19 junho, 2020 365 Dias!

Neste filme que está muito na berra, o sexo é hardcore e a mulher é submissa.

"365 dias" poderia ser muita coisa, mas é apenas o título de um filme que está muito na berra pelo seu conteúdo sexual de alta qualidade. Mas o que me deixou intrigada neste filme, é que a receita é sempre a mesma!

Um bonzão rico, poderoso, acostumado a ter tudo à sua maneira, envolve-se com uma menina também ela sempre do mesmo padrão.
Sensualidade e força no corpo e cara de menina que não parte um prato, mas quando morde o lábio parte a loiça toda.

O sexo é hardcore, a mulher assume um papel submisso.

Mas porque é que cada vez que é lançado um livro ou filme do género as mulheres correm a devorá-lo e a idolatrá-lo como se estivessem a morrer de sede num deserto e surgisse magicamente uma fonte?!
Será que somos todas uma cambada de mal fodidas?
Não me parece!

Estudos apontam que as mulheres desejam o sexo bruto porque o orgasmo é mais rápido, mais intenso, porque vem acompanhado de uma adrenalina que se mistura fazendo-as viver um momento único, já todos o sentimos, mais que não seja numa foda após uma discussão.

Durante séculos, as mulheres foram subjugadas pelos homens, dominadas e isso fica-nos no ADN.

Eu, pessoalmente, acho que o segredo para o sucesso é um todo, caso contrário, os filmes pornográficos de BDSM seriam um top de vendas e não são, porque o sexo por si só, por muito hardcore que seja e de boa qualidade, não chega se não for enquadrado num todo, com o bonzão, poderoso, rico, que as ama e as trata como princesas.

Nós, mulheres, somos assim, gostamos de ter o bonzão do nosso lado que nos ama, como se fôssemos únicas na terra, mas que nos foda como umas putas, não é à toa que se diz «lady na mesa puta na cama».

«Nada menos do que tudo!» É o título de um Best Seller português em que a receita é a mesma e o sucesso o mesmo e, no fundo, reflete bem aquilo que nós mulheres queremos.
Afinal, nós mulheres não somos assim tão complicadas como dizem, ao que parece, a fórmula mágica já foi descoberta.

Ainda fui ver os comentários ao filme e são unânimes: as mulheres queriam foder o «Massimo», não pelo dinheiro e por aquilo que representa, mas pelo jeito de bad boy e pela forma que fode, será? Entendo perfeitamente: eu também fodia 365 dias, 24 horas por dia, só gelo na causa.

«Are you lost baby girl!»