15 junho, 2015 Sexo de borla em protesto contra os impostos
É o "Verão Especial" segundo os responsáveis deste Bordel onde já se fazem filas.
"Não pagamos mais impostos! A partir de agora: Entradas gratuitas! Bebidas gratuitas! Sexo gratuito!" É desta peculiar forma que um Bordel em Salzburgo, na Áustria, está a protestar contra os elevados impostos de que reclama estar a ser alvo por parte do Fisco daquele país.
O Verão Especial de Salzburgo
Sexo e bebidas gratuitas contra o pagamento de impostos! Eis como o Pascha de Salzburgo, na Áustria, se está a manifestar contra aquilo que considera uma política fiscal abusiva, por parte do governo do país onde a prostituição está legalizada e devidamente regulamentada.
O dono deste bordel não está de acordo com os valores que lhe vêm sendo cobrados pelas autoridades fiscais austríacos, queixando-se de pagar montantes demasiado elevados. Hermann Mueller, o proprietário do espaço, diz que pagou quase 4 milhões de euros de impostos apenas pelo bordel de Salzburgo, nos últimos dez anos.
"Só na última década paguei quase 4 milhões de euros em impostos apenas em Salzburgo. E eles querem mais e mais, em vez de reprimirem a prostituição ilegal nas ruas e em apartamentos."
Este alemão, que, além do bordel de Salzburgo, tem ainda outro espaços, também intitulados Pascha, nas cidades de Colónia e Munique, na Alemanha, e de Linz e Graz na Áustria, vai pagar do seu próprio bolso às trabalhadoras do sexo, compensando-as pelo dinheiro que não vão receber dos seus clientes, durante este "Verão Especial".
Os homens já fazem fila!
Hermann Mueller já anunciou que a oferta deve manter-se durante cerca de quatro a oito semanas e diz que está a pagar às mulheres que trabalham no bordel as tarifas por hora do costume retirando o dinheiro dos lucros dos outros estabelecimentos que possui.
Os jornais austríacos noticiam entretanto que já há homens a fazerem fila para beneficiarem desta oferta inusitada.
"Infelizmente, já tivémos que mandar centenas de clientes embora, porque tínhamos a casa cheia", conta Hermann Mueller citado pela imprensa austríaca.
Protesto ou Marketing?
E há quem comece a suspeitar que tudo isto não passa, afinal, de uma grande estratégia de marketing do alemão na casa dos 60 que vive em Salzburgo há vários anos. É que a marca Pascha nunca antes recebeu tanta publicidade gratuita, estando a ser notícia por todo o mundo por causa desta borla inusitada!
Já em 2008, o Pascha tinha oferecido entradas gratuitas permanentes a todos os homens que aceitassem tatuar o logotipo do bordel no braço. Ao que parece várias dezenas de homens aceitaram fazê-lo!
Do Póquer para o mundo do sexo
Hermann Mueller fez nome e dinheiro no mundo do Póquer e é actualmente um dos poucos rostos do mundo da prostituição na Europa, por dar a cara pelo seu negócio. Ele diz que o faz por ter "a consciência tranquila", rejeitando as acusações de quem diz que ele foge aos impostos ou é responsável pelo tráfico de mulheres.
Este alemão que emprega cerca de 400 mulheres diz que o seu bordel é inspeccionado de 15 em 15 dias e que, assim, as autoridades não lhe deixam "espaço para manobras".
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)