar. As suas mãos percorriam o meu corpo todo. Ele queria tocar-me toda. Não sabia por onde começar, mas não queria perder nem mais um minuto, nem mais um segundo. Já tínhamos perdido muitos anos.
- Toca-me. Quero sentir as tuas mãos na minha pele, dentro de mim.
Despertei mais ainda aquele bichinho que ele já tinha aceso dentro de si.
Começa a morder os lóbulos e a colocar as suas mãos ansiosas e transpiradas dentro da minha camisola subindo até ao meu soutien.
- Chupa. Morde. – digo-lhe uma vez mais.
- Quanto mais falas, mais vontade eu tenho de ti.
Começa a despir-me as calças deixando-as pelas coxas, vira-me ao contrário. Mete o seu pau de fora. Morde-me, beija-me o pescoço, sinto a sua gana nos suspiros que se fazem sentir ao meu ouvido. Isso deixa-me cheia de tesão.
- Que tesão que me dás Tiago.
- Foda-se. Como eu queria ouvir-te dizer-me isso. Como eu queria que isso acontecesse.
- Então, agora dá-me mais.
Ele cospe para a mão e lubrifica assim mesmo entre as minhas nádegas. Eu masturbo-o assim mesmo de costas e coloco aquele pau duro no meu rabo, mas sem se fazer penetrar.
- Aperta-me e deixa-me ainda mais louca de tesão. Estou tão molhada.
- Aaaaai foda-se. – responde-me assim cheio de vontade de mais.
Começa a apertar-me os seios, ao mesmo tempo que me aperta o pescoço e o puxa para trás, me morde o pescoço e depois vem à minha cintura e o puxa para si.
Eu agarro na sua mão e levo os seus dedos à minha boca. Faço-o como se estivesse a chupar o seu pau e gemo. Depois disso levo a sua mão à minha vagina, empinando o meu rabo mais para trás para que ele sinta o seu pénis ainda mais próximo de si e faço-o masturbar-me e penetrar-me.
- Nunca pensei que tu fosses assim!- diz-me.
- Há tanta coisa que tu ainda não sabes. – respondo-lhe. – Bate-me.
- Hmm? Queres que te bata?
- Quero!
- Tu vais dar comigo em louco.
- Eu quero muito.
Ele começa a usar da sua mão para me bater, tal como eu pedi e sente a minha tesão a aumentar cada vez mais e não aguentamos. Queremos penetração, urgente!
Deito-o no chão e monto-me em cima dele.
A minha tesão é tanta que não consigo parar.
Sinto que ele começa a ter muito prazer e tapo-lhe a boca para que não seja ouvido. Ele faz o mesmo comigo. Não conseguia parar de saltar em cima dele.
- Eu quero-te comer também.
Atira-me para o chão e vem mesmo por cima de mim, penetrando-me fundo, estimulando o meu clitóris ao mesmo tempo e deixando-me louca de prazer. Que vontade que eu tinha de me expressar. O prazer era enorme.
Por fim, fi-lo vir-se, chupando-o e deixei que se viesse na minha boca mesmo. Ele ficou incrédulo.
- Eu não consigo acreditar que tu és tudo isto. Eu não tinha esta ideia.
- Então, agora guarda esta nova ideia que tens de mim que vai ser a única coisa que vais ter até nos voltarmos a reencontrar.
E assim terminámos aquele momento de concretização. Passámos o resto do almoço e da tarde aos sorrisos um com o outro como se não acreditássemos no que tinha acabado de acontecer.
Ao final do dia fui-me embora, voltar à minha vida.
Recebo uma mensagem:
“Que os momentos sejam eternizados e que os reencontros nunca acabem. Até ao próximo vou sempre lembrar-me de ti. ”
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...