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30 décembre, 2014 Mulher com mamas de fora tenta roubar Menino Jesus!

Mais um protesto do Femen, as moças que passam a vida com as mamas ao léu...

E o que é que acontece quando uma mulher com as mamas ao léu invade o espaço do presépio na Praça do Vaticano para tentar roubar o Menino Jesus? É notícia mundial! E era precisamente essa a ideia em mais um protesto organizado pelas irreverentes activistas do grupo feminista Femen.

Mulher com mamas de fora tenta roubar Menino Jesus!

Este insólito episódio aconteceu no no Dia de Natal, no Vaticano, e a mulher envolvida, a ucraniana Iana Aleksandrovna Azhdanova, já foi libertada, após ter sido detida no seguimento do protesto irreverente. Ora veja as imagens...

"Deus é uma mulher"

Activista da Femen, um movimento que aposta no topless de jovens mulheres para chamar a atenção para as suas causas feministas, Iana Aleksandrovna Azhdanova invadiu o espaço do presépio no Vaticano, com as mamas de fora e os dizeres "Deus é uma mulher", escritos em Inglês, no seu peito.

Ela poderia ter sido julgada por "ultraje, actos obscenos num espaço público e roubo", mas as autoridades do Vaticano foram brandas, tentando, porventura, dar a menor visibilidade possível ao caso. Assim, Iana Aleksandrovna Azhdanova foi apenas proibida de entrar no Vaticano e em outras espaços propriedade da Igreja Católica.

Faz lembrar o caso da jovem apanhada a fazer um vídeo porno numa Igreja, que também se ficou pela reprimenda pública...

Na altura do incidente, o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi tinha notado que a estrutura religiosa encarava "com extrema seriedade" o protesto protagonizado pela activista do Femen, frisando que o mesmo visava ofender "intencionalmente o sentimento religioso de muita gente".

Esta insólita tentativa de roubo do Menino Jesus foi um protesto do Femen em prol do direito ao aborto e da liberdade sexual das mulheres, áreas pouco apreciadas pela Igreja Católica.

Guerreiras de mamas ao léu!

O Femen tem em marcha uma campanha anti-clerical contra o Vaticano e contra "o criticismo" secular da Igreja Católica no que concerne "aos direitos das mulheres em relação ao seu próprio corpo e à sua função reprodutiva", conforme anuncia o movimento no seu site da Internet.

"O desejo maníaco de controlar a fertilidade das mulheres é um traço comum a muitas religiões, ao Nacional Socialismo, ao nacionalismo e a outras ideologias anti-diluvianas e anti-humanistas", frisam as activistas do grupo, sublinhando que "o Aborto é sagrado".

O Femen é um movimento que foi fundado na Ucrânia, em 2008, e que utiliza as cores da bandeira do país e a coroa de flores típica do folclore tradicional como símbolos. Constituído apenas por mulheres (embora se diga que foi fundado por um homem), o grupo organiza acções em topless, em diversos contextos e diferentes países, para chamar a atenção para as suas causas.

Usar o corpo como manifesto

Em 2012, e por questões jurídicas, o Femen foi registado em França, onde se encontra actualmente sediado.

"A FEMEN é um movimento internacional de mulheres que batalha pelos direitos de igualdade das mulheres em todo o mundo", eis como o grupo se descreve na sua página da Internet, onde realça que está, actualmente "espalhado por mais de 15 países em todo o globo".

As activistas do Femen alegam que "usam o corpo como manifesto", justificando assim os protestos com as mamas de fora. Elas denominam a sua acção de intervenção como "sexextremismo", explicando que é "uma resposta feminina ao extremismo masculino com o seu culto de terror e derramamento de sangue" e que se trata de uma opção "não violenta, mas agressiva de chamar a atenção para os problemas sociais, políticos, de género e sexuais".

"Entendemos que o nosso corpo podia tornar-se numa arma e é por isso que o usamos como uma bomba", explica a líder do Femen, Anna Hustol. "Somos as resistentes a uma sociedade machista", acrescenta, frisando o objectivo do movimento de "tocar a opinião pública em todas as injustiças contra as mulheres".

Estas moças irreverentes têm uma loja online com camisolas com inscrições em Inglês como "Foda-se Putin", "Cada mulher é um motim" e "A religião mata".

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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