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05 junho, 2016 Gabarolas dos lençóis

Pescadores, caçadores e outros fodilhões.

A gabarolice fodilhona tem a sua génese na adolescência e, por vezes, parece não ter arranjado maneira de fazer stop.

Gabarolas dos lençóis

A nossa tendência para espalhar informação sobre nós mesmos - tal e qual um Rodrigo Guedes de Carvalho do caralho -tem a sua estreia no “perdi a virgindade com (inserir nome)”. É este o primeiro relato conhecido do homem que fode. Melhor ou pior, em conversa de café ou confidência entre amigos, o “faz e acontece” do sexo é salutar na sua essência e destrutivo quando usado com más intenções. Foder mais ou foder menos não nos define como pessoas. Ponto. Aquele velho debate de “eu já fodi 8383 gajas, logo sou o maior” fica para os recreios das escolas e balneários de ginásio onde o tamanho da pila não se consegue esconder. E elas? Pois, elas parece que não têm o direito de se gabar devido a constrangimentos da nossa sociedade.

Filho meu pode foder quantos quiser, filha minha não. É mais ou menos isto, certo?

Com isto não quero dizer que não se tenha debates sobre foder ou não foder, mas parece que esta discussão tem sempre uma maior tendência para a marcação de território e afirmação. E o que dizer dos Casanovas de boca? Tanto fazem e acontecem. Comi esta, comi aquela, fiz isto e fiz aquilo. Sinceramente, quando os oiço falar no meu grupo de amigos, até conseguem por-me um sorriso nos lábios que se torna maior quando depois fico a saber da verdade. Estranho que quando a coisa não corre bem, a tendência é para tornar a coisa mais secretiva que o código Da Vinci. Problemas de erecção viram contratempos ou acidentes. Uma nega vira “ela é uma cortes”. Enfim, tudo tem culpa da falha de concretização, menos o Don Juan de Moscavide. E espero bem que esses gabarolas de vão de escada sejam motivo de conversa entre elas. Sim sim. Ou vocês meninas acham que nós não sabemos da má lingua que para aí vai nas nossas costas? É o tamanho do caralho, a performance, etc. Nós apostamos num marketing dirigido à quantidade e vocês à qualidade.

É do caralho (literalmente!).

O debate sexual é saudável, atenção. Mas a gabarolice está muito enraizada no mesmo. A necessidade de afirmação perante os outros. A necessidade de atenção.

Diz-se que quem “come e cala, come duas vezes”. E dizem muito bem.

Ou isso, ou então arranjem um trabalho como colunista bi-semanal num blog de um site de acompanhantes. Aí podem falar do que quiserem!

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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