19 März, 2020 Família feliz - Parte II
A continuação da história de uma família feliz...
Na manhã seguinte não conseguia arranjar forças para me levantar da cama. Sentia-me física e mentalmente esgotada com o que se passara durante a noite. Sentia-me suja e envergonhada… Sobretudo, envergonhada pelo prazer que não tinha conseguido evitar e que derivava de algo tão sórdido como o incesto.
É verdade que todos, quando somos jovens, fantasiamos um pouco com os nossos pais. Não vou dizer que, antes de meter a roupa na máquina, nunca cheirei e lambi as cuecas sujas do meu pai ou do meu irmão – como, provavelmente, eles cheiraram as minhas! Por isso os complexos de Édipo e de Electra como a psicologia os conta.
Mas daí a levarmos esses instintos à prática vai uma grande distância e, agora que o tinha experimentado na pele, sentia-me desnorteada e não conseguia travar aquelas imagens concretas no meu espírito condoído.
Vinha-me vivamente à memória o momento em que o meu pai me penetrou. Grande, grosso, lento, a abrir-me toda…
Levei as mãos à cona, que parecia ter acordado primeiro que eu. Estava molhada e gelatinosa. Os odores que exalava não eram o meu cheiro natural, mas uma mistura de suores espapaçados, novos e recentes. Os restos da esporra do meu pai tinham secado nas minhas bordas, formando pequenas crostas que o meu sumo matinal amolecia.
Visualizei o seu caralho de burro, que a escuridão não me tinha deixado ver. Via-o bem teso, com as bolas peludas, a gotejar da glande... Um tronco de carne muito vermelha à minha espera para me enfiar nele. Senti vontade de o comer, de o meter na boca e chupar até o arrancar da raiz.
Recordei os gemidos do meu pai enquanto me fodia, o seu grito abafado quando se veio dentro de mim...
Acelerei o movimento dos dedos dentro da cona, mordi um braço para ninguém me ouvir e vim-me abundantemente.
Em vez do meu duche diário, nessa manhã preferi tomar um banho de imersão. Deixei-me estar durante muito tempo a sentir a água quente temperar-me a pele, massajar-me o corpo nu. Abri as pernas e senti-me aberta, escancarada, permissiva. Mais do que tudo, senti-me “transformada”. Havia uma pessoa anterior e uma pessoa posterior a ter sido fodida pelo meu próprio pai. Tive que masturbar-me outra vez…
Quando desci para a cozinha percebi que a casa estava vazia. Estava atrasada para a escola e tanto o meu pai como o meu irmão já tinham saído.
Ao contrário dos dias anteriores, em que atrasava o regresso a casa temendo o momento do reencontro com o meu pai, passei o dia a antecipar esse regresso. Não que o quisesse confrontar ou abordar o assunto. Não sei explicar. Queria voltar a estar ali, indefesa, à sua mercê, para o que desse e viesse. A imagem daquele caralho de homem não me saía da cabeça…
Mas para minha grande frustração, quando voltei ele não estava lá. Deixara recado no frigorífico dizendo para não o esperarmos para jantar.
De modo que fiz a refeição apenas com o meu irmão. Foi quando ele, sem eu estar minimamente à espera, me disse algo que me fez estremecer dos pés à cabeça:
– Sei o que fizeste ontem à noite!
Deixei cair a colher e espirrei a sopa por todo o lado.
– S…sabes? O quê?
– Ouvi-vos do meu quarto.
Fiquei sem saber o que dizer.
– És uma porquinha, não és?
– Do que… do que é que estás a falar?
– De ti e do pai.
Não sabia como havia de lhe responder, por isso menti com todos os dentes:
– Não sei do que estás a falar…
– Sabes, sabes. Mas não te preocupes. Não vou dizer a ninguém. Quer dizer, se fizeres qualquer coisa por mim… Sabes como é: uma mão lava a outra e as duas lavam o cu.
Repeti a mesma mentira, mas novamente sem nenhuma convicção:
– Não faço ideia do que estás a dizer. Acaba mas é a sopa para comermos o segundo prato.
– Fazemos assim – disse ele, ignorando por completo a minha mentira. – Eu não digo aos teus professores, aos teus amigos, aos meus amigos, aos amigos do pai, à tia Júlia, aos nossos vizinhos todos… que tu todas as noites seduzes e fodes o teu próprio pai na tua cama… Em troca, vens até aqui, deixas-me lamber-te as maminhas, pões-te de joelhos, tiras-me o pau para fora e chupas até eu me esporrar todo para dentro dessa boquinha de puta! O que é que dizes?
Fiquei estarrecida e a tremer! Era a proposta mais indecente, mais nojenta, mais grosseira que alguma vez tinha ouvido na vida! Levantei-me da mesa, determinada a ignorá-lo, e ia subir para o meu quarto quando ele pegou no telefone e começou a marcar um número.
– Tu é que sabes. Estou sim, tia Júlia…?
Arranquei-lho o telefone da mão e desliguei. Assim, entre a espada e a parede, percebi que não tinha outro remédio senão fazer o que ele queria.
– Não tenhas medo, anda cá…
Aproximei-me dele e as suas mãos começaram logo a apalpar-me toda, o rabo, as mamas, a cona…
– Tira a camisa. Sabes o que tens a fazer…
Desabotoei a camisa e baixei as alças do soutien. Puxou-me logo para ele e começou a beijar-me as mamas e a chupar-me os mamilos. Apesar dos seus modos bruscos, senti-me excitada e os meus mamilos endureceram. Claro que ele reparou nisso…
– Estás a ver como tu gostas, maninha? És uma porquinha como há poucas por aí… Vá, desaperta-me as calças.
Fiz o que ele mandou. Agachei-me à sua frente, despertei-lhe o cinto e desabotoei-lhe a braguilha.
– Tira-o cá para fora.
Peguei-lhe no caralho, que já estava duro e a babar-se.
– Mete-o na boca.
Fiz como ele disse e comecei a chupar. O meu irmão pegava-me na cabeça e empurrava com força, de tal forma que sentia a sua glande tocar-me no fundo da garganta. Quase não conseguia respirar. Já ele, respirava cada vez mais depressa…
– Usa a língua, foda-se. Ai caralho, chupas mesmo bem!!
Não me largava a cabeça, portanto era ele que impunha o ritmo dos movimentos.
– A partir de hoje vais fazer-me um broche todos os dias – dizia, com voz de porco.
– Podes guardar a cona para o teu pai, mas essa boquinha é minha para eu usar a abusar quando quiser! Ouviste, puta?
Era uma pergunta retórica, pois mesmo que eu quisesse responder não poderia, com a boca assim, cheia de caralho.
Obrigou-me a mamar durante muito tempo, até que, com violência, empurrou-me a cabeça ainda mais contra si e, com um urro selvagem, começou a vir-se dentro da minha boca.
Senti toda aquela esporra salgada inundar-me a garganta. Era quente e espessa e vinha em jactos que pareciam nunca mais acabar. Quando finalmente terminou, limpou o caralho nas minhas bochechas e afastou-me com repulsa.
– Vai mas é lavar essa boca antes que o pai chegue.
(continua...)
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com