29 janvier, 2020 Vamos fazer contas... anais.
Quem é que inventou as contas anais?
A tradução literal para “anal beads” é mesmo “contas anais” e é o nome mais suspeito que se poderia dar a um dos brinquedos mais insuspeitos que existem dado que tudo o que precisamos praticamente de saber está no próprio nome. Ora, esferas. Sabem o que é? Óptimo. Anais? Também. Agora é só preciso juntar dois mais dois – ou neste caso, enfiar esferas no cu – para ficarem com uma boa ideia do que se trata.
De todas as formas geométricas que se podem enfiar na peida, como é que alguém se lembrou de enfiar uma esfera? Melhor: como é que alguém teve a ideia de enfiar um conjunto de esferas no rabo e criar um mecanismo para as tirar? Realmente, é de louvar o tempo que os cientistas da foda perdem na criação de todo o tipo de engenhos para maximizar o prazer.
O prazer das esferas anais é duplo, pois sente-se prazer a enfiar e também a retirar. Salvo se a coisa for forçada e aí a coisa não tem piada nenhuma, mas vamos assumir que as mesmas são inseridas com o consentimento da pessoa para bem de todos os envolvidos na questão.
Nunca digas desta água não beberei ou neste cu nada irá entrar.
Pessoalmente, quando me tentam tocar no cu, dá-me vontade de rir por duas razões: a primeira é porque tenho cócegas e a segunda é o desplante que é preciso ter para assumir que eu quero algo no meu cu e isso tem a sua piada. A mim já me tentaram enfiar um dedo, mas nunca um conjunto de esferas. Não digo que não a um dedo, mas quando começam a entrar no campo das formas geométricas viro freira conservadora mais rápido que o Diabo esfrega um olho do cu.
Nem imagino como é que se coloca esta opção ao parceiro, mas gostava de ser uma mosca para poder espiar esse belo momento de abertura (de alma e de cu). Um gajo chega estafado do trabalho, tem o jantar na mesa e justamente quando pergunta se há descafeinado ouve “não comprei descafeinado, mas tenho aqui umas esferas metálicas para me pores no cu, Artur!”.
Além que me parece uma coisa bestialmente egoísta, certo? Eu, eu, eu e eu. O meu cu, as minhas esferas, tudo eu.
Não sou o gajo indicado para falar sobre esferas anais, confesso. Talvez devesse fazer mais pesquisa sobre o assunto. Teórica apenas. Só me custa perceber como é que de todas as formas geométricas possíveis, a esfera foi a escolhida para enfiar no cu. Podemos alegar que se trata de uma versão mais engraçada do célebre jogo do berlinde que fez as delícias das crianças de outros tempos, mas eu prefiro pensar que o gajo que inventou as esferas anais foi o mesmo gajo que decidiu que se deve comer arroz chao-chao com paus.
Boas fodas e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.