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19 April, 2020 Diário da Quarentena: rapem o matagal a Sul

Está tudo a ficar muito relaxafinho.

“Não gosto de cuspir pelo”. Ninguém gosta de cuspir pelos a não ser que respondas miau quando te oferecem uma sardinha, certo? A ideia generalizada que ter pintelheira (ou pentelheira) implica que se acabe um broche ou minete a cuspir novelos de lã está errada. 

Diário da Quarentena: rapem o matagal a Sul

Passem os olhos por uma revista Gina e deslumbrem-se com a beleza da mulher dos 70’s/80´s e na forma como a mesma exibia o seu buço de buceta farfalhuda. Alguém ia negar-se a meter lá a língua? Not me! Mas nas últimas duas décadas, a cultura estética imposta por revistas de beleza e jogadores de futebol efeminados deixaram de pelos eriçados muito boa gente que ostentava frondosas e arranjadas pintelheiras (ou pentelheiras). De repente, deixou de ser aceite que uma mulher exiba penugem coniana e passe a assemelhar-se a uma pré-adolescente. E um gajo? Pois, um gajo além de ter passado a arriscar-se a fazer sashimi com os colhões ainda foi convencido a fazer o mesmo ao resto do corpo. Fazer a barba passou a ser uma atividade que começa junto à cara e acaba nos pés. E nem todos temos a sorte de sermos filhos do Pierluigi Collina, pois muitos de nós somos descendentes do Tony Ramos e estamos a uma t-shirt a menos de sermos enjaulados no zoo juntamente com os nossos familiares mais próximos.

Desde que o cabrão do Beckham andou a fazer capas de revista, que a cultura da depilação masculina nunca mais cessou. Anos e anos de puros lusitanos criados nas praias de norte a sul do país perderam o seu charme piloso e passaram a ser rotulados de porcos javardos que não se cuidam.

Agora pergunto eu: o que é que esta merda influencia a nossa vida sexual? Pelos vistos, se não nos adaptamos a isto, nem temos uma e isso é só o começo. É que até mesmo um gajo que bata ao pé a modas, pensa duas vezes se valerá ou não a pena “dar um toque” aquele pelozinho no peito. E nos tomates. Rapar os tomates é uma atividade de risco e devia ser subsidiada pelo estado, mas está tudo preocupado é com o ensino privado enquanto eu me arrisco a trilhar um colhão. Tudo bem que o menino parece maior após a tosquia. Concordo que há vantagens. Epa, mas gosto de ver alguma coisa lá. Nem que seja um bigodinho à Hitler ou um penteado à moicano no zé tolas. E nelas também. Algo leve e sombreado, só para eu saber que estou a foder uma mulher adulta quando lá o tenho enfiado.

Com isto não quer dizer que esteja a promover o desleixo. Nada disso. Pelo contrário, quero que se cuidem mas sem entrar em radicalismos de arrancar tudo o que não seja pele. Tanta merda de barbearia hipster a levar 20€ por um corte de cabelo e ninguém se lembrou de abrir um negócio do mesmo género mas dedicado à jardinagem genital? Um sítio onde um gajo pudesse ir e tivesse uma ou duas gajas de volta do caralho a apará-lo, a pôr pó de talco e, talvez, a mamá-lo no fim. Está aqui um negócio do caralho (literalmente)!

Pessoalmente, rapo a zona com máquina e depois dou um toque com a lâmina. Nada em excesso. De vez em quando lá exagero com a força que meto na lâmina e acabo quase a desmaiar com medo de ter-me capado sem querer. Na hora que interessa, ter dois membros depiladinhos a trabalhar em conjunto tem um aspecto visual fantástico e não tiro o mérito nesse aspecto a esta questão. Aquela cona rosada e imaculada e o nosso ceptro de carne em todo o seu esplendor com todas as suas veias ali salientes a pulsar. É giro e quase dá vontade de tirar uma foto para mostrarmos à família, mas…. falta algo. É como comer sardinhas no pão sem um copo de tinto, entendem? Sim à higiene, não ao radicalismo.

Sou um Che Conara, foda-se!

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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