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08 mai, 2016 Ex-relação, nova foda!

Foder uma ex-namorada é como voltar a guiar um carro que vendemos a alguém.

Conheces os cantos à casa, sabes que a porta está empenada e só lá vai com um jeito que só tu sabes e, acima de tudo, consegues logo puxar pela máquina à primeira viagem.

Ex-relação, nova foda!

Partimos do principio que o termo “ex-namorada”, não é um engate de fim de semana a quem espetaste uma foda e meteste a andar (se achas que isso é namoro, está na altura de teres uma conversa com um psicólogo). Namorada, no sentido lato do termo, será uma pessoa com quem mantiveste uma ligação emocional, afectiva e física por um período indeterminado de tempo, mas vamos assumir que foi mais de dez minutos (se isto foi a duração do teu último namoro, está na altura de teres uma conversa com um psicólogo). No entanto, e como o mundo não vive só de lamechices e promessas falsas de amor eterno, a vontade de foder pode nunca desaparecer. Aliás, a vontade de foder nunca desaparece! Ponto. Numa relação saudável que termina (???), a vida sexual do casal que vira ex-casal pressupõe-se que tenha sido activa até ao ponto de ruptura e passando a fase de “luto emocional”, a ex-namorada torna-se ela uma entidade independente do nosso ser.

E agora é que começa a melhor parte!

Não há ligação emocional. Afectiva. Vamos até supor que ficaram “amigos”, e isto levou aspas porque nunca ninguém bom da cabeça fica amigo da ex (se isto acontece, está na altura de teres uma conversa com um psicólogo). O que sobra? A parte física que vos uniu a ambos no passado e que poderá ter sido (ou não) aquilo que vos aproximou ao ínicio quando ainda ambos eram estranhos aos corpos de cada um. Ex-namorada boa como o milho, não há ligação afectiva, emocional, têm tudo resolvido e ainda são “amigos”?

Agora sim, começa a melhor parte!

Já foderam uma ex nestas condições e passado algum tempo considerável desde a última vez? Façam-no. Já. Nem sei porque estás a ler este artigo, pega no telemóvel e marca já um café (eufemismo para “vamos falar 5 minutos antes e fingir que não queremos foder”). Aquele beijo inicial como se voltasses a um restaurante onde já foste bem servido. Despi-la ao ritmo que sabes que ela gosta. Ela toca-te como gostas. Ajoelha-se a sorrir e geme a pô-lo na boca como se voltasse a ver um velho amigo. E o broche? Esse joker da foda. Os primeiros broches são sempre uma roleta russa, mas com ela não. Ela sabe o que fazer, como fazer e como acabar. É foder nas posições favoritas. É pôr mais força no acto para que ela se lembre do que abdicou. No final, é encher-lhe a cara toda de meita em jeito de celebração de uma reunião. E depois fica um silêncio de merda.

E agora vem a pior parte!

Ninguém fala. Estão ofegantes lado a lado. Agarro-a? Não agarro? Como será que ela vai interpretar? Foda-se, que ideia de merda. Tanta gaja para foder e tive logo de me embrulhar com esta.

Talvez sim, talvez não.

Foder a ex é bom, especialmente se ela já namorar! Mas o risco é no depois e na forma como isso pode reacender um incêndio que deu muito trabalho a apagar a ambos. Passou a tesão do momento, a tesão da voltares a uma cona renovada e depois? Conheces assim tão bem a cabeça dela agora como conheces o corpo? 

Talvez sim, talvez não.

Conheçam as vossas ex, como a vocês mesmos. Caso seja possível, não percam essa oportunidade de foda…. e de problemas que podem ou não surgir depois.

Mas se não fosse assim, tinha a mesma piada?

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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