31 mai, 2020 Férias pandémicas, mas que se foda...
O verão já saiu da toca e o nabo também. Hora de espalhar protector na cara delas.
O verão faz a roupa sair do corpo como se a mesma tivesse alguma doença transmissivel pelo contacto e, ao que parece, este ano tem mesmo. Mas que foda... mais ou menos. Máscara na cara e preservativo no caralho, meus bravos!
As pernas nuas andam aí e os generosas decotes tambem. Elas despem-se e nós salivamos quando as vemos passar. A humidade está no ar, no meio das pernas e numa merda de uma mancha que tenho no tecto do meu quarto. Mas isso agora não importa. O que há reter é o seguinte: abriu a época oficial da foda. Junho são os preliminares de um bela sessão de javardeira entre julho e agosto, terminando num cigarro em setembro a dizer “foi bom para ti?”.
Rumo ao Algarve, esse armazém de cona internacional. Rumo às santas terras, onde uma paixão do passado ainda consegue-nos agasalhar o nabo em cona quente e onde uma adolescente do último verão se fez mulher e está pronta para a matança. Rumo às praias à noite, onde se insiste em querer foder na areia apesar do quão desconfortável isso é. Rumo a foder.
Para os mais noctívagos, esta época assinala o inicio dos sunsets, matinés e das longas noites quentes das discotecas de praia onde o dress code é o vale tudo para mostrar o máximo de pele possível ao caçador alheio de arma entre as pernas. A dança do acasalamento faz-se aos ritmos das kizombas e reggaetons desta vida, onde um simples roçar pode acabar num complexo foder. Quem sabe? Se ficares em casa, não fodes mais do que a tua mão.
Vamos sair de casa. Vamos passear, conhecer pessoas e sorrir. Dar a mão, o braço e um apalpão. Divirtam-se fora, mas cá dentro. Tanto sítio giro e bom para ir, pessoas a conhecer e paixões de verão para viver.
As férias são uma instituição que já fez mais pela taxa de natalidade deste país do que qualquer subsidio mixuruca do governo. As feromonas estão em altas, pois as feras querem conas (que trocadilho estúpido!).
Já só consigo pensar em bikinis, juro. Naquele corpo molhado a vir da água e te põe a jogar ao prego na areia, quando estás deitado na toalha. Em as ver a comer melão debaixo do chapéu de sol com o liquido a cair pelo queixo tal e qual doce e quente meita. Em as ver a comer um Calippo e desejar que o meu nabo soubesse a morango. Em mirar no horizonte e só ver rabos em fio dental. Grupos delas. Mal montadas a pedir "fode-me" com o olhar.
Não dá. Um gajo nesta altura só pensa numa coisa.
Tenho de ir bater uma. Não aguento.
Vemo-nos na praia!
Boas fodas e quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.