07 Juni, 2017 Com ou sem pêlo, cona é cona!
O tempo da revista Gina já lá vai, mas ainda há quem mantenha um frondoso matagal a sul.
A culpa desta merda é da primeira gaja que se lembrou de tirar a penugem da rata. E depois todos sabemos como são as mulheres, certo? Se uma tem algo novo, as outras vão querer saber o que é e onde se compra.
“Que bela coninha, Cátia Vanessa! Onde é que compraste?”
“Isto? Agora é o que se faz lá fora. É muito moderno!”
A partir daqui, a caixa de Pandora estava aberta. Dentro dessa caixa estão as gilettes, tiras depilatórias e as esteticistas que se especializaram na coisa. Exactamente! A coisa ganhou tal dimensão que deu origem a uma carreira profissional.
“Sónia, acabaste os estudos. O que é que vais fazer da vida?”
“Eu quero tirar pêlos das pessoas!”
Nobre. Eu pessoalmente, não tinha estômago. Nem conheço nenhum homem que depile mulheres (contudo, deve existir). A indústria acompanhou a tendência de tal forma que foi necessário criar um nicho a partir do que era o standard, ou seja, “hairy” ou “peludinha” passou de norma a excepção. Hoje em dia esperamos que a mulher esteja totalmente depilada, da cabeça aos pés. Bom, talvez não totalmente, porque gostamos que a coisa ali a partir do pescoço para cima seja apenas alvo de toques e retoques, caso contrário, é como estar a foder um manequim de uma montra de loja de roupa.
Louvo as resistentes. A sério. A mulher que tomou a decisão de não ir em modas e caprichos apenas porque sim. Não entendo, mas louvo. Também há quem simplesmente não se queira depilar por gosto. E a acompanhar esta decisão, há todo um grupo enorme de homens desejosos de meter a língua em arbusto conal alheio. Para falar da última cona com pêlo que debulhei, teria de voltar aos anos 90, mais concretamente, aos meus 17 anos. Mas naquela altura, viesse o que viesse, era a melhor cona do mundo tivesse ela pêlo ou não
É assim tão mau comer uma cona com pêlo?
Nada disso. O essencial ainda lá está, correcto? Estamos tão habituados a ver uma mulher de cona rosa juvenil que a imagem de uma crica com mais pêlo se tornou estranha.
Mas acreditem que sabe ao mesmo. Podem é ter de cuspir um ou dois pêlos no acto! Não sejam conas de sabão no que às conas peludas concerne. Deixem-me virar o jogo ao contrário: vocês tiram os pêlos dos tomates com cera? Alguns deverão fazê-lo, mas eu não. Dou um desbastezinho, assim como quem não quer a coisa e admito que às vezes eu desleixo-me um pouco nisso. Até hoje, nenhuma gaja se recusou a abocanhar-me o caralho por ter dois ou três pelos a mais. Por isso, se elas são gentis e educadas a esse ponto, o mínimo que podemos fazer é o mesmo por elas.
Resumindo, cona é cona!
Até domingo e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.