22 mars, 2020 Precisamos de rir: um seguro de acidentes sexuais!
Nunca se sabe como elas acontecem, até acontecerem.
Seguramente que um seguro contra acidentes de foda era algo que as seguradoras deviam incluir no seu portfólio de produtos. Vamos excluir já daqui a disfunção eréctil ou a frigidez: isso não é um acidente, é um problema.
Entenda-se por acidentes de foda todo e qualquer dano físico nos próprios intervenientes do acto que resulte em dores do caralho no caralho. Ou na cona. E cu. Coitado do cu, fica sempre para trás. E como em todos os seguros, deveria haver um plano adequado ao fodilhão de fim de semana que tira o caralho da garagem apenas ao domingo até ao piloto urbano do Grande Prémio do Pinanço que não dá descanso ao seu bólide de competição. Quantas vezes, por fruto do acaso ou não, não espetamos no sítio errado tal é a gana em o meter a fundo? Este é o típico acidente mais comum: “ups, julguei que o estava a meter noutro sítio”. E mais uma vez a desgraçada levou com um caralho no cu vá-se lá saber vindo de onde. Dói. Não o digo por experiência própria mas imaginem que vos enfiavam agora uma courgette na peida enquanto estão a ler isto. Dói. De certeza. Muito cu foi para a sucata depois de um acidente destes e não há cu de substituição que o valha.
E danos próprios? Também existem, sim senhor. Quando por nossa infelicidade nos magoamos a nós mesmos no acto e a outra pessoa fica ali sem saber se termina o serviço com a mão ou liga para o 112. O mais comum são as quedas. Cada fodilhão tem dentro de si um trapezista do Cirque du Fodeil e acha-se um ginasta em cima dos lençóis. Pois, um passo em falso e é cornos no chão. O meu pior episódio, e que me fez reconsiderar o consumo de álcool como desinibidor, envolveu uma gaja de quatro pronta a levar com ele por trás, uma cama pouco sólida e uma embalagem de lubrificante com sabor a morango. Assim que vi a menina pôr-se de quatro, a empinar o rabo e a olhar pelo ombro a dizer “fode-me o cu… por favor…” eu percebi uma coisa: “eu acho que ela quer que eu lhe foda o cu”. Longe de mim negar um pedido a uma senhora e prontamente me pus de pé em cima da cama de lubrificante na mão a esfregá-lo no meu caralho mais teso que um carapau ao sol de agosto. Só que o entusiasmo tomou conta de mim e despejei lubrificante por cima de mim, dela, da cama, do gato e cá para mim ainda lubrifiquei a careca do vizinho de baixo. Perdi o equilibrio ao não querer entornar mais e as molas gastas da cama fizeram o resto. PUMBA! Escorrego, dou com a cabeça na parede e caio estatelado. Acham que a menina se desmontou?
“Demoras muito?” - ouvi eu.
De cabeça com um lanho maior que a cona lassa dela, voltei à posição meio tonto e no acto de lhe dar com a verga em modo “martelo de Thor”, começo a ver pingas de sangue a escorrer-me pela cara. Nestas alturas, há que tomar uma decisão: ou paro de foder como um choninhas ou levo isto até ao fim, correndo o risco de desmaiar. Assim fiz. A mistura de sangue com meita deu um tom “sundae de morango” ao meu orgasmo. E a gaja veio-se.
Moral da história: se beber, não foda.
Caibrãs é o acidente mais comum. Eu já não tenho 20 anos, mas o meu caralho acha que tem, seja na tesão ou nos sítios que gosta de frequentar. Mas o meu corpo não é só caralho e já tenho aqui alguns músculos que já não têm a mesma elasticidade de outros tempos. De vez em quando lá me dá aquele aperto na perna (sempre no gémeo esquerdo) e sou obrigado a virar boneco de pau de pernas esticadas aos gritos.
“Ai caralho, ai caralho, ai caralho” - grito.
“Que foi? Estás a vir-te? É, seu cabrão? És mesmo ordinário. Adoro.” - oiço
“Não, foda-se. Dói-me a perna!” - respondo.
Não brinquem com as cãibras. Podem arranjar um problema sério.
Mantenham-se na vossa faixa de pinagem, fodam com cuidado e respeitem os limites de velocidade.
Até domingo e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.