28 novembre, 2016 O lado frágil da prostituição
Necessidade ou Ingenuidade?
Histórias reais trabalhadores e trabalhadoras do sexo e que mostram as verdades de um mundo que é ainda visto como um tabu e que está envolto em segredos. Um documentário lúcido e cru sobre a "Prostituição" para ver de seguida...
Entre os relatos do documentário podemos ouvir quem tenha mudado a sua vida para melhor, graças ao trabalho no mundo do sexo, como é o caso de Naná que anda nesta vida há 30 anos.
Ela começou por ser trabalhadora do sexo, até que decidiu tornar-se proprietária de um bordel que é hoje o mais conhecido do Uruguai, um país onde esta actividade é legal.
Legalizar a prostituição: sim ou não?
E se há mulheres que assumem que gostam de ser trabalhadoras do sexo, afirmando que exercem a profissão pelo prazer e não apenas pelo dinheiro, também há quem se sinta agarrado à actividade como a única maneira de poder criar os filhos, como é o caso de uma mexicana que trabalha na rua, sujeita aos seus perigos e ao medo de poder ser atacada a qualquer momento.
Certeza para quase todas é o peso do estigma e do preconceito que a sociedade ainda incute a quem trabalha no mundo do sexo, como vinca uma das intervenientes do documentário, queixando-se de que a liberdade sexual da mulher é ainda um problema para muita gente.
"Se você se entrega a muitos homens, não vale nada. Continuamos como na Idade Média..."
Outra perspectiva é dada com a história de Marcela Loaiza, uma colombiana que viajou até ao Japão para ser bailarina, mas que acabou a ser escrava sexual da Máfia Yakuza.
Ao cabo de 18 meses de sequestro e de trabalho sexual forçado, ela conseguiu fugir e regressou ao seu país natal, mas ficou marcada para sempre pela violência a que foi sujeita.
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No regresso ao seu país, Marcela Loaiza acabou por ter que dedicar-se de novo ao trabalho sexual, mas desta vez por iniciativa própria, porque não conseguia encontrar trabalho.
Acabou por deixar a actividade de vez, casou, teve filhos e criou uma associação que ajuda mulheres que se dedicam ao trabalho sexual.
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)