02 März, 2020 Festas Loucas
A Laura guiou-me ao longo da noite, desde o vinho ao meu toque desajeitado.
A Laura sabia o que fazia, o que queria e como o queria. Deixei que me guiasse nesta nova experiência...
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Durante anos, fomos colegas de turma, até que finalmente chegámos ao derradeiro ano em que nos separámos. Cada uma escolheu uma faculdade diferente da outra, o que seria o mais normal de acontecer.
Os anos de faculdade passaram-se e o contacto com a Laura foi-se dissipando. Só sabia algo dela consoante as suas publicações que fazia aos poucos nas suas redes sociais. A Laura era de outro mundo e colocava o meu em parafuso. Ficava completamente vidrada nas suas fotografias. A forma como os seus olhos sorriem quando ela sorri, as suas curvas bem delineadas, o seu cabelo longo e platinado na sua pele bronzeada, cor de mel. Uma pessoa como tantas outras, mas para mim um pecado andante.
No último semestre da faculdade, lembrei-me de eu e mais uns colegas irmos até à festa universitária da Faculdade de Castelo Branco.
- Que queres ir fazer para tão longe quando temos as melhores festas aqui em Lisboa? - perguntou-me o Pedro ao ouvir a minha ideia disparatada.
- Já viste o cartaz? Eu pelo menos prefiro. Podíamos passar lá o fim-de-semana. Pensem nisso maltinha!
- Epá, és capaz de ter razão, mas eu vou pesquisar mais a finco. - responde-me o Alfredo.
- Então, num próximo café, é para ter isso assente. Pensem nisso! - digo enquanto me afasto da mesa de café.
A ideia ficou no ar prestes a dar frutos...
Os dias passaram e aquela malta sem dizer se queria ou não ir com a minha ideia. Faltam duas semanas para a semana académica em Castelo Branco e aquela gente não se decide.
Menos de dez dias para a dita festa, até que, finalmente, o Pedro me envia uma mensagem a dizer que no próximo café se iriam colocar os pontos nos is.
- Então!? - digo ao chegar perto da maltinha no café do costume – Como estamos alminhas?
- Bem, vamos lá falar de coisas sérias... - diz a Vera a cortar logo o clima de animação.
Após muitas discórdias, lá chegámos a um consenso e concluímos como iríamos e onde iríamos dormir.
Aquele pequeno fim-de-semana iria ser de arromba!
Sexta-feira, já em Castelo Branco no meio da festança.
Estamos a meio do concerto da Blaya, a multidão toda ao rubro, aos saltos, até que eu tenho um pequeno deslumbre de uma pessoa que me deixa apreensiva:
"Eu não te conheço?", pensei.
No meio de tanta gente, era fácil confundirmos as pessoas.
- Vou buscar mais uma, queres alguma coisa? - grito ao ouvido da Mónica.
- Não, estou bem. A Vera já tratou de mim.
Enquanto esperava pela minha vez de ser atendida na tendinha da cerveja Sagres, ao olhar ao meu redor, vejo-a novamente. Não era uma miragem, era a Laura. Estava ali, a menos de dez metros de mim. Saiu da fila, sem me incomodar com o facto de ser a próxima pessoa a ser atendida. Corro ao seu encontro.
- Laura! - digo enquanto me abraço a ela.
- Guida! Há tanto tempo, minha querida!
Ficamos naquele abraço apertado ainda durante um bocado. Não nos conseguíamos largar.
Após algum tempo, afastamo-nos e recompusemo-nos. Queríamos colocar a conversa em dia. Até que a Laura sugere:
- Dá-me a tua mão e segue-me.
- Como assim?
- Tenho uma ideia.
Segui-a sem medos. Deixei os meus amigos no recinto da festa e segui a Laura pelo meio das ruelas, até que esta pára junto de uma grande porta verde.
- Anda, entra. Está tudo bem.
- Onde estamos mesmo? - digo assim que passo pela porta.
- Anda – diz ao pegar-me na mão – Vem até ao meu quarto. Aqui estamos mais à vontade.
Aquilo tudo estava a ser demais para o meu coração inexperiente. O quarto da Laura continua igual, mas numa localização diferente. Continua a ser a Laura de há anos. O seu cabelo deambulava de um lado para o outro quando mexia a cabeça, estava hipnotizada.
- Anda, senta-te aqui perto de mim e conta-me... Vem contar-me uma história. - diz-me enquanto dá pancadinhas no sítio onde ela quer que eu me sente.
Estamos a meio da noite e a conversa com a Laura flui como sempre fluiu, parece que os anos em que estivemos separadas não existiram. A Laura guiou-me ao longo da noite, desde o vinho ao meu toque desajeitado. Eu ficava envergonhada a cada toque mal executado enquanto que ela soltava gargalhadas e dizia que não fazia mal, pois até lhe agradava que eu fosse assim, uma trapalhona desajeitada.
- Vamos com calma, sim?
Diz ao pegar na minha mão e colocá-la dentro das suas calças. Sentir as suas cuecas molhadas. Os meus olhos brilham com o que o meu corpo acaba de experienciar.
- Queres mais? - diz enquanto morde o lábio inferior.
Com o seu auxílio coloquei a minha palma da mão sobre o seu sexo. Agarrei-a. Senti o seu calor na minha mão. Ao apertá-la, o meu dedo médio sentiu a sua humidade ao enterrar-se na sua vagina. A Laura deixa escapar um pequeno gemido, bem gostoso de ser ouvido.
As minhas mãos deambulam sobre o seu corpo, queria conseguir decorar todos os seus contornos na minha mente. Queria ficar com este momento eternizado na minha mente, pois não sabia quando a iria voltar a ver, ou ter nos meus braços.
A noite com a Laura foi desequilibrante. Deixou-me tão fora de mim que me esqueci por completo dos meus colegas de faculdade. Mas, contudo, o melhor do meu fim-de-semana ocorreu dentro daquelas quatro paredes, tão bem decoradas como só a Laura sabe fazer.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...