15 September, 2019 "Pussy fart": o peido de cona desmistificado

Quem nunca quis soltar um riso abafado depois de um arroto da boca do corpo?

Parece que somos muito avant-garde em discutir anal ou oral no café, não somos? Nada disso. O verdadeiro tema que continua a ser evitado de falar por todos em praça pública é, inevitavelmente, algo que não se pode fugir. Excepto se fazes da tua mão a eterna amante de noites frias.

Felizmente que o meu circulo de amizades sempre me deu um grande à vontade a debater assuntos do foro do pinanço. Tanto me delicio com relatos de amigas que “experimentaram” algo uma com a outra (delicio = excito-me), revelam-me como e onde se costumam tocar, se já fantasiaram foder comigo, se gostam de levar por trás ou se gostam que se venham na cara delas e penso que não há assunto que seja proibido de ser discutido, debatido e analisado. Menos um. Existe um que já por algumas vezes toquei e gerou-se ali umas mãos na cara e uns risos abafados de vergonha acompanhados por um ríspido “que nojo, não vamos falar disso”.

Ora, então… vamos falar disso? Vamos!

Peido de cona

Não há termo cientifico para o peido de cona. Peido de cona é peido de cona. Ponto. Não existe algo chamado “flatulência de vagina”, pois não? Ou “gás de rata”, certo? O peido de cona é uma entidade por si mesmo e tem perdurado ao longo dos tempos, por muito que caralhos cresçam e conas apertem. Um autêntico fóssil dos tempos primórdios da foda, o peido de cona não é nada mais nada menos que um resultado de choque de forças: a força do caralho contra a resistência do ar que provoca uma deslocação de uma massa de ar através das paredes da cona e que ao serem comprimidas pelo barrote, produzem um sonoro “prrrrrrrrruen” (de certeza que há uma equação filha da puta que explica isto, mas eu não estou para andar aqui a desenhar caralhos com vectores e equações da piça. Literalmente).

O nosso primeiro contacto com este fenómeno foi em tenra idade de actividade sexual. Lembro-me do meu primeiro peido de cona como se fosse ontem. Ela chamava-se Cátia e aquilo não era uma cona, era uma corneta (curioso que ela também soprava na minha). O primeiro “prrrrrrrrruen” em ré menor deixou-me perplexo.

“Foda-se… mas a cona dela é soprano? Que merda é esta?"

Realmente, o peido de cona se for algo sincopado a acompanhar os movimentos vai-vem torna-se algo incómodo que nem os gemidos conseguem ocultar resultando num “ai prrrrrrrrruen ai prrrrrrrrruen ai prrrrrrrrruen” deveras irritante. Nestes casos convém mudar o angulo da coisa ou talvez meter a tipa de quatro. lhe dobrar um bracinho, afundar-lhe a cara na almofada e espetar-lhe um sprint de picha por trás para a fazer gritar mais alto do que os peidos de cona.

Há quem reaja com humor. Há quem fique envergonhado. Elas mais que eles. A sensibilidade maior da mulher para questões do foro sonoro que sejam associadas com escatologia, faz com que as mesmas reajam assim. Na minha humilde opinião é simplesmente ignorar e fazer de conta que nem reparámos. E nada de começar com macaquinhos na cabeça de que não possuímos perímetro de pila para a preencher e é por isso que os peidos de cona são tão molto vivace. Se de facto existe um rácio diferencial gigante entre cona/caralho, não se preocupem com os peidos de cona pois os mesmos passam a vendavais de rata (em vez de prrrrrrrrruen é um woooooooosh).

Até hoje não conheço alminha que se excite com o peido de cona. De certo que os há. Há pessoal que se excita com infiltrações de água se for preciso, meus amigos.

Apreciem os peidos de cona e aceitem-nos como parte integrante de um acto e não como um incidente de percurso. Não se trata de uma lomba colocada ali, trata-se de um sulco na estrada e não é por isso que vamos abrandar ritmo: ignoramos.

Não sejam coninhas, seus peidinhos.

Até quarta e boas fodas!

Saúde & Vida Sexual