10 Juli, 2019 A origem dos fetiches
Nunca digas “deste mijo não beberei!”
Não sou propriamente um gajo com fetiches por aí além, aliás, sou muito tradicionalista no que à javardeira horizontal concerne, pese embora, goste do meu “tapinha” ocasional. No entanto, percebo perfeitamente que certo tipo de coisas mexa com a psique sexual individual alheia
Não julgo, não critico ou muito menos tento perceber porque isto cada um é como cada qual e se gostas de ter uma gaja a mijar-te em cima, quem sou eu para dizer “hey, não devias pagar a alguém para te mijar em cima!”.
Mas como é que descobrimos este nosso fetiche? Qual é o momento X em que passamos de “hmmmm, isso é estranho!” para “bom, pelos vistos agora vou querer fazer isto mais vezes!”. Talvez o exemplo do mijo seja um bocado extremista, por isso, vamos pegar em algo mais aceitável: foot fetish. Gajos (e gajas!) que curtem demasiado de pés. E isto vai desde “que pés tão bonitos” a “quero cheirar-te e lamber-te os pés!”. É um amplo espectro de adoração de patas que me fascina. Como é que isto surgiu? Há de ter havido alguém no decorrer do tempo que olhou para uns pés e decidiu fazer disso toda uma cena. Não sei quem foi, não quero saber, mas intriga-me como é que passamos de elogiar os cascos a alguém a querer enfiá-los na boca.
Como aqueles vídeos que às vezes nos deparamos nos milhares de sites porno que vocês teimam em dizer que não costumam ver. Estamos a percorrer todo aquele manancial de material punhetístico e, de repente, aparece um título sugestivo género “mulher com orelhas de gato bebe gamela de esperma” e clicas enquanto pensas “isto há com cada maluco”. Cinco minutos depois estás com ele na mão porque, afinal, gajas com orelhas de gato a beber esperma de uma gamela é uma cena que te dá tusa. Estão a ver onde quero chegar?
Todos os fetiches têm um “starting point”.
Aquele momento em que sentes algo que não estavas à espera quando confrontado com a situação em si. Eu já vi vídeos de gajas a mijarem em gajos e não senti nada. Já vi vídeos de gajas a beber esperma de um copo (não foi de uma gamela e nem tinham orelhas de gato) e também não mexeu. Por outro lado, uma vez tive a sorte de me deparar com uma gaja de lágrimas nos olhos enquanto lhe partiam o cu em mais pedaços que um puzzle do Mordillo e confesso que me deixou com meia casa.
Será uma “cena” minha? Será que me dá tesão ver uma gaja a sofrer enquanto come com um rolo teso no traseiro? Ou será que eu quero levar com o mesmo rolo no cu e chorar por mais?
Quem sabe…
Até lá, fodam muito e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.