29 janeiro, 2017 Guia de um pós-sexo saudável
Os “do” e “don’t do” após orgasmo.
Até aí foi a todo o gás, com toda a ginga e cheio de energia. Essa pessoa é o alvo de toda a tua atenção, desejo e tesão. Sentes o momento a aproximar. Aquele momento. Está quase, não pares e… aí está ela. A doce esporratória ejaculação para dentro/fora/em cima dela. o esguicho que transforma o homem mais atencioso no mundo no cabrão mais distante que existe.
Costuma dizer-se que os 30 segundos após o orgasmo masculino, é o período mais sincero de um homem. Nesse breve espaço temporal, um homem revelará as suas verdadeiras intenções e opiniões sobre algo ou alguém, como se o esperma fosse uma mordaça que nos impedisse de sermos totalmente sinceros connosco e com os outros. Em certa parte, concordo. A necessidade de foder tolda-nos a razão e, quando a mesma aperta, somos capazes de jurar a pés juntos que somos vegans ainda a mastigarmos um pedaço de um cheeseburguer.
O pós-sexo, neste contexto, é o nosso estado mais natural de existir. Só há um senão: a pessoa que está connosco - seja ela homem ou mulher - pode não ter a mesma disposição de viver esse momento de forma igual à nossa e isso poderá causar atritos.
Existem, no entanto, algumas experiências comuns que costumam ser vividas por todos e tal como em muita coisa na nossa vida, há uma maneira certa e errada de as fazer.
Fumar
Se ambos fumarem e se o espaço o permitir é fantástico. Até se ouve o som do tabaco a queimar e como temos os pulmões abertos do “exercício”, o fumo até circula melhor. Fumem aí à vontade. Má ideia: sacares do cigarro ainda com meita a escorrer-te do caralho, mandares cinza para cima das mamas da gaja e apagares a beata no colchão. Se bem que é algo engraçado quando visualizado, a outra pessoa pode não achar piada nenhuma.
Comer
Nada como uma buchazinha depois de mandar uma, não é? E se fizeste o teu trabalho como deve ser, a outra pessoa irá oferecer-se para confeccionar um pequeno snack para os dois nos lençois. Óptimo para repôr energias. Má ideia: acabares de foder e ires aquecer uma feijoada de choco com arroz branco acompanhado com vinho branco de pacote para os dois. Nem muito ao mar, nem muito à terra.
Falar
Elas adoram falar. Nós também… em certas alturas. Mas o pós-sexo proporciona um ambiente emocional fantástico para se debater certas temáticas ligadas à vossa vida pessoal e os problemas comuns. Quase como se estivessem num psicólogo. Recomendo a todos. Má ideia: vires-te, saíres de cima dela e perguntares “qual é tua opinião sobre política externa do Donald Trump?”
Aninhar
O top de preferências femininas é a lamechice pós-coito. DIz-se que é um bom indicador do quanto um homem gosta de uma mulher, mas isso é gente que só fode de Inverno. Tentem lá agarrar uma gaja de Verão e depois venham-me com essa conversa. Descansar no suave leito feminino depois de ter enchido a boca de leite tem o seu charme. Tenham só cuidado para não encostarem a cara ao sítio onde há minutos mangueiraram seiva de homem lá para cima. É pegajoso. Todos gostamos do colinho de uma menina bem cheirosa, não é? Má ideia: ela encostar-se a ti e tu, com a maior calma do mundo, soltares um sonoro e odorífero peido de 6 oitavas acima de ré, fazendo o cão do 4º andar ladrar. E tu vives no 2º.
Dormir
E chegámos ao acto mais comum de todos: as pessoas vêm-se, as pessoas dormem. Ponto. É a soneca mais fantástica que existe, daí, muitos de nós, batermos à punheta antes de adormecermos. Certo? É o sono da Branca de Neve, que a ejaculação branca que chove nos proporciona. Má ideia: adormeceres a meio da foda. Já me aconteceu. Não é nada bonito!
Até quarta e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.