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14 Januar, 2017 Quando achamos que elas gostam mesmo de nós

O que é ilusão e o que é verdade...

Voltei ao Bar... Sorri para a minha amiga e disse: "Boa noite". Recordando anteriores visitas, pedi "Um café, curto, por favor!"

Quando achamos que elas gostam mesmo de nós

Deliciei-me com o bambolear irritado da menina. Serviu-me exemplarmente... Em chávena de loiça e tudo!

Poupei-a a nova tortura e pedi uma água tónica com limão. Recebi uma daquelas manhosas Snappy e um grande Sorriso.

Não sei se sorria porque gosta de servir água tónica, em vez de café, se pelo gozo de me estar a servir uma coisa tão fraquita.

Ela deveria estar a pensar:

Bem feito! Se bebesses um Gin servia-te uma Schwepps a acompanhar!

Claro que metade deste filme deve estar na minha cabeça e a moça apenas estava a tentar ser amável...

De bebida em punho, com um ar mais decente que uma Coca-Cola, dado que poderia ser um Gin, dei uma volta a este local, onde há tanta beleza.

Estava fraquito. Deveria ser a hora de ponta e estavam a trabalhar.

Fui para um canto ver televisão e beber o meu Gin falso.

Lembrei-me que se calhar, já me consideram "Mobília". E reconheço que me irritou um bocadinho...

[Nota: para perceber melhor, ver o texto anterior]

Aguardei e então foram chegando e ficando por lá cada vez mais mulheres e menos homens. Senti-me um sortudo, um eleito por ser agora eu o alvo de tantas atenções e olhares.

Como sempre, mantive-me discreto. Apareceu então, a minha amiga de anteriores loucuras. Fiquei encantado! O sorriso dela, claramente satisfeita por me ver. Só podia ser verdade e não ilusão minha. E não era do inexistente Gin de certeza...

Falámos um pouco, subimos, mas desta vez com tempo controlado da minha parte, disse-lhe eu.

A desilusão no rosto dela foi enorme - novamente achei que ela gosta mesmo de mim.

Fiquei a pensar na inusitada situação. Nomes falsos... Falta de forma de contacto... Mas estávamos mais interessados em pensar noutras coisas e, com enorme entusiasmo, nos lavámos, despimos e demos asas à nossa imaginação.

No final, abraçados, pedi-lhe o telefone, para nos encontrarmos um dia fora dali. Ela anuiu e eu disse-lhe que não lhe podia dar o meu (novamente o olhar de desilusão dela foi enorme!). Fiquei duplamente satisfeito: deu-me o número dela e confirmou com o olhar que gosta mesmo de mim :)

Tinha de partir, pousei o que acordámos na mesa de cabeceira - com um extra que ela viu e agradeceu -, mas ficámos com aquele amargo de quebra, do fim, daquele momento.

Saímos do quarto juntos, ambos satisfeitos com aquele tempo passado juntos. Ela gosta mesmo de mim, pensei eu... Mais uma conquista ;)

Desenganem-se! Tratem-nas bem que elas recompensam-nos da melhor forma :)

O que é ilusão... O que é verdade... Nunca sabemos, mas sejam carinhosos... Recebem sempre muito mais!

Até breve,

MC

Miguel Carmo

Miguel Carmo

Apreciador da beleza humana, especialmente da beleza feminina. Curioso de natureza, partilhando as experiências que a vida proporciona e ajudar as mulheres a estar sempre no seu melhor.

+ Miguelcde1971@gmail.com

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